: Benvindos a O Arauto da Ciência Cristã. O propósito deste programa é relatar como o poder de Deus tem transformado as vidas das pessoas. Este programa é uma das atividades editoriais mundiais d'A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Estados Unidos da América. Os anfitriões são e Cyril Rakhmanoff.
Thierry: Hoje vamos falar com algumas pessoas que, quando confrontadas com dificuldades, descobriram que tudo aquilo de que necessitavam vinha de Deus. ...
Cyril: Pois é, elas descobriram que tudo que é bom tem origem em Deus. Por exemplo, qualidades como inteligência, ternura e amor, originam-se em Deus. Nosso convidado, de Yaoundé, nos Camarões, explicará a seguir como foi capaz de compreender, por meio da oração, que a inteligência vem de Deus.
Lucien: Meu nome é E quero contar a vocês algumas experiências que tive.
A primeira vez que ouvi falar na Ciência Cristã, foi em 1982. Tinha apenas iniciado meus estudos de Direito e Economia na Universidade de Yaoundé. Antes dessa data já era cristão. Mas algumas idéias filosóficas sobre a morte de Deus e sobre a religião ser o ópio do povo afastaramme para longe do cristianismo. Para mim, Deus era apenas um conceito abstrato.
Havia pouco tempo que chegara a Yaoundé para fazer o exame vestibular, quando deparei com um exemplar d'O Arauto da Ciência Cristã (edição francesa), um periódico da Ciência Cristã publicado todos os meses e que contém todo gênero de artigos, bastante explicativos, sobre essa religião. Li todo esse Arauto. Fiquei surpreso com a simplicidade do texto, mas na ocasião não teve significado suficiente para me fazer voltar à religião.
Passei a levar uma vida pouco regrada, o que me causou sérios problemas durante esse meu primeiro ano universitário. Eu corria o risco de não passar no exame final, nesse ano. Os exames parciais não tinham corrido bem e eu não obtivera a classificação necessária para ser aprovado. Esse exame aproximava-se e eu não conseguia estudar. Todas as noites, em vez de estudar, eu me punha a chorar. Ainda por cima, contraí malária.
Foi aí que voltei a me interessar por esse Arauto de que já falei. Procurei uma Igreja da Ciência Cristã aqui nos Camarões. Fui recebido por um jovem, estudante da Ciência Cristã, que também freqüentava a Faculdade de Direito e Economia da Universidade de Yaoundé.
Ele me disse para não ter medo. Disse-me que Deus é Amor e que na realidade espiritual o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. E por ter sido criado à imagem e semelhança de Deus, o homem tem sua fonte em Deus e reflete todas as qualidades divinas. Isso representou para mim um grande consolo. Depois dessa conversa, fiquei curado da malária. Esse fato revitalizou grandemente minha fé.
O livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, da Sra. Eddy, tornou-se meu companheiro constante. Lia-o de manhã, à tarde e à noite. E orava. De fato, eu estava pedindo a Deus que me ajudasse.
Esse amigo mencionado deu-me a seguinte passagem bíblica de Josué: "Não to mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares."
Ele também salientou uma passagem de Ciência e Saúde, na qual a Sra. Eddy descreve a inteligência como "onisciência, onipresença e onipotência." Ela continua: "É a qualidade primária e eterna da Mente infinita, do Princípio trino e uno — Vida, Verdade e Amor — chamado Deus."
Eu precisava compreender que a inteligência não provém do homem, mas que Deus é sua fonte. Tinha de compreender que o homem é o reflexo dessa inteligência infinita, porque o homem é criado à imagem e semelhança de Deus.
Consegui passar em todos os exames sem dificuldade. Tenho de admitir que fiquei muito impressionado com os efeitos da oração. Antes disso eu pensava que tinha de ficar toda a noite acordado para absorver todos os fatos que precisava conhecer. A partir daí descobri que havia um conceito muito mais elevado.
Quando chegou a época dos exames orais, uma das cadeiras era Ciências Políticas. Todos diziam que o professor que fazia as perguntas era um terror. Ele costumava dar zeros arbitrariamente e isso podia significar uma reprovação para quem não estivesse com média alta. Quando chegou minha vez de falar com ele, mandou-me escolher o tema. Escolhi, e quando ia saindo para me preparar para o exame, ele me disse que chegara à conclusão de ser eu um dos alunos que causaram problemas durante suas aulas.
Fui preparar-me para o exame, mas antes de começar, orei por harmonia — afirmando que todos somos filhos de um mesmo Pai e que entre os filhos de Deus só a harmonia existe. Preparei o tema e fui apresentá-lo ao professor. A calorosa saudação com que me recebeu surpreendeu-me. Conversamos amigavelmente. Quando saí, alguns de meus colegas vieram me perguntar se eu já conhecia o professor, porque ele fora tão amável e gentil comigo. Eu estava em êxtase — não apenas porque fora admitido ao segundo ano, mas pela forma como isso acontecera. Passei os exames sem dificuldade maior, porque me voltara para Deus.
Depois dos exames regressei à minha casa em Douala. Certa noite, algo aconteceu. Meu pai tinha ido à cidade vizinha de Nkongsamba. Fiquei em casa com minha mãe e meus irmãos mais novos. Perto das quatro da manhã, alguém foi acordar-me. Um de meus irmãozinhos, o mais novo, estava às portas da morte. Achavam que ele estava doente porque no dia anterior brincara com um feiticeiro.
Era tarde e nós vivíamos longe do centro da cidade. Era-nos impossível ter acesso a um veículo para levar a criança a um hospital. Nesse momento percebi que tinha de despertar dessa apatia. Disse a mim próprio que já que a Ciência Cristã me trouxera tanto bem, aí estava uma ocasião, uma oportunidade, de eu poder demonstrar mais uma vez a Verdade.
Tomei o menino dos braços de minha mãe. Coloquei-o na minha cama, peguei o livro Ciência e Saúde e comecei a ler, e também li a Bíblia. Orei para saber que a Vida é infinita e que a infinitude não tem interrupção, não tem começo nem fim. Orei para conhecer o todo-poder de Deus. Se eu aceitasse que podia haver um poder maligno, externo, vindo de outra pessoa, então também teria de admitir que Deus não é Tudo-em-tudo. Mas nós sabemos que Deus é Tudo-em-Tudo.
A criança, que quase estivera em coma, se reanimou. Devolvi-o a minha mãe e às cinco da manhã levantou-se e ficou bom. Mais uma vez fiquei cheio de alegria. Aprendi muito com esse episódio. A princípio senti-me invadido pelo medo de não saber o suficiente sobre a Ciência Cristã para curar. Como um pintainho, para conseguir andar, tive de partir a casca do medo injustificado. Essa experiência não se restringe a mim. Todos os que confiam em Deus podem ser também abençoados.
Se o leitor deseja ouvir um programa completo d'O Arauto da Ciência Cristã, pode escrever pedindo uma lista das freqüências de ondas curtas da sua área. O Arauto da Ciência Cristã; P.O. Box 58; Boston, MA, E.U.A. 02123.
