Alguns Anos Após meu casamento, comecei a enfrentar diversos problemas físicos sérios. Um erupção da pele, que tinha desde que nascera (diagnosticada como eczema, durante a gravidez), chegou a um ponto quase intolerável e me obrigou a usar bandagens. Era freqüente eu ficar com os olhos irritados a ponto de não enxergar. E sem motivo aparente, entrava em depressão tão profunda que, às vezes, chorava horas a fio.
Eu orava diligentemente por mim mesma, como havia aprendido na Ciência Cristã e recebi ajuda, por meio da oração, de praticistas da Ciência Cristã, em diferentes ocasiões. Em uma reunião de testemunhos de quarta-feira à noite, um testemunhante falou da cura do pesar. Ele mencionou que o pesar é, com efeito, uma crença em perda ou carência de algo, seja de uma pessoa, amizade, amor ou saúde. Então, compreendi que a depressão que sentia era uma forma de pesar pela aparente perda de minha saúde. Ao continuar o testemunho, a pessoa falou de sua cura do pesar e eu orei para saber que eu também poderia ser curada desse sentimento. Afirmei que, em realidade, eu não tinha perdido a saúde, porque a saúde é uma qualidade de Deus, sempre inerente ao homem como expressão dEle. Reconheci que no reino dos céus, onde “vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos) não há doenças; Deus é a fonte da saúde e o homem é saudável.
A oração e o raciocínio espiritual daquela noite resultaram em progresso em direção à cura. Já não me senti pesarosa com meu estado de saúde e nunca mais senti aquela depressão tão horrível.
Em outra reunião de testemunhos, um estudante novato da Ciência Cristã afirmou que esta Ciência fizera com que percebesse que sua vida não tinha acabado, pois a vida é Deus e é eterna. A sinceridade e a absoluta convicção com que falou me fizeram perceber que também minha vida não tinha acabado. Vi que me tinha deixado dominar pela sugestão de que, com tais e tais problemas eu já não podia ser ativa, sentir-me feliz, nem era digna de ser amada. No entanto, percebi o quanto eu tinha para ser grata e reconheci que minha vida e verdadeira satisfação vêm de Deus. Como expressão de Deus, sou certamente digna de ser amada. Senti-me envolvida por um sentimento de humildade, ao reconhecer o bem que Deus provê. Como resultado dessa gratidão e reconhecimento da bondade de Deus, a irritação dos olhos foi curada.
Poucos meses após essas curas, nossa primeira filha nasceu. Alguns meses depois, meu marido informou-me que estava muito infeliz com nosso casamento. Fiquei completamente desesperada. Ao me voltar a Deus, com o profundo anseio de descobrir o que deveria fazer, ocorreu-me apenas uma coisa, como se tivesse sido pronunciada: “Confie.” “Confiar em quem?” perguntei-me. Novamente o pensamento crístico socorreu-me: “Confie em Deus.”
Baseada em experiências e curas anteriores, eu sabia que podia confiar em Deus para me apoiar e guiar nessa situação. Contudo, o relacionamento com meu marido continuou a deteriorar-se. Ficou claro que deveríamos morar em casas separadas, até que ambos estivéssemos certos do próximo passo a dar.
Concordamos em orar a fim de resolver a situação harmoniosamente, não importava qual fosse o resultado. Na ocasião, meu marido não tinha nenhuma vontade de se esforçar por nossa reconciliação e pela união da família. Foi aí que percebi quão ruim tinha se tornado nosso casamento. Os problemas eram muitos e, embora graves, eram sutis. Percebi que, durante vários anos, eu havia permitido que a raiva, o desapontamento e o ressentimento dominassem meus pensamentos.
Ao orar a Deus em busca de orientação, vi que eu não queria ter nada a ver com esse casamento. Contudo, estava firme em reconhecer que não poderia haver dissolução das verdadeiras idéias de lar e de família. Na ocasião, eu tinha tempo para orar e estudar na Sala de Leitura da Ciência Cristã, várias horas por dia. Esse era um maravilhoso santuário para pensamentos calmos. Eu orava por uma compreensão mais clara de lar, companheirismo, compromisso, união, família, paternidade e maternidade.
Certo dia, fiz uma lista de todas as qualidades com as quais eu estava verdadeiramente casada, por meio de meu relacionamento com Deus: bondade, alegria, altruísmo, compaixão, honestidade, devoção. Fiz outra lista de todas as qualidades das quais eu estava completamente divorciada: egoísmo, ódio, raiva, insensibilidade, hipersensibilidade, desânimo e desonestidade. Afirmei que as qualidades com as quais eu estava casada estavam intactas e que nada poderia separar-me dessas características crísticas inatas.
O progresso parecia lento, mas era evidente que havia progresso. Meu marido começou a considerar a possibilidade de reconstruir nosso lar. Finalmente, sentimos que era hora de morarmos juntos novamente, a fim de possibilitar o progresso na cura. Tal como acontece em muitas experiências, as mudanças pareciam tão normais, que era fácil pensar que nada estava acontecendo mas, em realidade, estavam ocorrendo grandes mudanças.
Meu marido e eu somos pessoas pacíficas. Mas percebemos que não havíamos baseado nosso senso de paz conjugal em Deus, o Princípio. Se alguma desavença surgia, simplesmente achávamos a maneira mais fácil de resolvê-la, sem recorrer a Deus em busca de orientação. Isso significava que, geralmente, um de nós cedia, mas permanecia ressentido. Com a oração e o estudo, aprendemos que somente a paz baseada no Amor divino, o Princípio, merece ser cultivada. E somente essa paz pode unir as pessoas no casamento.
Ocorreu uma completa mudança de pensamento e o resultado foi que meu marido passou a amar e a cuidar de sua família e de si mesmo. Durante esse período de crescimento espiritual, minhas dificuldades físicas foram completamente curadas, tal como aconteceu com o casamento infeliz. Pela primeira vez em minha vida, fiquei completamente livre do eczema. Que alegria! Que paz!
Nosso lar está bem estável agora e, certamente, está baseado no firme fundamento da compreensão de Deus e de Sua harmoniosa criação. Cerca de um ano após a reconciliação, um bom amigo nosso mencionou que não parecia haver nenhum tipo de cicatriz no relacionamento. Era como se o problema nunca tivesse acontecido. É assim, realmente, que meu marido e eu nos sentimos.
Sou muito grata a Deus por dar ao homem a habilidade de entendê-Lo e de demonstrar harmonia. Sou, também, grata a Mary Baker Eddy por transmitir ao mundo sua descoberta da Ciência Cristã, sob a forma de uma religião compreensível, prática e demonstrável, e pelos recursos que nos deixou, como, por exemplo, as Salas de Leitura da Ciência Cristã. Sou muito grata, também, pelos praticistas, que oram com zelo e absoluta convicção. Agradeço por essa cura que, em conjunto com todas as curas espirituais, está beneficiando a humanidade.
