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“Cousa nenhuma te faltou”

Da edição de abril de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Há Poucos Anos, um amigo decidiu estabelecer para si mesmo um objetivo interessante. Propôs-se a tirar de seu vocabulário a expressão eu preciso!

Era compreensível. Trabalhávamos juntos em um departamento criado recentemente; o volume de trabalho era enorme, com prazos rigorosos, e os recursos eram parcos. Parecia que toda frase que lá se dizia (algumas vezes veementemente!) era iniciada com: “Eu preciso de ....” Talvez meu amigo estivesse começando a se aperceber de algo que praticamente virara uma regra e que começava a me perturbar também: era a certeza cada vez maior de que não passaria dia sem que faltasse algo necessário.

Embora nem sempre de maneiras óbvias, muitos de nós sabemos bem o que significa sentir falta de algo. Pode ser falta de progresso, ou incerteza quanto ao nosso próprio valor; talvez estejamos ainda em busca de nosso lugar certo ou achemos que as tarefas que temos de fazer não têm sentido. Seja o que for que achamos que nos falta, jamais podemos ficar desprovidos dos recursos inexauríveis do Espírito, Deus.

As idéias espirituais, tangíveis e práticas, que nos vêm de Deus, a Mente divina, nunca são escassas e não dependem da matéria. Essas idéias norteiam nosso progresso, reafirmam o valor que temos como filhos bem-amados de nosso Pai-Mãe, determinam nosso propósito e posição adequada e não nos deixam de modo nenhum desamparados.

No Sermão do Monte, Cristo Jesus referiu-se à constância e totalidade do amor de nosso Pai em ilustrações claras. Disse a seus seguidores: “Se Deus veste assim a erva do campo ... quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?” Mateus 6:30.

Por sermos filhos amados, é natural que nos seja dada a provisão de que necessitamos; não precisamos suplicar a nosso Pai-Mãe que reconheça nosso mérito. A Sra. Eddy explicou que a oração eficaz, científica, se baseia na compreensão correta acerca de Deus, o Amor divino. Em seu livro Ciência e Saúde, ela pergunta: “Devemos implorar junto à fonte aberta, da qual jorra mais do que aceitamos, para que nos dê mais?” Ciência e Saúde, p. 2. Não significará isso também que não precisamos dizer a Deus o que é que não temos, mas devemos, isso sim, escutar o que Deus nos está dizendo, discernir espiritualmente a harmonia e perfeição de Sua criação?

Um executivo que conheço teve a oportunidade de aprender mais acerca da perfeita provisão que vem de Deus. Meu amigo queria fazer uma pesquisa para seu departamento, mas não via como obter certas informações bastante específicas. Estudara muito o assunto no decorrer da semana, mas não tinha orado a esse respeito. Certa manhã, ao entrar no escritório, ouviu de relance alguns funcionários comentarem sobre o quanto estavam aborrecidos com o trabalho deles. Assim, além de lhe faltarem as idéias para prosseguir com a pesquisa, tinha de haver-se ainda com funcionários insatisfeitos. Entendeu então que estava na hora de parar tudo e orar!

Quase em seguida, lembrou-se de algo que lera pela manhã no livro Ciência e Saúde: “À medida que os mortais conseguirem conceitos mais corretos acerca de Deus e do homem, inumeráveis objetos da criação, que antes eram invisíveis, tornar-se-ão visíveis.” Ibid., p. 264. A frase lhe era bastante conhecida, mas não conseguiu entender o que tinha a ver com sua situação atual. Na hora do almoço, dirigiu-se a uma Sala de Leitura da Ciência Cristã e lá prosseguiu seu trabalho de oração. Pouco depois de iniciar a leitura da Lição Bíblica, contida no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, deparou-se com este versículo bem conhecido do livro do Gênesis: “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom.” Gênesis 1:31. Então pensou: “Do jeito que as coisas vão, nem imagino como poderia ver tudo muito bom! Não conseguiria ver tudo muito bom nem por um minuto, nem mesmo por dez segundos!”

Foi aí que as implicações do que viera admitindo lhe ficaram mais claras. Percebeu que ele estava duvidando de Deus e do fato de que Sua criação é realmente espiritual e perfeita e de que isso pode ser provado. Ele afirmara, com efeito, que não conseguia nem sequer imaginar tamanha perfeição.

Estudou ainda por mais alguns momentos e voltou ao escritório, encontrando duas mudanças interessantes: primeiramente, um funcionário entrou em seu escritório apenas para dizer-lhe o quanto se alegrava por estar trabalhando naquele departamento; disse também que sabia de muitos outros que pensavam o mesmo. Como se isso não bastasse, alguns instantes mais tarde ocorreu-lhe precisamente de que maneira executar a pesquisa. O que pouco tempo antes estivera em falta, tinha sido suprido. Ele rememorou o que provocara a mudança.

Lembrou-se da primeira frase que lhe viera à mente antes do almoço e que dizia, inicialmente: “À medida que os mortais conseguirem conceitos mais corretos acerca de Deus e do homem ....” Fora exatamente isso que havia acontecido durante sua hora de almoço: sua descrença momentânea acerca de ser muito boa a criação de Deus, tinha sido corrigida. A frase continuava: “... inumeráveis objetos da criação, que antes eram invisíveis, tornar-se-ão visíveis.” Os objetos, ou idéias, que ele não conseguira ver antes, haviam se tornado visíveis de maneira tangível.

A lição foi grandiosa sob muitos aspectos, mas o mais importante foi que possibilitou a ele, assim como possibilita a cada um de nós, perceber e começar a provar que a criatura mais cara para Deus, Seu filho, não pode sofrer pela falta de coisa alguma.

Na Bíblia encontra-se registrado que Moisés lembrou aos filhos de Israel as coisas que aconteceram durante a saída deles do Egito. Acima de tudo, lembrou-lhes que Deus nunca os havia desamparado. “Ele sabe que andas por este grande deserto”, disse-lhes Moisés, “estes quarenta anos o Senhor teu Deus esteve contigo; cousa nenhuma te faltou.” Deuter. 2:7.

Está provado que tudo o que nosso Pai-Mãe nos dá, está sempre presente. Isso nos foi prometido.

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