Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

A escolha de Patrícia

Da edição de novembro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Patrícia estava brava, fervendo de raiva. Que vontade ela estava sentindo de bater na irmã, Mirella, depois daquilo que esta dissera! A raiva foi aumentando e aumentando, até que Patrícia pegou um livro e jogou-o com força escada abaixo. As duas meninas viram o livro bater nos degraus, dar um pulo e cair no chão.

“Você estragou o livro que tomou emprestado da Dona Regina!” disse Mirella. “Como é que você vai se sair dessa, agora?” Mesmo de lá de cima, Patrícia podia ver que o canto do livro estava amassado, onde batera no degrau.

“Está tudo bem, garotas?” perguntou a mãe de onde estava. “Sim”, disseram as duas ao mesmo tempo, mas sabiam que não era verdade.

De repente, Patrícia não sentiu mais raiva, estava triste. Pensou em como Mirella estaria se sentindo por ter visto a irmã perder a calma com ela. Pensou que provavelmente agora a D. Regina não iria mais gostar dela, devido ao estrago no livro. A mamãe também ficaria decepcionada, quando ficasse sabendo o que havia acontecido.

A menina foi para o quarto, muito triste. A princípio, só queria se esconder de todos, de Mirella, da mãe, da D. Regina. Depois, pensou em dizer à D. Regina que o livro havia escorregado de sua mão e caído. Mas esses pensamentos não a fizeram se sentir melhor, nem um pouco.

Todos os domingos, Patrícia ia à Escola Dominical da Ciência Cristã. Ela começou a pensar sobre algumas coisas que haviam sido ditas em classe. Num dos domingos, a professora havia pedido que os alunos fizessem um auto-retrato. Não um desenho de si mesmo, mas uma lista de qualidades descrevendo o que cada um era, como filho de Deus. “O filho de Deus é bom?” perguntara a professora. Todos concordaram: “Sim, é.” “Então escrevam essa qualidade”, dissera ela.

Quando terminou a aula, Patrícia tinha uma lista de qualidades que descreviam o filho de Deus. Ela havia aprendido que, como filha de Deus, fazia parte de sua verdadeira natureza refletir qualidades dEle. Pensando nisso, Patrícia pegou uma folha de papel e começou a escrever como é que ela estava se vendo naquele momento: malvada, assustada, egoísta. Nenhuma dessas qualidades estava na lista que havia feito na Escola Dominical! A garota resolveu jogar fora a lista que acabava de fazer. Sabia que não precisava ser desse jeito, pois essas características más não vinham de Deus. Quanto mais ela pensava sobre quem era realmente, isto é, a filha pura e amorosa de Deus, mais ela ficava contente. Decidiu naquele instante ser mais parecida com o auto-retrato que fizera na Escola Dominical, ser o reflexo de Deus, o bem.

Primeiro, pediu desculpas a Mirella. Patrícia não queria bater em ninguém, muito menos na irmãzinha. Mirella também ficara triste com a briga, ela também pediu desculpas. Depois, sugeriu: “Patrícia, eu vou com você à casa da D. Regina. Você pode dizer que fui eu quem jogou o livro.”

Patrícia abraçou a irmã e agradeceu, mas não aceitou a oferta. “Pôr a culpa nos outros não irá melhorar as coisas”, disse ela. “Vou dizer à D. Regina exatamente o que aconteceu.”

A caminho da casa da D. Regina, Patrícia começou a sentir medo. Como é que ela poderia dizer àquela senhora que o livro dela estava estragado? Lembrou-se de uma frase de Ciência e Saúde, que a Sra. Eddy escreveu: “A honestidade é poder espiritual.” Ciência e Saúde, p. 453. Bem que ela queria sentir o poder de Deus, pois estava com medo. Mas essa frase trouxe-lhe uma inspiração: se você é honesto, você tem poder espiritual e não precisa sentir medo, porque você está agindo como reflexo de Deus.

D. Regina veio abrir a porta. Patrícia nem cumprimentou. Entregou o livro e contou tudo o que havia acontecido e disse que sentia muito. A menina estava preparada para encontrar um meio de pagar o livro. Estava até preparada para ouvir da D. Regina que ela não queria mais ser amiga de uma menina que joga livros escada abaixo quando fica com raiva. Mas certamente não estava preparada para aquilo que D. Regina disse, sorrindo: “Ora, Patrícia, eu queria mesmo dar-lhe esse livro! Não se preocupe mais com ele.”

Depois de agradecer à bondosa senhora, Patrícia voltou para casa. Estava tão feliz pela amiga não ter ficado triste. A princípio, ela achara que seria difícil dizer a verdade, que teria problemas por dizer a verdade. Mas agora entendia que a honestidade é proteção e que ela nunca teria ficado satisfeita consigo mesma se não tivesse sido honesta, pois o filho de Deus é sempre honesto.

Naquela noite, na hora de ir para a cama, Patrícia contou à mãe tudo o que havia acontecido naquele dia. A mãe disse que estava muito orgulhosa por ela não ter aceitado uma imagem falsa de si mesma, e por tê-la corrigido com a imagem verdadeira, agindo corretamente sob a orientação de Deus. “A raiva não faz parte de seu verdadeiro ser”, disse a mãe. “Estou muito contente por você ter pedido desculpas a sua irmãzinha e por você ter dito a verdade à D. Regina.”

“Eu sei que a Bíblia diz: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’ ”, disse Patrícia ao acomodar-se na cama. Ver João 8:32. “Hoje eu disse a verdade e a verdade me libertou!”

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / novembro de 1994

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.