Será Que Eu seria capaz? Teria realmente coragem de subir no parapeito da janela e pular? As pessoas que estavam andando nas ruas lá em baixo pareciam tão distantes e diminutas. Entre elas, passeando com outra jovem, estava o rapaz que eu estivera namorando e pelo qual eu estava apaixonada. A depressão já me havia levado até esse ponto inúmeras vezes, anteriormente. Desta vez, porém, cheguei a pôr as mãos no caixilho da janela. Chegara, no entanto, o momento de enfrentar a situação. Que proveito me traria o suicídio? Poderia pular e pôr um ponto final aos problemas do momento. Minha vida, entretanto, não terminaria ali. Disso tinha absoluta certeza. Preferiria até não ter essa certeza, seria bem mais fácil se não a tivesse.
Como estudiosa da Bíblia, eu tinha lido e relido a vida de Jesus, como é narrada nos Evangelhos. Ele fora crucificado e sepultado, mas, para surpresa das pessoas, andou novamente no meio delas. Tinha o mesmo corpo, as mesmas feridas ocasionadas pela crucificação e a mesma compaixão. Ele não morrera. Até já havia dito: “Todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente.” João 11:26.
Eu compreendia, até certo ponto, que ele era o Messias. Sua maneira de ver o mundo era bem diferente da minha, naquele momento. O fato de ele ter ressuscitado mostrava-me que o homem vive para sempre. Por essa razão, eu sabia que, mesmo que me atirasse pela janela, continuaria vivendo — em algum lugar. Continuaria sendo eu mesma. O suicídio não iria mudar nada em mim. Não seria o fim de todos aqueles pensamentos terríveis.
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