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A importância da expectativa na cura

Da edição de janeiro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Jericó, Conhecida Como a cidade das palmeiras, a mais antiga cidade do mundo distava de Jerusalém, cerca de vinte e sete quilômetros, que deviam ser percorridos a pé. Há dois mil anos, essa foi uma das cidades que Jesus visitou, a fim de levar seu ministério ao povo da Judéia. Ver Marcos 10:46—52 Parece que se formou um grande ajuntamento em volta de Jesus, durante sua estada, pois, ao sair da cidade com seus discípulos, “numerosa multidão” o acompanhou. À beira da estrada estava sentado um homem que vivia pobremente das esmolas que recebia. A Bíblia nos diz que seu nome era Bartimeu e que ele era cego.

Com certeza houve uma grande movimentação entre as pessoas, enquanto Jesus saía de Jericó. Quando Bartimeu percebeu quem estava passando por ali, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” Muitos tentavam fazer com que se calasse, mas só conseguiam que ele gritasse mais. Ele já devia ter conhecimento da extraordinária obra sanadora de Jesus. Talvez tenha sentido naquele exato momento a presença do poder do Cristo. Será que, ao perceber que lhe seria possível falar com o Mestre, a esperança da cura não se acendeu em seu coração? Será que a fé que Jesus percebera em Bartimeu revelava uma convicção interior, uma expectativa de que ele seria curado?

O Evangelho de Marcos, no Novo Testamento, conclui o encontro memorável de Jesus com esse humilde mendigo cego, relatando como Jesus parou quando ouviu os gritos do homem, como chamou por Bartimeu que, “lançando de si a capa, levantou-se de um salto, e foi ter com Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Que queres que eu te faça? Respondeu o cego: Mestre, que eu torne a ver. Então Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E imediatamente tornou a ver, e seguia a Jesus estrada fora.”

A obra de cura praticada na Ciência Cristã atualmente constitui um compromisso profundo e progressivo de seguir a Jesus “estrada fora”. Essa prática curativa baseia-se fundamentalmente na compreensão da realidade do relacionamento espiritual do homem com Deus. A cura é a demonstração do amor de Deus pelo homem.

A Ciência do Cristo confirma que Deus e o homem nunca estão separados mas, em realidade, estão muito próximos, sempre em união. Deus é o Criador, o perfeito Pai-Mãe, e o homem é Sua criação, Seu filho perfeito. O homem reflete a Deus e é Sua semelhança direta, sem nenhuma dessemelhança. A substância do ser do homem é o Espírito infinito, o próprio Deus. Esse fato científico significa que o homem é totalmente espiritual e completo, não incluindo elementos materiais em sua natureza genuína, nenhuma imperfeição ou limitação, nem mesmo discórdia de qualquer espécie. O homem criado por Deus não conhece a doença e a doença não conhece o homem. O relacionamento imutável do homem com Deus, o bem, elimina toda possibilidade de o homem ter alguma ligação com a doença. Como idéia da criação de Deus, o homem é tão isento de doenças como o é do pecado, pois a idéia de Deus é tão sadia quanto pura e perfeita.

Os fatos científicos da identidade do homem e de seu relacionamento com Deus em realidade identificam cada um de nós — identificam nosso ser real. Não importa a mensagem que os sentidos materiais tentam nos transmitir sobre quem somos, com sua pretensão espúria de identidade mortal e vida limitada. As mensagens dos sentidos materiais não têm substância. Por fim, acabamos percebendo que elas não passam de sugestões, de ilusões, e têm tanto fundamento no fato real quanto a noção errônea de Ptolomeu, que julgava ser a terra o centro do universo. A fé, a convicção e a compreensão crescente de nossa verdadeira identidade como semelhança espiritual de Deus fornecem a base sólida para a cura por meio da oração na Ciência Cristã.

Sem dúvida, existem muitas qualidades de pensamento manifestadas na experiência humana, que estimulam e favorecem a cura cristã. A humildade é vital, assim como a honestidade, a sinceridade, o senso moral, a fidelidade, a persistência na retidão e assim por diante. Quando parece que faltam essas qualidades de pensamento, o aspecto regenerativo do trabalho de cura as incentiva e faz com que se manifestem em expressão ativa. É importante também a verdadeira expectativa da cura, a expectativa do bem, baseada na certeza da perfeição e da inteireza do homem, como reflexo de Deus.

A expectativa está intimamente relacionada com a maneira como “preparamos o terreno” para a cura. Se estamos na expectativa do bem, esperando testemunhar a lei de Deus em ação, esperando ver os frutos de nossa oração, nosso pensamento certamente está mais receptivo à demonstração do bem. Mas se estamos assumindo uma posição mental que não reivindica em realidade um bem maior, se estamos confiando nas promessas de Deus sem muita convicção, se, quem sabe, estamos esperando ver plantas daninhas ao invés de frutos, então há muitas coisas mais a serem desarraigadas, mais terreno a ser preparado antes da colheita. O axioma “Colhemos aquilo que plantamos” é tão aplicável à atividade da cura cristã, como o é a qualquer outra área da experiência humana.

Ao dar orientação sobre a prática da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy aconselha seus alunos a nunca desanimar aqueles que estão buscando a cura, seja falando a respeito da doença ou de seus sintomas, seja estabelecendo um prazo para a recuperação ou mesmo aconselhando o paciente de forma que seu pensamento se desvie da aceitação da cura. Ela escreve, por exemplo, no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Evita falar de doenças ao paciente. Não faças perguntas desnecessárias sobre o que ele sente, ou sobre a moléstia.” A Sra. Eddy conclui o mesmo parágrafo com as seguintes palavras: "Nunca digas de antemão quanto terás de lutar em um caso, nem fomentes no pensamento do paciente a expectativa de piorar, até passar a crise." Ciência e Saúde, p. 396. É muito melhor encorajar a expectativa de crescer em graça, de conhecer o Cristo, a Verdade, de demonstrar o poder curativo do Espírito — agora!

O trabalho de cura eficaz, que visa à regeneração espiritual genuína e a resultados imediatos e rápidos na restauração do doente é o verdadeiro objetivo da prática da Ciência Cristã. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy escreve: “Quando o objectivo é desejável, a expectativa acelera nosso progresso.” Ibidem, p. 426. Essa afirmação ilustra o papel da expectativa na cura. O objectivo com certeza é desejável e a aceleração do progresso da cura justifica plenamente o empenho em cultivar, de todas as maneiras possíveis, a afirmação, a expressão e a expectativa do bem.

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