A divulgação da mensagem do Cristianismo é sempre um desafio para as novas gerações de seguidores de Cristo Jesus. Nossas obras — nossa maneira de viver a mensagem — alcançam aqueles que estão em busca de respostas. No entanto, junto com as obras, são necessárias as palavras: palavras que relatem, apresentem, analisem, exponham, expliquem e registrem o poder da Verdade em nossa vida.
Hoje em dia, quando ouvimos o chamado: “pregai o evangelho a toda criatura”, qual é nossa resposta? Esta seção mostra o ponto de vista de alguns indivíduos, cuja resposta foi escrever. Apesar de alguns colaboradores desta seção serem escritores profissionais, nosso propósito fundamental não é o de falar sobre como escrever, mas sobre a atividade sanadora de se fazer com que a Palavra seja conhecida e sentida.
Se Você Estiver pensando em escrever para os periódicos, ou em escrever com mais regularidade, várias cartas recebidas ultimamente de nossos colaboradores talvez sejam de seu interesse:
“... Estou finalmente vencendo a tendência de procrastinar com relação a meu desejo de relatar por escrito uma bela experiência de cura que eu tive.”
“... Estou compreendendo que não preciso aceitar as sugestões agressivas de que (1) não tenho facilidade para escrever bem; e (2) não tenho tempo. Dei-me conta de que mesmo alguns dos artigos mais inspirativos passaram por muita, muita oração e revisão antes de serem publicados. Talvez seja por esse motivo que eles inspiram tanto.”
“... Com relação a essa restrição de 'tempo’, eu estava falando com outro colaborador dos periódicos. Ele me disse que transformara o ato de escrever em parte integrante de seu trabalho diário, uma forma de orar pela Igreja. Fiquei impressionado com isso. Não importa quanto trabalho eu tenha, sempre 'encontro’ tempo para ler a Lição Bíblica e orar por mim mesmo. Por que não incluir a colaboração para os periódicos nesse trabalho diário essencial? Sempre me senti sobremaneira abençoado por escrever e outros também têm sido abençoados.”
Você notou que essas cartas têm algo em comum? Nós também notamos. Parece que diversos colaboradores estão vencendo a crença de que não há tempo suficiente para escrever com regularidade.
Aliás, essas demonstrações foram animadoras para nossa equipe. Muitos de nós trabalhamos até tarde da noite e nos fins de semana para cumprir os prazos para publicação. (Calculamos que os assinantes não entenderiam se, em vez de receber a revista, recebessem uma notinha explicando que essa semana não foi possível publicar o Christian Science Sentinel, pois tivemos problemas em casa, fomos ao casamento de um primo, recebemos a visita de um velho amigo, tivemos de fazer preparativos para as festas, e as coisas no escritório ficaram um pouco atrasadas!)
Mesmo quando achamos que simplesmente temos mais trabalho do que podemos dar conta, lá no fundo sabemos que “mais tempo” não é a coisa mais necessária para escrever para os periódicos. Provavelmente já nos aconteceu, por exemplo, de ter um dia relativamente livre e ficarmos surpresos de quão pouco conseguimos fazer. Ou, por outro lado, em períodos extraordinariamente ocupados, ficarmos supresos de como conseguimos “encaixar” harmoniosamente mais alguma tarefa inesperada. Nossa Líder, a Sra. Eddy, faz referência a esse fenômeno em Miscellaneous Writings: “... a mãe que tem um filho é muitas vezes mais ocupada do que a que tem oito.” Mis., p. 7. O tempo não é um padrão de referência tão fixo como parece!
A Sra. Eddy nunca imaginou que suas revistas teriam como colaboradores pessoas sem mais afazeres na vida, com uma longa série de tardes livres nas quais pudessem calmamente compor artigos! Os articulistas, em cada exemplar dos periódicos, desde os primeiros números, foram na maioria das vezes ocupadíssimos praticistas da Ciência Cristã, empresários, donas de casa, professores, advogados.
Se, numa época de muito trabalho, um ente querido, digamos um filho ou uma filha, estivesse muito necessitado e nos pedisse para orar, nós não o faríamos? Sem dúvida não responderíamos: “Gostaria muito de orar por você, mas só vou poder fazer isso quando tiver um pouco de tempo livre, quem sabe nas férias ou quando me aposentar.”
Muito provavelmente começaríamos a orar no mesmo instante. Além disso, não teríamos nós a certeza de que tal atitude amorosa jamais poderia nos prejudicar ou impedir-nos de fazer o que fosse necessário? Descobrimos que as outras atividades se ajustam. Por exemplo, notamos que conseguimos fazer as outras coisas com mais eficiência. Ou chegamos à conclusão de que algumas tarefas não eram tão essenciais como pensávamos. Pode até se dar o caso de podermos deixar de lado alguns afazeres sem que ninguém seja prejudicado e sem que nós sejamos sacrificados. Poderemos sentir mais calma e elasticidade de pensamento em vez de um senso opressivo de sobrecarga.
Não é esse o “algo mais” que realmente se faz necessário para escrever regularmente para os periódicos? O ponto crucial pode não ser necessariamente a falta de tempo, em absoluto. Talvez esse trabalho requeira mais amor de cada um de nós. Muitos dos que pegam um Sentinel, um Journal, ou um Arauto, podem estar, estão, tão necessitados de ajuda como o ente querido de que falamos há pouco. Eles precisam urgentemente daquilo que pode ser oferecido pelos que já demonstraram em certo grau a Ciência do Cristianismo.
Estamos dispostos a atender a esse chamado, mesmo que não vejamos em pessoa todos esses leitores?
Já estamos vendo a resposta a esse chamado, na forma de novas contribuições sanadoras, substanciais, que nos chegam de colaboradores que estão de coração se empenhando para atender às necessidades contínuas da humanidade. E um certo número deles está procurando fazer isso com mais freqüência, mais constância e regularidade. Esse fato é realmente gratificante.
Talvez seja tão gratificante porque demonstra mais claramente que estas revistas não são realmente a obra de um grupo de autores e editores bem intencionados, mas sobrecarregados. Elas são a expressão da providência da Mente. Cada um que contribui para essa demonstração sente-se, como disse um dos missivistas acima, “sobremaneira abençoado”.
Portanto, também nós, visto que temos
a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas,
desembaraçando-nos de todo peso,
e do pecado que tenazmente nos assedia,
corramos com perseverança a carreira que nos está proposta,
olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus,
o qual em troca da alegria que lhe estava proposta,
suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia,
e está assentado à destra do trono de Deus.
Hebreus 12:1, 2
