Em 1965, Tive hepatite e passei três meses no hospital. Quando saí, foram-me dadas instruções para manter uma dieta rigorosa e não me sujeitar a grandes esforços.
Três anos mais tarde, comecei a sentir-me muito cansado, apático e o médico aconselhou-me a internar-me num hospital durante algumas semanas e fazer um exame rigoroso. Eu assim fiz. Durante um dos exames, sofri lesões internas. Conseqüentemente, tive de passar mais alguns meses no hospital. Isso foi imediatamente seguido por três semanas num sanatório e dezoito meses numa clínica especializada, depois mais seis meses em outra clínica.
Tudo isso aconteceu numa época em que eu me preparava para estudar teologia. Tive bastante tempo para refletir e comecei a me perguntar: “Por que é que isso está a acontecer? O que eu fiz para merecer isso?” Como resultado, tive problemas em acreditar no Deus que me era apresentado na teologia. Uma das maiores dificuldades era acreditar num Deus que castiga. Eu perguntava a mim mesmo se minha situação se tinha tornado tão grave, a ponto de Deus me castigar.
Eu não tinha perdido minha fé em Deus, somente já não conseguia compreendê-Lo, Ele estava muito distante de mim. Os médicos aconselharam-me a desistir de meus estudos teológicos, visto que o esforço físico e emocional seria demasiado grande para mim. Eu concordei de boa vontade.
Precisando recomeçar em algum lugar, mudei-me para uma cidade que me era desconhecida e procurei um médico, começando a consultá-lo regularmente. Um dia, voltando do consultório, estava à espera do trem na plataforma da estação. À minha frente estava uma vitrina exibindo literatura da Ciência Cristã, onde li as palavras Deus é Amor. Eu examinei e li tudo muito atentamente. Esse foi meu primeiro contato com a Ciência Cristã. Naquele momento, não teve grande significado para mim, mas as palavras Deus é Amor começaram a ocupar grande parte de meu pensamento.
Embora essa frase me atraísse, eu ainda tinha bastantes dúvidas devido a meu passado religioso. Contudo, assisti a uma conferência da Ciência Cristã, li Ciência e Saúde de autoria de Sra. Eddy e conheci algumas pessoas muito boas que eram Cientistas Cristãs. Também assisti a um ou outro culto numa igreja filial. A Ciência Cristã me interessava, realmente, mas eu continuava a ser um tanto céptico.
Em setembro de 1972, o médico disse-me que eu deveria dar entrada na clínica novamente, porque meu estado era pouco satisfatório e piorava. Disse-lhe: “Durante os últimos sete anos, passei trinta meses na clínica e passei por tratamentos em sanatórios. Já não tenho mais forças para passar por isso tudo novamente.”
Então telefonei a um Cientista Cristão. Ele falou comigo muito afavelmente e deu-me o endereço de um praticista da Ciência Cristã. Visitei o praticista e este me explicou a Ciência, falando acerca da Bíblia, de Cristo Jesus e de Ciência e Saúde. Falou-me de um Deus amoroso que está presente aqui e agora e que nunca nos manda doenças. Foi uma conversa pacífica, que me restabeleceu a confiança. A essa altura, tive de decidir entre Deus e os medicamentos para minha cura. Por estar tão angustiado e desesperado, decidi confiar em Deus e o praticista disse que oraria por mim.
Fui para casa com um sentimento de grande paz interior e alegria. Pela primeira vez em sete anos, comi sem prestar atenção a noções rígidas de dieta. Nessa altura, eu trabalhava num escritório algumas horas por dia e, no dia seguinte, perguntei se podia trabalhar o dia inteiro, o que foi alegremente aceito. Desde essa ocasião, nunca mais fui tratado por um médico e não tenho tido mais queixas de cansaço e apatia. Essa cura encorajou-me a dedicar-me ao estudo e à prática da Ciência Cristã.
Em 1985, devido a meu trabalho, tive de fazer um exame médico, durante o qual testaram tudo o que é possível testar. Fui declarado normal e saudável. Mais uma vez, senti-me profundamente agradecido por minha cura e disse a mim mesmo que era tempo de me tornar membro de uma igreja filial, e foi o que fiz.
Eu agradeço a Deus pela Ciência Cristã!
Hamburgo, Alemanha
 
    
