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Deus, Joca e eu

Da edição de maio de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Ele apareceu do meio dos arbustos, ao lado da estrada, cachorro novo, todo pele e osso. Tinha o pêlo marrom, o peito branco, orelhas caídas e os olhos castanhos com o olhar mais doce que se pode imaginar. Estava sem coleira, tinha um ar assustado e parecia não ter para onde ir. Levei-lhe um pouco de comida e ele a devorou avidamente. Daquele dia em diante, Joca passou a fazer parte da família.

Joca cresceu e se tornou um cachorrão que gostava de correr ao nosso lado, quando meu marido e eu corríamos para nos exercitar. Gostava de perambular pelas colinas nos arredores de casa. Tempos depois, a cadelinha Fifi juntou-se a nós, branquinha, um pouco menor do que Joca. Os dois gostavam de brincar juntos, reinando em meio ao mato rasteiro. Nós estávamos muito felizes com nossos dois cães.

Alguns anos depois, uma noite, Joca morreu. A princípio não conseguia acreditar que tal coisa tivesse acontecido. Durante todo o dia seguinte chorei muito. Mas eu sabia que isso não ajudava em nada. Então comecei a orar.

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