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Devemos preservar nossa capacidade de amar

Da edição de janeiro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Você Alguma Vez já se perguntou como é que as pessoas conseguem se importar com os outros e como são capazes de continuar a demonstrar tal interesse? Os problemas que nos cercam, às vezes, parecem ser maiores do que nossa capacidade de resolvê-los, pois precisamos fazer todo o possível apenas para enfrentar nosso próprio dia-a-dia.

Ninguém quer ter o coração duro. No entanto, parece às vezes ser quase necessário ficar insensível, para enfrentar os dias de hoje. Um vizinho está desempregado porque a fábrica em que trabalhava fechou. Um colega de trabalho está lutando com uma doença. Há alguém que costuma destruir os telefones públicos da vizinhança. Há outro que luta para vencer o alcoolismo.. .. Tudo isso é demais. Afinal, você ainda precisa preparar o café da manhã e levar os filhos para a escola. Você tem um trabalho que está atrasado, no escritório. E, ainda por cima, precisa levar o carro ao mecânico.

Mesmo assim, há algumas pessoas que ouvem esses relatos, dia após dia, e, numa expressão de amor incessante e ilimitado, fazem com que amigos e estranhos entrem em contato com o Amor divino. Em vez de sobrecarga, esse amor lhes traz renovação e as revigora. Elas mesmas passam a conhecer a Deus mais profundamente e aqueles que as procuram, em busca de ajuda, encontram soluções e cura, quando muitos pensariam ser isso impossível. Que dádiva essas pessoas transmitem! Como descrever a sensação de ser purificado do medo, da culpa, do desespero e da aflição? Como explicar a sensação de sentir a luz, de ser amado por Deus, de sentir-se amparado e de ser capaz de apoiar-se no bem? É uma descoberta! Uma maravilha! Dela emerge um ímpeto de progresso e de saúde. A Ciência Cristã habilita a todos a viver essa vida de dedicação tão eficaz.

Poderíamos resumir assim o caráter de uma vida cristã: descobrir, na vida de nosso Mestre, a verdadeira natureza de Deus; despertar em nós um senso vital e consciente do poder, da presença e da totalidade ilimitada de Deus. Esse despertar espiritual inunda o coração humano de amor irrestrito por nosso semelhante.

Tudo o que conhecemos de Deus, vemos refletido em Sua criação, inclusive no homem. Nossa compreensão crística a respeito de Deus e daquilo que o homem verdadeiramente é, como Sua imagem, muda o curso da vida. Nossos motivos, objetivos e desejos se transformam. Preservar e manter a percepção de “Deus conosco” torna-se um objetivo sumamente importante. Passa a ser nosso grande tesouro. Também descobrimos que o egoísmo mata esse sentimento que, no entanto, se mantém vivo e progride somente quando incluímos a todos no Amor com que somos amados. Isso dá ímpeto aos esforços de cristianizar nossa vida diária.

O Cristo “enternece” o coração. A influência divina do Cristo nos ajuda a reconhecer o homem como ele realmente é, o reflexo de Deus. Quando permitimos que o Cristo nos governe e quando procuramos nos imbuir da disciplina que provém do Cristo, constatamos que o bem que se desdobra em nossa vida é imensurável. Explica-se, então, a mensagem que encontramos no Novo Testamento: “Cristo em vós, a esperança da glória”. Coloss. 1:27. A vantagem de acalentarmos essa mensagem a cada dia é que ela nos torna receptivos à orientação firme e segura do Cristo, a Verdade. Conscientiza-nos da influência divina de Deus. Sentimo-nos inspirados a viver mais em consonância com Seu amor. O resultado disso é a cura.

Mary Baker Eddy assim se refere à natureza do Cristo, quando escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Cristo é a idéia verdadeira que proclama o bem, a mensagem divina de Deus aos homens, a qual fala à consciência humana.” Ciência e Saúde, p. 332. Essa mensagem do Amor divino chega até nós com poder sanador. Ouvimos e sentimos a gloriosa bondade de Deus. A grandiosidade da mensagem do Cristo é que ela chega até nós tanto como vivência quanto em palavras, vem como cura tão certamente como vem sob a forma de inspiração. Sem dúvida, não podemos separar uma forma da outra.

Se desejarmos ouvir essa “idéia verdadeira” a todo momento, precisaremos silenciar a mente carnal. E disso não podemos escapar. Todos, porém, podem estar certos de que a disposição de silenciar a mente carnal coincide com a dádiva da graça que nos capacita a fazê-lo. A tentação de zangar-se, de criticar, de não perdoar, ou de ser voluntarioso, pode causar um alarido tal, tamanha agitação e discórdia, que por algum tempo ficamos surdos à “mensagem divina de Deus”. Até mesmo a ficamos idéia de perder a mensagem causa dor. Ninguém que já tenha ouvido ou vivenciado a santidade iria, espontaneamente, trocar as idéias da Mente divina pela confusão da mente mortal. Logo, é importante que aprendamos a lição do dente-de-leão. Essa planta floresce na primavera e tem uma cor amarela muito vibrante, que atrai; deixamo-la crescer livremente. No entanto, que engano! Ela espalha ao vento milhões de sementes de ervas daninhas, que dificilmente são erradicadas.

Isso é significativo, se levarmos em consideração as exigências que nos faz a cura espiritual. A Sra. Eddy admoesta em Ciência e Saúde: “Se a hipocrisia, a impassibilidade, a desumanidade ou o vício entrassem nos quartos dos doentes por intermédio do pretenso sanador, isso converteria, se fosse possível, em covil de salteadores o templo do Espírito Santo — isto é, o poder espiritual do paciente para ressuscitar-se a si mesmo.” Ibid., p. 365. Bendita admoestação, essa! O alarme de nosso sentido espiritual soa contra os ladrões que tentam roubar nossa paz e privar-nos do sentimento de ternura e compaixão. Acabariam nos deixando sem nada, a não ser as mensagens falsas do mal, as intermináveis rememorações do erro que nos deixam cansados e esgotados, privados da força e da vitalidade espirituais.

Não é possível confundir o sentimento que provém do Cristo, com as sugestões da mente mortal. Um faz com que nosso coração se aproxime de nosso semelhante. Cura os doentes; amordaça e destrói o pecado; reforma, corrige e determina o curso correto de ação; traz à luz a bondade e o amor. Por outro lado, a mente mortal conduz à discórdia e ao desgaste emocional. Cede lugar à ira, aumenta as falhas dos outros, sucumbe ao medo. Deixa-nos aflitos e preocupados. Prejudica nossa capacidade de curar. Ceder à mente mortal não faz nenhum bem a nosso semelhante e nos causa enorme prejuízo. No entanto, conseguimos superar tudo isso quando acalentamos dentro de nós a glória que procede do Cristo; como resultado, um bem enorme se realiza.

Quando se viu frente a frente com as fortes ondas da mente mortal, Cristo Jesus repreendeu o mar, dizendo: “Acalma-te, emudece!” Marcos 4:39. Seguiu-se uma grande bonança. Essa calma é a atmosfera onde trabalha o sanador cristão bem sucedido. Nessa atmosfera, o amor humano e o amor divino coincidem. Ali, toda a bondade de Deus aparece diante de nós. Protejamos bem esse ambiente mental.

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