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Como corrigir enganos

Da edição de fevereiro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos Nós, Alguma vez, cometemos enganos. Alguns podem parecer mais graves do que outros. Por vezes, basta um sincero "peço desculpa" finamente oferecido e aceito, para que a situação fique resolvida. Noutras ocasiões, um engano pode ter conseqüências profundas, até mesmo trágicas. A forma como reagimos a um erro, quer seja pequeno, quer seja grave, é importante porque, em geral, determina a maior ou menor facilidade e eficácia com que é corrigido.

A Ciência Cristã mostra-nos como corrigir enganos, volvendo-nos em oração a Deus. Essa oração baseia-se numa compreensão científica de Deus e do universo todo-harmonioso que Ele cria, tal como o seguinte relato ilustra.

Uma Cientista Cristã encontrava-se numa situação difícil em seu emprego. Circulava o rumor de que ela estava prestes a ser despedida. Além disso, sua supervisora exigia que cumprisse tarefas tão difíceis, que ela se sentia insegura e incapaz de realizá-las bem. Em meio a esse turbilhão, cometeu um engano tão grave, que teve certeza de que perderia o emprego. Decidiu, então, telefonar a uma praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe que a ajudasse através da oração. A praticista sugeriu-lhe que estudasse o artigo "Retificações", do livro Unity of Good, de autoria da Sra. Eddy, o qual explica os passos específicos a serem dados, em oração, para corrigir enganos.

Ao estudar o artigo, compreendeu que não tinha de recear o erro nem suas conseqüências. Uma vez que Deus é bom, Ele cria unicamente o bem. Ele não cria nem sanciona o mal; portanto, o mal é impotente diante de Sua onipresença. Além disso, apercebeu-se de que devia mudar sua atitude com relação à supervisora. A Bíblia explica que a natureza de Deus é Amor. A totalidade do Amor, quando expressa em nossa vida, destrói a discórdia e restaura a harmonia. Ela compreendeu que não tinha de detestar nem de recear a supervisora. Devia esforçar-se por refletir o amor de Deus e reconhecer a presença de Sua harmonia em todos seus relacionamentos no trabalho.

Com a calma que a oração lhe trouxe, ela foi capaz de dar, com rapidez e confiança, os passos necessários para corrigir o engano. Informou então a supervisora sobre seu erro e de como o tinha retificado. Para surpresa de ambas, descobriram que a supervisora também tinha cometido um erro semelhante sem se dar conta. A supervisora ficou muito grata de a funcionária saber exatamente como corrigir o engano, poupando, assim, a todos, inclusive a firma, de múltiplas imprecisões subseqüentes, de embaraço público e eventuais complicações legais.

Mais tarde, verificou-se que os rumores tinham fundamento e a funcionária foi informada de que iria ser dispensada, junto com toda a seção. Contudo, dentro em breve foi notificada de que a firma tinha mudado de idéia em seu caso, e que ela podia continuar na firma. A supervisora explicou que haviam reconhecido sua inteligência e comedimento ao coletar, sem demora, toda a informação necessária para corrigir um grave engano e a consideravam um elemento valioso. Graças à oração, a situação tinha sido invertida de modo tão absoluto, que pôde permanecer e progredir na sua posição.

A oração pode ajudar qualquer pessoa a afastar-se de uma visão limitada e mortal da criação, onde os erros parecem lugares-comuns, para a visão gloriosa da criação espiritual, onde o homem e o universo são formados, estabelecidos e mantidos por Deus em infalível perfeição. A Bíblia assegura-nos que Deus criou o homem à Sua imagem, à Sua semelhança. Ao escrever acerca do conceito do homem criado espiritualmente, a Sra. Eddy comenta em Miscellaneous Writings: "As Escrituras informamnos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Eu recomendo a tradução islandesa: 'Ele criou o homem à imagem e semelhança da Mente, à imagem e semelhança da Mente o criou'."

Conclui-se, assim, que o homem não é uma personalidade física, sujeito a limitações materiais e penalizado por equívocos humanos, tal como os errôneos sentidos físicos indicam. Ele é. na realidade, uma idéia espiritual, a completa expressão da Mente. Possui, como imagem da Mente, capacidades ilimitadas e o poder de exprimi-las. A Mente divina existe no ponto da perfeição. Não comete erros, nem está sujeita a eles. Inclui precisão, exatidão, sabedoria e inteligência. O homem, criado espiritualmente, expressa essas qualidades. Não está sujeito a discórdias mortais, mediocridade e fracassos. No seu livro, Ciência e Saúde, a Sra. Eddy explica a eterna relação entre o homem e Deus: "O homem é a expressão do ser de Deus. Se alguma vez tivesse havido um momento em que o homem não expressasse a perfeição divina, então teria havido um momento em que o homem não teria expressado Deus, e, por conseguinte, um momento em que a Divindade teria deixado de ser expressa — isto é, teria ficado sem entidade."

No Sermão do Monte, Cristo Jesus fala da perfeição do homem e relaciona-a à perfeição de Deus. Num discurso sobre a imparcialidade do amor de Deus, o qual flui gratuitamente para todos, Jesus afirma: "Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste." Ele mostrou que não se podia encontrar a base de toda a perfeição no reino do humano, mas sim no divino, na presença do amor infinito de Deus. O relacionamento espiritual com Deus confere perfeição ao homem e a mantém. A compreensão disto liberta qualquer pessoa do fardo de esperar encontrar perfeição humana nos seus atos ou nos dos outros. Permite que as pessoas encarem Deus como a fonte da perfeição e a identidade espiritual do homem como a expressão das qualidades permanentes do amor, da inteligência e da sabedoria de Deus.

À medida que obtemos uma compreensão mais clara da imutável unidade do homem com Deus, tornamo-nos mais pacientes e tolerantes para conosco e para com os outros. Aprendemos a não nos zangar, a não nos desapontar ou ficar frustrados, quando nós ou alguém que conhecemos falha em atingir a perfeição humana. Em vez disso, oramos para ser libertados dos conceitos limitados que fazem com que encaremos a nós próprios e aos outros como mortais imperfeitos e sujeitos a falhas. Oramos para reconhecer que o amor de Deus está sempre presente e é expresso por Sua imagem, o homem. Ao fazermos isso, fica mais fácil inverter e corrigir os erros, porque vemos a perfeição de Deus expressa em harmonia nos nossos afazeres cotidianos. Em outras palavras, nossa harmonia está diretamente relacionada à liberdade com que reconhecemos e expressamos Seu amor imparcial.

Não necessitamos, portanto, recear ou desesperar caso tenhamos, em boa fé, cometido um engano. A oração pode inverter a discórdia, substituindo a falsa evidência da existência humana pelo reconhecimento do homem como imagem da Mente divina onipresente. A perfeição de Deus é uma realidade sempre presente. Essa perfeição é tanto mais evidente na nossa vida, quanto mais reconhecermos e exprimirmos Seu amor imparcial. A oração sincera une o homem ao poder e à presença de Deus, onde os enganos são corrigidos para satisfação e bênção de todos os envolvidos.

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