Alguma Vez Você já esteve em meio a uma situação muito difícil, um grave problema financeiro, por exemplo, ou uma dificuldade física, e achou que a oração não seria suficiente para ajudá-lo? Por que será que duvidamos que Deus possa nos socorrer?
A oração é irrelevante, quando nosso conceito de Deus é vago ou inexistente. Ou ainda, se pensamos que Deus seja limitado e material, uma versão magnificada de um ser humano, não é de surpreender que também nos consideremos seres físicos em essência, prisioneiros de circunstâncias materiais. Tal perspectiva não nos permite discernir como a aproximação de Deus poderia nos salvar. Se não vamos mais a fundo do que aquilo que o olho físico enxerga ou os sentidos materiais relatam, limitação é tudo o que distinguimos.
Em seu livro Ciência e saúde a Sra. Eddy comenta a tendência de pensar em Deus em termos humanos: “O homem mortal fez uma aliança com seus olhos para diminuir a Divindade com conceitos humanos. Em conluio com o sentido material, os mortais formam conceitos limitados sobre todas as coisas. Nenhum homem deveria afirmar que Deus é corpóreo ou material.”
No entanto, quando olhamos o que nos rodeia e aceitamos o testemunho do mundo, Deus e a espiritualidade parecem remotos e de todo irrelevantes. A tecnologia sofisticada desta era sugere que ter confiança em Deus não é racional. Diz ainda que Deus é uma figura mitológica, criativa e poética, que os mortais inventaram, na tentativa de explicar como foi que surgiram. Se alguém deseja crer nessa mitologia, é livre para fazê-lo, mas as pessoas deveriam, segundo esse tipo de raciocínio, ser mais “realistas” e não imaginarem que haja poder aplicável nessa mitologia.
Essa atitude condescendente, que menospreza a Deus, tenta invalidar, por meio de suas explicações irrefletidas, as obras curativas de Cristo Jesus. Tenta, também, rejeitar as curas realizadas pela Igreja Cristã primitiva, bem como as dos cristãos contemporâneos.
Os ensinamentos e o poder curativo de Jesus não eram mitológicos nem supernaturais. Pelo contrário. O Cristo, ou Verdade, que ele demonstrava, estava na realidade destruindo, com os fatos eternos do ser, os conceitos mitológicos e falsos que a humanidade tinha de Deus. Jesus provou que Deus não está distante nem é inacessível, mas é real, está presente e governa Sua criação espiritual, inclusive Sua idéia, o homem, por meio de leis espirituais imutáveis. Jesus não estava tentando converter as pessoas a um novo “sistema de crenças” que competiria com outras formas de crenças ou que, eventualmente, acabaria se misturando com elas.
“Nosso Mestre não ensinou mera teoria, doutrina ou crença,” explica Ciência e Saúde. “Foi o Princípio divino de todo ser real que ele ensinou e praticou. O cristianismo do qual deu prova, não foi uma forma ou um sistema de religião e de adoração, mas sim a Ciência Cristã, que elabora a harmonia da Vida e do Amor.”
A Sra. Eddy percebeu que as eternas leis espirituais que Jesus praticava podiam ser compreendidas e postas em prática, hoje em dia, com resultados seguros. Ela descobriu a Ciência do cristianismo, que nos habilita a viver do modo como Cristo Jesus disse seria possível vivermos.
A Ciência Cristã mostra que Deus, o Princípio divino, não é um ser indefinido, mas real e, nas palavras do Salmista, é “socorro bem presente nas tribulações.” Portanto, oração não é mera súplica ou recitação às cegas para pacificar um Deus imprevisível, nem é uma tentativa de chamar Sua atenção, caso Ele não esteja muito ocupado ou aborrecido conosco! Volver-se com confiança, para nosso Criador, com fé inteligente em Sua onipotência, é oração vigorosa.
Não há necessidade de coagir o Amor divino, para que controle e governe sua criação de modo justo e benevolente. Não temos de implorar ao Princípio infinito do universo, como se fosse um tirano ou pai desatento que nos esqueceu. Deus é nosso Pai infalível, que nunca abandona nem mesmo um de Seus amados filhos.
Não seria menosprezar a Deus, achar que o Amor onipotente não tenha meios de atender com ternura às nossas necessidades, nem tenha lei para manter nossa harmonia e saúde?
Vemos, cada vez mais, que nossa capacidade de sentir e receber ajuda divina está ligada de modo direto a nossa crescente obediência às leis de Deus. Caso desejemos que nossa saúde seja governada pela autoridade divina, temos de, com igual zelo, alinhar nossos pensamentos e ações à lei moral e espiritual. Ora, isso nos é natural, pois nossa constituição genuína está em consonância com Deus. Ao mesmo tempo que obtemos uma compreensão mais correta de Deus, obtemos também maior entendimento do homem como reflexo de Deus. Nossa identidade real, perceberemos, não é formada por certa quantidade de matéria que pode voltar-se contra nós e ficar fora de controle. Somos criados à semelhança do Espírito, Deus, como está no início da Bíblia.
Quando compreendemos melhor as leis todo-poderosas e infalíveis de Deus, aquilo que de início parece ser matéria “concreta” acaba se mostrando como não sendo tão “concreta”. As chamadas “leis” da matéria não são exatas. Quando discernimos quão maravilhoso e substancial é o Espírito, ficamos convencidos da totalidade de Deus. O resultado traz curas. Os testemunhos de cura n’O Arauto comprovam isso, mês após mês.
Continua a aumentar a evidência potente de que há cura cristã. E fica cada vez mais claro que nada pode menosprezar a Deus.
Uma vez falou Deus,
duas vezes ouvi isto:
Que o poder pertence a Deus.
Salmos 62:11
