Para Futuros Pais, compreender que a origem espiritual do homem está em Deus, a Mente, pode ser uma base inspirativa para a oração.
O período que antecede o nascimento dá aos pais a oportunidade de compreender mais profundamente a paternidade e maternidade de Deus e de ver com clareza que a verdadeira origem, substância, herança, forma, identidade, individualidade e natureza do homem são espirituais. Essa compreensão serve como proteção para a experiência inteira, elevando-a acima das possibilidades do acaso e revelando a manifestação natural da lei divina. Ver que em verdade o homem não nasce “do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” João 1:13., ajuda a dominar as supostas leis da fisiologia, com seus efeitos por vezes prejudiciais, e abre o pensamento para ver o nascimento, não como um processo material, mas sim como o reflexo do poder criativo do Espírito divino.
Baseando-nos na compreensão de que a origem do homem está no Espírito, vemos que sua substância não está sujeita à discórdia ou ao mau funcionamento de algum órgão. Ela expressa o frescor, a beleza, a pureza e a imortalidade do Espírito. Cristo Jesus trouxe essa verdade à luz através de suas obras de cura.
Compreender que a preexistência do homem e sua eterna continuidade estão no Espírito, destitui o falso sentido de uma identidade formada materialmente e, portanto, sujeita ao acaso ou à imprevisibilidade. Ver a substância do ser de uma criança como sendo perene, eterna, infinita, é libertá-la de aparentes leis materiais relativas à substância. Assim o declara a Sra. Eddy em Ciência e Saúde: “O Espírito e suas formações são as únicas realidades do ser.”Ciência e Saúde, p. 264.
A verdadeira identidade de uma criança é nutrida pelo eterno Pai-Mãe Amor, está estabelecida pelo Princípio fixo e infalível e expressa a perfeição da vida imorredoura. Sua identidade é inseparável de Deus. Evidencia a natureza e a ação da única Mente. O homem é a expressão individual de Deus. É identificado pela bondade, alegria, inteligência, beleza, sabedoria, atividade, todas as qualidades do Criador. Cada individualidade é amada, apreciada e indispensável à totalidade do Pai. Não pode haver nenhuma criança indesejada na expressão da plenitude de Deus.
Ao começar o parto, os pais podem confiar no fato de que a verdadeira criação é espiritual, governada harmoniosamente pelo Princípio divino. Na consciência da presença do Amor divino, não há medo de uma força ou lei oposta que obstrua o nascimento. Uma vez que somente a lei de Deus é suprema, nenhuma outra suposta lei tem poder real para interferir com o processo de nascimento.
A preparação espiritual por meio da oração foi parte natural e essencial no crescimento de nossa família. Isso foi particularmente verdade nos períodos anteriores ao nascimento de meus filhos e ajudou a libertar-me do medo e do mal-estar. Os partos por ocasião do nascimento dos dois primeiros filhos foram, ambas as vezes, rápidos e livres de dor. Entretanto, no terceiro, tive sinais de que o parto começaria, mas durante um dia inteiro nada mais aconteceu. A praticista da Ciência Cristã que estava me ajudando através da oração citou esta declaração de Ciência e Saúde: “O poder da Ciência Cristã e do Amor divino é onipotente. É, com efeito, adequado para obrigar a doença, o pecado e a morte a soltarem sua presa, e adequado para destruí-los.” Ibidem, p. 412. Quando desliguei o telefone, perguntei em oração: “O que está impedindo esse nascimento?” A resposta que veio foi que nenhuma lei material podia prender o filho de Deus, que era governado pela lei e atividade do Espírito. Dentro de um minuto após essa firme declaração da verdade, o nascimento prosseguiu.
O parto estava tendo lugar em nossa casa e contávamos com o auxílio de uma enfermeira da Ciência Cristã. Tínhamos chamado um médico para estar presente ao nascimento. Dentro de uma hora e pouco nosso filho nasceu, mas o médico não pôde estar presente, embora tenha chegado cerca de trinta minutos depois. A enfermeira da Ciência Cristã estava presente e tomou conta da criança. A verdade que a praticista citou de Ciência e Saúde era exatamente o que se fazia necessário para trazer harmonia ao nascimento e essa verdade continuou a iluminar o caminho, à medida que a situação se desenvolvia.
Uma enfermeira que trabalhava com o médico veio à nossa casa na manhã seguinte para fazer um exame de rotina no bebê. Ela descobriu que seu ritmo cardíaco não estava normal. O médico insistiu para que levássemos a criança ao seu consultório imediatamente para um exame mais profundo. Quando consentimos, fomos informados de que talvez o bebê tivesse uma séria deficiência no coração. O médico instou veementemente a que levássemos nosso filho para um especialista e repetiu quais seriam as conseqüências se não o fizéssemos.
Para pais de um recém-nascido, esse veredicto poderia ter sido acabrunhante, após tanta alegria e gratidão pelo nascimento em si. Contudo, todos aqueles nove meses, e mesmo os meses anteriores, tinham sido empregados em abrir meu pensamento à criação de Deus e em contemplar a verdade de Sua descendência. Havia sido um período de oração consagrada. Eu estava fortalecida pela compreensão espiritual que obtivera durante aquele tempo e sentia-me segura de que a vida da criança era governada pela lei divina. Pude compreender que a verdadeira origem da existência da criança era o Espírito e que o bebê, portanto, possuía somente a substância intacta do Espírito, que expressa a ação perfeita do Espírito. Compreendi que a integridade do assim chamado ritmo cardíaco tinha origem divina, não estava na matéria. Vi também que essa atuação estava preservada mediante a lei divina da Vida.
Procurando ouvir humildemente a sabedoria de Deus, levamos o bebê para fazer os testes. Depois do exame, o especialista declarou que a criança era perfeitamente saudável. Nem é preciso dizer o quanto nos alegramos e ficamos gratos!
Uma compreensão da origem espiritual do homem aplicada ao parto traz grandes bênçãos, pois invalida as teorias materiais e revela o homem como perfeito e governado pela lei do Espírito.
Vós sois a luz do mundo.
Não se pode esconder a cidade
edificada sobre um monte;
Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens,
para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Mateus 5:14, 16
 
    
