Após Termos Aceitado as verdades básicas da Ciência Cristã e comprovado a cura através da oração, chega um momento em que uma profunda gratidão desperta em nosso coração e ficamos muito desejosos de servir à Causa. O despertar desse sentimento de gratidão em nós é natural. Além disso, as igrejas filiais estão prontas para receber-nos, pois a necessidade de colaboradores é grande.
Porém, o que ocorre quando paramos e começamos a reconsiderar nosso entusiasmo? Essa hesitação é, em realidade, a resistência da mente carnal em servir à única Causa que nos assegura que a mente carnal será destruída. Se conseguirmos perceber esse engodo com nitidez, o excluiremos rapidamente de nosso pensamento e permitiremos que nossos desejos puros emanem livremente.
Posso contar que, em minha própria experiência, todas as vezes que eu consegui libertar-me desses entraves à minha disposição alegre de servir, aconteceu uma cura.
Certa ocasião fui convidado a participar da diretoria de minha igreja filial, quando conhecia a Ciência Cristã havia apenas quatro anos. Aceitei o convite prontamente, mas depois comecei a me questionar, imaginando que talvez eu tivesse assumido mais compromissos do que poderia cumprir.
Na época, eu me dedicava à carreira artística e trabalhava em um escritório durante o dia. Com reuniões quinzenais da diretoria, reuniões de comissão (sempre realizadas à noite), e outras responsabilidades afins, eu ficava me perguntando como é que ainda sobraria tempo para dedicar aos meus outros interesses.
Porém, algo em mim se rebelou contra essa barreira que se interpunha ao meu desejo de ajudar a Causa que tinha me ajudado tanto. Algo fez com que eu começasse a me sentir pouco inclinado a ceder às minhas reservas quanto ao trabalho na igreja. Esse algo era o Cristo, a mensagem da Verdade divina. Eu tinha aprendido na Ciência Cristã que, como fui criado à semelhança de Deus, a Mente divina, que é Deus, é a fonte de todos os meus pensamentos verdadeiros. Aprendi também que sou um de Seus pensamentos, uma de Suas idéias, não um mortal de carne e ossos, mas sim um ser consciente e imortal.
Essa mensagem do Cristo dirimiu aquelas dúvidas carnais, consolando-me com a verdade de que meu ser é espiritual e imaculado, despertando assim meu senso de justiça. Eu sabia que a justiça é um atributo básico de Deus, o Princípio divino, e portanto é inata em mim, que sou Sua imagem. Esse senso espiritual de justiça me dizia que eu não poderia ser considerado culpado por expressar gratidão genuína e desejo de servir.
Eu entendi que a Ciência Cristã é um presente de Deus, que minhas experiências de cura eram bênçãos divinas e minha disposição de servir também provinha de Deus, o Espírito. Eu sabia que não poderia negar ou eliminar algo divinamente engendrado e que Seu propósito nunca poderia me prejudicar. Este foi o pensamento mais inspirador que eu tive: como Deus é Amor divino e é cem por cento bom, eu só poderia ser abençoado ao fazer Sua vontade.
Os três anos em que participei daquela diretoria foram de um crescimento espiritual maravilhoso. As lições de humildade, sabedoria e bondade cristã que aprendi ainda orientam meus motivos e atos. Tornou-se-me natural transferir para minhas outras atividades aquilo que eu estava compreendendo através do trabalho para a igreja. Diversas vezes, muitas situações foram conduzidas de modo diferente, (e com mais resultados de cura) do que teriam sido se eu tivesse seguido minha primeira reação ao assunto. Finalmente, minhas reações iniciais começaram a mudar e se tornaram mais crísticas.
No período em que eu estava na diretoria, tive muitas oportunidades de consultar o Manual de A Igreja Mãe, de Mary Baker Eddy, a fundadora d’A Igreja Mãe. Minha gratidão por esta grande Causa tomou outra dimensão, quando passei a admirar a Sra. Eddy pelo seu papel de líder mesmo hoje, e comecei a sentir um enorme desejo de saber mais sobre sua vida.
Lendo a respeito da tremenda dedicação, desprendimento e luta da Sra. Eddy para escrever Ciência e Saúde e fundar sua Igreja, fui dominado pelo desejo de levar adiante aquela luta. Senti grande humildade por ter a oportunidade de trabalhar para alguma coisa que não somente me havia curado, mas que também era tão correta.
Um benefício que eu não esperava receber foi o senso inestimável de companheirismo e encorajamento cristão entre os membros da igreja. Como eu não era cristão antes de conhecer a Ciência Cristã, nunca havia tido essa experiência. A missão mundial prestadia do movimento da Ciência Cristã estava se tornando mais vívida para mim, através de minha oração e da tentativa de procurar aproximar-me da comunidade de nossa igreja local. Que alegria era (e ainda é) ser um soldado cristão e contribuir com minha expressão singular do toque sanador, que a humanidade deseja ansiosamente.
Tive também curas físicas diretamente relacionadas com o trabalho para a igreja. Certa ocasião tive sintomas graves e inesperados de infecção estomacal. À medida que eu me atinha em oração às verdades espirituais que uma praticista havia transmitido carinhosamente pelo telefone, lembrei-me das palavras de Cristo Jesus, que haviam sido lidas em uma reunião da diretoria naquela semana e que aparecem no Evangelho de Mateus: “O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”
Isso imediatamente me fez lembrar da declaração de Paulo, extraída de sua segunda Epístola aos Coríntios: “Entretanto estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.” Aí então eu compreendi que não vivia na matéria fraca (ou forte), mas no Espírito poderoso. Essa convicção habilitou-me a sentir o belo amor de Deus acima dos sintomas e fiquei completamente bom em bem menos de vinte e quatro horas.
Todas essas bênçãos e muitas outras ocorreram graças à singela confiança na verdade de que a disposição de servir com gratidão cura. Além disso, fora preciso estar disposto a desafiar metafisicamente a sugestão carnal que teria me induzido a renunciar, caso não tivesse sido refreada. Imagine o que eu teria perdido!
A Sra. Eddy nos diz na primeira frase do Prefácio de Ciência e Saúde: “Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos.” Minha prática atual da cura cristã científica deve muito à minha atividade na igreja filial. As demonstrações de hoje estão firmadas nos serviços que liberalmente prestei no passado.
E quanto a você? Não é muito tarde nem muito cedo para começar a se dedicar. Talvez lhe façam brevemente a pergunta feita por Davi em 1 Crônicas: “Quem, pois, está disposto, hoje, a trazer ofertas liberalmente ao Senhor?” Deixe que seu coração, pleno de gratidão, o oriente na resposta a essa pergunta.