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Deixe que o Amor guie e dirija sua vida

Da edição de fevereiro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Imagine Um Amor incondicional de que se possa depender com toda confiança. Imagine ser querido imensuravelmente sem, no entanto, ficar sob domínio pessoal. É dessa forma que Deus ama o homem, Seu filho amado e espiritual que é o ser de cada um de nós. Na Bíblia, João coloca o amor nessa base mais elevada e diz: "E nós conhecemos e cremos o amor que Deus nos tem. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele."

Ora, esse Amor, que é Deus, não é apenas presença total, é poder total. É o Princípio divino de toda existência. Quando aceitamos em nosso pensamento esses conceitos espirituais e oramos com eles, somos capazes de rejeitar os conceitos limitados e adulterados de amor. Nossa vida adquire um pendor mais espiritual, torna-se mais útil e traz maior satisfação. Não resta dúvida de que deixar que o Amor dirija nossos pensamentos e ações leva à cura. Nosso pensamento muda, não mais tentando tirar vantagem do amor ("Como faço para que outros me amem mais?") em troca do empenho em expressar mais ativamente o amor de Deus. Isso acontece ao compreendermos que somos filhos de Deus, de todo espirituais e inseparáveis dEle.

De fato, o Amor está sempre presente, cuidando de nós e nos confortando. "Deus apenas aguarda que o homem dê provas de mérito, a fim de realçar os meios e os recursos de Sua graça," escreveu certa vez a Sra. Eddy numa carta a uma igreja da Ciência Cristã (ver Miscellaneous Writings). Não é que nós façamos uso do Amor, mas sim que cedemos à presença do Amor, que está sempre ao nosso alcance. De fato, somos a expressão da ternura do Amor.

Durante uma caminhada matinal, a poderosa presença do Amor se me tornou mais evidente. Sob o fardo de problemas não resolvidos e pesadas responsabilidades, pus-me a andar com um propósito em mente. Orei: "Pai, o que preciso compreender melhor a fim de sentir tua presença e teu governo?" Com toda a clareza e muita simplicidade, veio a resposta: "Deixe o Amor."

Deixe que o Amor faça o quê? indaguei. Contudo, examinei a fundo a resposta recebida. Primeiro: Deixe que o Amor entre, pensei. Você está tão ocupada controlando as coisas, que não está deixando o Amor divino manifestar-se em todo seu poder. Esse raciocínio levou-me a ver que o Amor está sempre a inspirar, purificar, governar e dirigir o homem. Não existe lugar na presença do Amor para o medo, o desânimo, a carência, a dúvida. O Amor ordena, desenvolve e dirige.

Lembrei-me da "Oração diária", no Manual d'A Igreja Mãe, de autoria da Sra. Eddy. É digno de nota a maneira como a idéia de deixar que o Amor se estabeleça está presente nessa oração. " 'Venha o Teu reino'; estabeleçase em mim o reino da Verdade, da Vida e do Amor divinos, eliminando de mim todo pecado; e que a Tua Palavra enriqueça as afeições de toda a humanidade, e a governe!"

Um significado da palavra deixar é desprender-se. Isso se aplicava bem à minha situação. Ao perceber esse ponto, dei-me conta de que o governo harmonioso do Amor já está estabelecido sobre tudo. A mim me competia dar testemunho do governo do Amor, da sabedoria divina. Eu precisava confiar no Amor, abandonar o sentido restritivo e amedrontado de responsabilidade pessoal, enfim, deixar que o Amor governasse.

Foi assim levantado o fardo que me pesava nos ombros. Eu estava livre. Sim, ainda era preciso tomar muitas decisões, enfrentar responsabilidades e havia uma montanha de trabalho a fazer, mas agora eu não estava mais tentando controlar a situação ou utilizar o poder de Deus para me ajudar. Eu estava cedendo à presença e ao poder totais do Amor divino. Surgiram soluções inteligentes para cada situação, no decorrer da semana seguinte, à medida que eu continuava a deixar que o Amor dirigisse meu pensamento, a deixar que o Amor se expressasse.

Deixar que o Amor atue dessa forma não significa passividade. Requer algo de nós. Torna-se necessário subjugar o ego humano, o pequeno "eu" que argumenta sem parar em prol de sua própria auto-importância egoísta e suas opiniões. Torna-se necessária a rendição voluntária do desejo ou da tendência de circunscrever ou limitar o amor. Quem somos nós para decidir quem merece e quem não merece receber amor? Desejamos ser donos dos afetos de outra pessoa? Ou, no outro extremo, pensamos que o amor seja tão difícil de controlar e tão indigno de confiança, a ponto de nada desejarmos ter com ele?

O amor que é a expressão do divino não manipula nem é manipulado. Cristo Jesus provou sem sombra de dúvida que cada homem, mulher e criança é sempre digno de receber amor. Cada pessoa é, em realidade, a idéia ou o descendente do Amor. O Amor divino é incondicional e desprendido. É natural ao homem amar e ser amado.

Ao desenvolvermos nossa compreensão da natureza autêntica do Amor, cultivamos a aptidão de deixar que o Amor se expresse em tudo o que fazemos. Mediante a oração que busca a orientação de Deus, estaremos no lugar certo, diremos a coisa certa e estaremos dispostos a ajudar outros seres humanos a sentir e saber que Deus é Amor.

Ninguém no universo de Deus, no universo do Amor, está fora de Seu amor. Diante de Deus, ninguém é indigno de ser amado.

Podemos conhecer esse Amor, dele depender e por ele ser abençoados. Deixemos que o Amor divino guie e governe nossa vida. Que alegria e liberdade, que estabilidade e realização resultam de uma melhor compreensão de Deus como sendo Amor e do homem como expressão do Amor!

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