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O homem criado por Deus é sempre útil

Da edição de janeiro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Qual É A melhor maneira de manter meu gramado livre de ervas daninhas?” perguntei a um paisagista. “As ervas daninhas ocupam espaços vazios,” ele respondeu. E continuou, explicando que um gramado forte e farto não deixa lugar para as ervas daninhas se alastrarem e que, caso elas apareçam, têm pouca chance de se desenvolverem.

O que dizer dos espaços vazios que às vezes aparecem em nossa própria vida? Aqueles períodos em que nos sentimos sem objetivo e não ocupamos adequadamente nosso tempo, quando a vida mais parece uma série de tarefas triviais? Ou o espaço vazio em nosso pensamento, aqueles períodos em que parecemos aceitar facilmente qualquer opinião ou medo que esteja infestando a sociedade?

Como podemos evitar ficarmos expostos à intromissão fortuita de pensamentos e ações que se assemelham a ervas daninhas? Não é tão simples como comprar sementes ou leivas de grama para preencher os espaços vazios de um gramado! Mas sempre podemos descobrir o senso de realização e a utilidade que Deus nos dá.

A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) enfatiza que a solução para o vazio é uma compreensão crescente da verdadeira natureza da criação de Deus — a natureza verdadeira, minha e sua, como semelhança de Deus. Deixando para trás o que os sentidos físicos dizem, a Ciência Cristã revela a identidade genuína e espiritual do homem. Deus, que é eternamente produtivo, modela esse homem para que seja como Ele — sempre útil. Como Deus nunca pode estar ocupado de uma forma que não seja proveitosa, Seu reflexo direto, ou expressão, nunca pode ser menos do que vigorosamente criativo e ativo. Deus não criou o homem para que ele passe por períodos de desmerecimento to nem para que se envolva em futilidades. O homem existe para expressar o que Deus é e faz. Conseqüentemente, Deus não cria vidas vazias.

Quanto mais percebermos e amarmos o modo como Deus realmente nos criou, tanto melhor vivenciaremos na prática nossa utilidade, que é outorgada por Deus. À medida que aceitarmos o valor e a glória que Deus confere a cada um dos momentos em que estamos cônscios dEle e do verdadeiro propósito de nossa existência, menos ficaremos acomodados no pensar e viver inúteis.

Não estamos sugerindo com isso que atividade, de uma forma geral, seja sinônimo de utilidade. Muitas pessoas já descobriram que uma agenda repleta de atividades construtivas e agradáveis não é, necessariamente, o passaporte para nos sentirmos valorizados. Longas horas despendidas em afazeres legítimos não eliminam automaticamente a sensação de que a vida é vazia e sem importância.

O que precisamos é de um coração que aguarde a orientação de Deus. Para sentir propósito genuíno e nossa importância na vida, oramos para ser movidos pela sabedoria e pelo amor, não nos aventurando precipitadamente a seguir todo pensamento ou empreendimento que se nos apresente, mas sim, permitindo que Deus nos mostre a maneira, por pequena que seja, de servi-Lo e de abençoar a família humana.

Como resultado dessa oração, talvez possamos dedicar mais cuidados às inúmeras crianças, em nossa comunidade, que clamam por amor e atenção ou, talvez, sejamos inspirados a trabalhar mais para melhorar o ambiente de nosso bairro. A utilidade que nos é dada por Deus pode vir a manifestar-se em tranqüilidade maior e apoio em oração aos outros, ou ainda em renovada dedicação à prática da cura pela Ciência Cristã. Quanto mais permitirmos que Deus impulsione nossa atividade, tanto menor será o espaço onde possam germinar as ervas daninhas do medo e da insignificância.

Cristo Jesus, que nos mostrou a maneira certa de viver, não deixou nenhuma dúvida quanto à singularidade e ao valor com que Deus dota a cada um. Ele perguntou: “Não se vendem cinco pardais por dois asses? Entretanto nenhum deles está em esquecimento diante de Deus.” E, então, assegura a seus seguidores: “Até os cabelos da vossa cabeça todos estão contados. Não temais! Bem mais valeis do que muitos pardais.” Lucas 12:6, 7.

E quando a sensação de inutilidade resulta de algum acontecimento fora de nosso controle, como o falecimento de um ente querido, ou no caso em que os filhos crescem e saem de casa, ou quando precisamos nos aposentar?

Será que nós temos mesmo de nos submeter à inutilidade, uma vez que esta é oposta à vontade de Deus para o homem? Acaso não temos um Deus amoroso, que nos capacita a viver intensamente uma vida completa e realmente valiosa? Em realidade, porventura não vivemos para expressar o ser de Deus? Deus ama o homem. Esse amor, que não conhece interrupção nem etapas, se expressa de forma prática. Assim, a atividade ou o pensamento sem sentido nada mais são do que um conceito errôneo sobre Deus e Sua infinita provisão para o homem.

Perceber que a inutilidade é espiritualmente ilegítima, leva-nos a viver de forma mais produtiva. Ficamos então menos absorvidos em nós mesmos, mais corajosos em nosso desejo de servir, prontos a desafiar antigas limitações e suposições sobre nossas habilidades. Sentimo-nos seguros de que podemos fazer isso, porque sabemos que o homem, como idéia infinita da Mente, nunca pára de progredir nem de expressar o propósito de Deus.

A história bíblica de Rute e Noemi ilustra a contínua utilidade de um coração que espera em Deus. Essas mulheres, que não eram somente parentes, mas amigas profundamente leais, ficaram sem marido e quase na miséria, mas mantiveram sua firme confiança na direção de Deus. E essa humilde confiança, aliada à obediência, levou-as a uma vida abundante e útil.

Porventura não é desse modo que Deus age quando estamos dispostos a deixá-Lo utilizar nosso pensamentos e ações? A falta de propósito e a falta de utilidade não podem germinar em nós, quando nos apoiamos em Deus e vemos que a inutilidade não tem raízes na realidade espiritual.

Antes de descobrir a Ciência Cristã, o sentimento de vazio não era desconhecido para Mary Baker Eddy. Sua vida teve muitos reveses e muitas tragédias e parecia-lhe, às vezes, que nunca cumpriria o propósito divino que ela, de algum modo, sabia que deveria cumprir. Sua descoberta revelou que a natureza verdadeira do homem se origina no ser perfeito de Deus e mostra que a vida pode ter significado quando seu fundamento é espiritual. Ela assim o explica em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Um conhecimento da Ciência do ser desenvolve as faculdades e possibilidades latentes do homem. Estende a atmosfera do pensamento, dando aos mortais acesso a regiões mais amplas e mais elevadas. Eleva o pensador a seu ambiente nativo de discernimento e perspicácia.” Ciência e Saúde, p. 128.

Não nos é impossível ser úteis e produtivos, quando nos lembramos de que Deus realmente nos criou para sermos assim. Podemos tornar-nos cada vez mais receptivos ao fato de que Deus não conhece vácuos em Sua criação. Ele nos supre constantemente de força, inspiração e oportunidades para sermos muito úteis.

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