Há Um Cartaz que está sendo colocado, estes dias, nos ginásios de esportes, em vestiários de clubes esportivos e em campos de treino, aqui nos Estados Unidos. O cartaz contém apenas uma frase que, em tradução livre, significa: “Para a frente, agora.” Atletas dedicados e disciplinados parecem entender muito bem o que essa frase quer dizer. Eles extraem um mundo de significado dessas quatro palavras secas e diretas.
Nós, os leigos, talvez precisemos de alguma explicação. Em essência, elas querem transmitir a seguinte idéia: pare de falar, de se queixar, de deixar tudo para depois! Entre em ação! Faça o que você tem de fazer, faça o esforço, agora, quer você tenha vontade, quer não.
Esse lema pode servir de curto e poderoso lembrete àqueles que estão lutando para seguir a disciplina do cristianismo científico. A maioria de nós precisa ir mais para a frente naquilo que, sabemos, pode ser feito. Em vez de duvidar de nossa capacidade, ou de esperar a hora em que “estivermos menos ocupados”, ou “tivermos aprendido mais”, compreendamos que podemos nos dedicar a isso e ir para a frente, agora. E isso não significa “preparar-se”, pensar seriamente na possibilidade, dar a impressão de estar fazendo alguma coisa. Significa agir.
Muitas vezes, o maior inimigo das sociedades ou dos indivíduos não é o ataque agressivo que vem de fora. O inimigo consiste em abster-se de agir, quando sabemos que devemos agir.
Tudo, na Ciência do cristianismo, ou seja, o cristianismo original de Jesus, insta a agir. Ao lermos aqueles relatos da Bíblia, certamente não temos a impressão de que os primeiros cristãos eram passivos, resignados. A confiança deles não era depositada nalguma espécie de pensamento positivo ou auto-estímulo. Fica claro que eles tinham a expectativa de que, seguindo honestamente os ensinamentos de Cristo Jesus, era possível fazer cada vez mais e melhor. Era possível, não porque os seguidores de Cristo tivessem uma força de vontade fora do comum ou um caráter excepcionalmente forte, mas porque aquilo que Jesus havia lhes ensinado sobre Deus lhes proporcionava essa possibilidade. A nova idéia espiritual de Deus lhes mostrava algo diferente do assim-chamado ciclo costumeiro de doença, medo, apatia, pecado e morte.
Essa verdadeira idéia de Deus é o Cristo, que continua até agora a ser uma força que eleva a vida das pessoas. É a razão pela qual nós também podemos ir “para a frente, agora,” apesar dos eventuais receios, como a sensação de que não estamos preparados, não somos suficientemente bons, ou não temos a inspiração necessária. O Cristo é uma presença constante dentro de cada um. Faz com que nossos sérios esforços para obedecer a Deus se elevem da intenção para a ação. Quando nossa oração se transforma em ação e fazemos o esforço de melhorar, qualquer que seja o nível de onde começamos, descobrimos que Deus efetivamente já nos deu essa “melhora” que procuramos alcançar. É, portanto, natural que o homem a expresse.
O espírito crístico dá testemunho constante da realidade bem verídica de Deus, do Espírito, e do homem como sendo filho, a expressão espiritual de Deus. Mostra-nos que o bem pelo qual lutamos é uma partícula do bem que enche o universo e que Deus conhece como sendo a realidade sobre Sua criação espiritual, inclusive o homem.
Numa breve e sincera carta enviada a amigos esforçados, numa igreja filial da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, que descobriu e fundou a Ciência Cristã, confessou certa vez: “Meu trabalho é luz refletida, uma gota de Seu oceano de amor, da glória original, o Esse divino.... Continuem se esforçando. O caminho é estreito a princípio, mas se expande à medida que nele andamos” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany).
Na Ciência do cristianismo, a exigência de ir “para a frente, agora” requer mais do que apenas nos adiantarmos com os passos humanos visíveis que precisam ser dados. Devemos, e podemos, romper a sensação mesmérica de inércia com relação a esses passos práticos, cuidando de realmente encontrar tempo para o estudo espiritual diário e para a oração, para ler a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, para filiar-nos a uma igreja, ou para ir mais adiante e receber instrução em Classe Primária de Ciência Cristã. Todavia, a exigência fundamental, em qualquer estágio de progresso, será sempre a de transpor, em pensamento, toda e qualquer conclusão baseada nos sentidos materiais, rumo a uma compreensão espiritual do que constitui a realidade.
Cristo, a Verdade, ainda está aqui para nos ajudar nisso, mas temos de estar dispostos a nos voltar para a Verdade e apreendê-la. Esse Cristo, a Verdade, nos diz, por exemplo, que a doença não é a vontade de Deus e nunca foi criada por Ele. Portanto, a doença é literalmente um erro, que solta as amarras com que prende a mente e o corpo, assim que a verdade espiritual desponta na mente humana.
Contrariamente às aparências, que às vezes são muito vívidas, não vivemos num universo material ao sabor de um destino cego e não estamos sujeitos a leis de destruição, destituídas de inteligência e aparentemente implacáveis, que geram doenças, fraquezas genéticas, acidentes e guerras. A vinda da compreensão espiritual mostra que, em realidade, vivemos na criação espiritual de Deus, sob Seu governo, justo e amoroso.
Não é de surpreender que a mente humana às vezes encare essa verdade de forma cautelosa, vacilante, mantendo-se com um pé atrás. Contudo, há evidências de que essa Verdade ilimitada, que é o Consolador, o mesmo espírito do Cristo e o Espírito Santo que deu impulso ao cristianismo em seus primórdios, ainda cura e ajuda aqueles que fazem o esforço de lhe corresponder. A cura que daí resulta é muitas vezes tão notável, que indica a necessidade de uma compreensão drasticamente diferente sobre o que é ou não real, o que é ou não substância, o que é ou não lei.
A velha história da existência humana é bem conhecida e bem gasta. A nova história, que nos conta que Deus, o Espírito, é a Vida do homem, aqui e agora, isto é, a boa nova de Jesus, contém um mundo de boas perspectivas. Vale todo esforço.
    