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Em vez de pensar em suicídio, mude sua maneira de pensar

Da edição de janeiro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã

The Christian Science Monitor


Será Que Eu seria capaz? Teria realmente coragem de subir no parapeito da janela e pular? As pessoas que estavam andando nas ruas lá em baixo pareciam tão distantes e diminutas. Entre elas, passeando com outra jovem, estava o rapaz que eu estivera namorando e pelo qual eu estava apaixonada. A depressão já me havia levado até esse ponto inúmeras vezes, anteriormente. Desta vez, porém, cheguei a pôr as mãos no caixilho da janela. Chegara, no entanto, o momento de enfrentar a situação. Que proveito me traria o suicídio? Poderia pular e pôr um ponto final aos problemas do momento. Minha vida, entretanto, não terminaria ali. Disso tinha absoluta certeza. Preferiria até não ter essa certeza, seria bem mais fácil se não a tivesse.

Como estudiosa da Bíblia, eu tinha lido e relido a vida de Jesus, como é narrada nos Evangelhos. Ele fora crucificado e sepultado, mas, para surpresa das pessoas, andou novamente no meio delas. Tinha o mesmo corpo, as mesmas feridas ocasionadas pela crucificação e a mesma compaixão. Ele não morrera. Até já havia dito: “Todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente.” João 11:26.

Eu compreendia, até certo ponto, que ele era o Messias. Sua maneira de ver o mundo era bem diferente da minha, naquele momento. O fato de ele ter ressuscitado mostrava-me que o homem vive para sempre. Por essa razão, eu sabia que, mesmo que me atirasse pela janela, continuaria vivendo — em algum lugar. Continuaria sendo eu mesma. O suicídio não iria mudar nada em mim. Não seria o fim de todos aqueles pensamentos terríveis.

A resposta era óbvia. Tinha de mudar minha maneira de pensar. Essa era uma solução difícil, pois significava fazer algo por mim mesma. Estaria eu realmente só? Eu achava que estava. Bem no íntimo, porém, sabia que eu tinha a Deus, Seu infinito poder, Sua grande sabedoria. Além disso, sabia que o homem reflete a Deus, a Mente, tão nitidamente quanto minha imagem num espelho é meu reflexo. O homem foi criado à imagem de Deus, portanto o homem tem de refletir a plenitude da natureza divina, inclusive os pensamentos de Deus.

Para mim estava claro: Jesus expressara a Mente divina de forma ilimitada. Se eu apenas pudesse pensar um pouquinho como Jesus pensara, para mim significaria muito. “Não vos inquieteis com o dia de amanhã,” Mateus 6:34. nos disse o Mestre, pois sabia que Deus provê tudo aquilo de que necessitamos e que nossa atenção primordial deve ser dada à busca de Seu reino e de Sua justiça. As multidões afluíam a ele, porque as ajudava a ter um vislumbre do reino dos céus que ele sabia estar bem perto de cada um de nós. Seu amor era profundo e abnegado. Essa foi a mensagem que me veio.

Minha maneira de pensar começou a mudar nas semanas que se seguiram. Cada manhã perguntava a mim mesma: como é que Deus encara o dia de hoje? Certamente Ele o vê belo! Criou Ele a verdadeira luz e a beleza que dele advêm. A Mente divina delineia o desdobramento de tudo o que é bom, de tudo o que realmente ocorre. O Seu eterno agora é compassivo, pleno de amor e se desdobra de acordo com o perfeito plano divino. Para ser receptiva às idéias que Deus me estava revelando, precisava parar de impor minha vontade e de querer que as pessoas agissem conforme eu desejava. Tinha de pensar a respeito dos outros da maneira como Jesus o fazia — espiritualmente, com amor. Eu tinha de discernir o Cristo ali mesmo onde cada um estava. Tinha de discernir a verdadeira individualidade de cada um.

Pensei, também, na necessidade de amar a garota que passeava rua abaixo com o jovem que eu amava. O Pai a abençoa tão amplamente quanto a mim. Preciso amar as verdades que inundam meu pensamento cada vez que me volvo a Deus. As verdades estão sempre à mão. Deus é a própria Verdade eterna e constantemente revela Seu cuidado para com Sua criação. Passei a estudar todos os dias a Bíblia e Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, em busca das promessas da bondade de Deus.

Não foi fácil mudar meu modo de pensar. Significava apegar-me às promessas de Deus, quando minha vontade era de chorar. Significava que, quando queria me recolher e desligar-me do mundo, tinha de compreender a verdade sobre o bem divino que se desdobra para mim e para todos. Significava abraçar alguém, quando eu desejava receber um abraço.

Meus temores de solidão, isolamento e pelo amanhã, terminaram. Estas palavras da Sra. Eddy, em Ciência e Saúde, encorajaram-me: “As crenças que geralmente abrigamos acerca da felicidade e da vida não nos proporcionam nenhuma evidência intacta e permanente nem de uma nem de outra. Só na Ciência divina se encontra garantia para os direitos do ser harmonioso e eterno.” Ciência e Saúde, p. 232. Essa é a Ciência do amor de Deus pela Sua criação. Podia confiar nEle.

Confio nEle ainda hoje, passados já muitos e bons anos, casada com o jovem que estava andando rua abaixo.

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