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“Novas ocasiões ensinam novos deveres...”

Por que agora?

Da edição de novembro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Achamos que os leitores do Arauto se interessariam por este artigo, publicado no número de agosto último do The Christian Science Journal. Embora ele focalize mais os Estados Unidos, sua mensagem é universal. Convidamos os leitores a nos relatar suas experiências e suas idéias a respeito dos temas aqui abordados.

Nos Últimos Anos, ocorreu uma mudança significativa na maneira como a Ciência Cristã e os Cientistas Cristãos são vistos na “praça pública” dos pontos de vista humanos. Os sintomas dessa mudança são notados nos seguintes fatos:

• decisões judiciais condenatórias ou contendo ameaças, tanto em causas cíveis como criminais, em diversos estados [dentro dos Estados Unidos];

• maior cobertura, por parte da imprensa, das ocorrências negativas, seja judiciais seja legislativas como, por exemplo, os processos grandemente divulgados contra pais que se apoiaram exclusivamente na oração para tratar os filhos;

• estereótipos e representações distorcidas, na televisão, sobre os Cientistas Cristãos e as matérias e reportagens que a imprensa publica sobre nossa fé e nossa Igreja, com demasiada freqüência eivadas de erros.

Em meio a esse cepticismo e incompreensão, tão difundidos há também outros pontos de efervescência:

• surgimento de um debate audacioso sobre o conflito entre os direitos religiosos individuais, de um lado, e, de outro, os interesses imperiosos do estado moderno e da ciência médica.

• debate histórico a respeito da assistência médica previdenciária e dos sistemas de saúde;

• uma busca crescente de explicações e provas de cura que alcancem além do que é oferecido pela medicina convencional. Como nos tempos de Jesus, assim também hoje há muitas pessoas dispostas a ir além das “... doutrinas e sistemas consagrados pelo tempo. ..” Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. vii. para tocar a orla de sua veste.

O Conselho de Diretores da Ciência Cristã, em sua carta de 22 de abril último, endereçada aos membros dentro dos Estados Unidos, observaram que esses desafios exigem que cada Cientista Cristão “se comunique mais eficaz e abertamente com seus vizinhos e sua comunidade, tanto sobre quem nós somos em realidade, como sobre aquilo que a Ciência do ser tem realmente a oferecer à humanidade”.

Toda a gama de oportunidades de dar testemunho da revelação da Verdade e de sua demonstração, tem sido denominada “Novas ocasiões”, nas palavras de um hino de nosso hinário em inglês (Christian Science Hymnal, n° 258). Esse não é, entretanto, um slogan chamativo, uma nova onda de pensamento, nem algo para desviar a atenção dos problemas prementes que assoberbam atualmente a Igreja de Cristo, Cientista e a humanidade. Nem é algo à parte de nosso dia-a-dia, de nosso propósito e responsabilidade diária.

Como diz o hino acima, “Novas ocasiões ensinam novos deveres. ...” E as “novas ocasiões” que enfrentamos hoje mostram a necessidade de três dimensões essenciais de nosso discipulado, que fluem da declaração de Mary Baker Eddy a respeito de seu propósito de vida: “... inculcar na humanidade o reconhecimento genuíno da Ciência Cristã atuante e prática.” “Durante a jornada, às vezes suspirando pelas 'águas de descanso’, ponderai esta lição de amor. Aprendei seu propósito e, em esperança e fé, ali onde coração encontra coração e ambos são reciprocamente abençoados, bebei comigo as águas vivas do espírito do meu propósito de minha vida, — o de inculcar na humanidade o reconhecimento genuíno da Ciência Cristã atuante e prática” (Mary Baker Eddy, Miscellaneous Writings, pp. 206—207). São elas:

1. Estar desperto, ativo.

2. Estar sintonizado, na escuta.

3. Ser um verdadeiro evangelista.

1. O que é preciso hoje para enfrentar os desafios à liberdade religiosa, à cura espiritual em geral e à prática da Ciência Cristã em particular, é a vigilância contínua — o preço da liberdade. A erosão constante dos dispositivos legais cuidadosamente elaborados para permitir a prática da Ciência Cristã, na legislação dos diversos estados deste país, aconteceu não por meio de um único ato ou decreto, mas sim através de matizes da lei, de deduções, de interpretações e pela dissimulação. O antídoto é uma Igreja desperta e ativa. Uma organização e um corpo de membros preparados para manter-se em vigília a noite toda e, pela manhã, correr ao encontro do opressor. Isso significa estar lá, nos corredores do Congresso, na sede do governo estadual, no tribunal, e na Casa Branca.

2. Artigos recentes em jornais e revistas, bem como livros de sucesso, dão ênfase à fome religiosa na América e em todo o mundo, à busca de sistemas alternativos de medicina, à conexão entre a oração e a cura, à resistência contra a submissão da igreja ao estado, ao anelo por valores e por uma estrutura moral. Cada uma dessas manifestações representa uma mão estendida em meio à multidão, para tocar a orla da veste do Cristo, a Verdade. Alguém está indo ao encontro dessas mãos estendidas? Será que esse apelo mental está sendo bem recebido e está alcançando o consolo que busca? É a oportunidade de os Cientistas Cristãos estarem mais bem sintonizados com essas vozes e mais bem equipados para atender a elas.

3. Parece que vezes em demasia a Igreja da Ciência Cristã e seus membros individualmente deixaram, de alguma forma, que o público lhes atribuísse determinadas características, em vez de eles definirem a si mesmos perante o público. Isso se deve em parte ao desejo de não ofender e de não fazer proselitismo. Em parte, também, é devido ao temor de ser mal interpretado ou, pior ainda, de não receber aprovação. A maior causa dessa reticência, porém, talvez esteja no coração, na supressão em nosso íntimo do espírito de evangelização — de pregar o evangelho do “... cristianismo primitivo e seu elemento de cura que se havia perdido.” Mary Baker Eddy, Manual de A Igreja Mãe, p. 17.

Novamente, como diz o hino já mencionado, “novas ocasiões ensinam novos deveres. ...” Hymnal, nº 258. Pretendemos publicar, com regularidade, no The Christian Science Journal e também em vários números do Christian Science Sentinel e do O Arauto da Ciência Cristã, as ocasiões e os deveres que atualmente exigem a atenção desta Igreja e de seus membros. Relataremos, também, os passos dados para atender a esses desafios e oportunidades. Damos, a seguir, dois exemplos recentes.

Um membro alerta e atuante

Jean Carl viu a necessidade de fazer alguma coisa e fez. Ela é advogada e ex-assistente da promotoria no município de Genesee, no estado de Michigan. Não faz muito tempo, um jornal da cidade de Flint, naquele estado, publicou uma coluna, entre seus editoriais, questionando o cuidado que pais Cientistas Cristãos têm para com seus filhos. As opiniões expressas no artigo não correspondiam à experiência pessoal de Jean — tanto como promotora pública especializada em casos de abuso e abandono de menores, quanto como pessoa que já experimentara a cura indubitável pela oração na Ciência Cristã — por isso ela escreveu uma coluna para a mesma secção.

A experiência dela foi mencionada na Assembléia Anual d’A Igreja Mãe, em junho último, (o relatório dessa Assembléia foi publicado no The Christian Science Journal de julho), mas achamos que os leitores gostariam de ler o que essa Cientista Cristã escreveu e o jornal publicou.

Do The Flint Journal (Michigan)
10 de abril de 1994

SE ME PERGUNTASSEM
A cura espiritual é opção eficaz
Jean P. Carl

“Um comentário recente, nessa secção, colocou em dúvida a compaixão e o afeto dos Cientistas Cristãos para com seus filhos.

“Entristeceu-me lê-la, pois tal coisa está mui longe da realidade. Nós Cientistas Cristãos amamos nossos filhos. E nós nos tratamos, e tratamos de nossos filhos, mediante a oração conforme a Ciência Cristã, o que é racional e amoroso porque é eficaz, confiável e suave.

“Durante o período de nove anos em que fui assistente da promotoria, no município de Genesee, na vara especializada em casos de abuso e abandono de menores, nunca houve um caso sequer envolvendo uma criança Cientista Cristã.

“Esse tipo de tratamento talvez não seja muito conhecido junto aos leitores do The Flint Journal, mas é um sistema em que os Cientistas Cristãos vêm se apoiando há mais de 125 anos. Não teríamos continuado com ele, se não funcionasse.

“A bem da verdade, existem dezenas e dezenas de famílias saudáveis que se apóiam exclusivamente na oração pela Ciência Cristã para tratamento de saúde, há diversas gerações. Temos, em nossos anais, curas de crianças, cuidadosamente verificadas, de doenças como: meningite, diabete juvenil, pneumonia, apêndice supurado, pernas arqueadas.

“Entendo que é difícil, para os que se acostumaram a confiar na medicina material sem questionar, aceitar essas curas. Mas muitos outros, que não são Cientistas Cristãos, tiveram eles mesmos experiências semelhantes e são gratos pelo cuidado curativo que Deus proporciona.

“Eu fui curada de um caroço no seio. É claro que estava com bastante medo, mas recorri a uma praticista da Ciência Cristã. Trabalhamos juntas e o caroço se dissolveu.

“Embora tenha havido uns poucos e raros casos de falecimento de crianças Cientistas Cristãs, as pessoas razoáveis entendem que existem mortes trágicas e inesperadas sob todos os sistemas de tratamento. O importante é o desempenho global e esse tem sido excelente na Ciência Cristã.

“Não existem evidências objetivas de que as crianças, na Ciência Cristã, corram maior risco do que as que recebem tratamento médico. É possível até que corram um risco menor.

“É devido a esse ótimo desempenho e a razões de ordem constitucional, que os legisladores de Michigan e da maioria dos outros estados abriram espaço, na lei estadual, para a prática responsável da cura espiritual.

“É lógico que os legisladores estejam interessados em um padrão elevado de saúde e não em dar legitimidade legal a um único sistema de tratamento.

“Aqueles que confiam na medicina convencional aprenderam a confiar nela pela experiência. O mesmo ocorre com os Cientistas Cristãos. Mas nós não nos resignamos à doença e à morte como se fossem a vontade de Deus.

“Também nunca desejaríamos que a Primeira Emenda de nossa constituição, sobre a liberdade religiosa, fosse usada como escudo para negligenciar a saúde das crianças. O que nós esperamos é que os que se interessam pelo assunto, examinem objetivamente os esplêndidos resultados da cura pela Ciência Cristã e reconheçam que esta religião, como o cristianismo primitivo, está aliviando o sofrimento de milhares de pessoas, a muitas das quais não foi deixada nenhuma outra esperança.”

Aqui vale a pena repetir um trecho do relatório apresentado à Assembléia Anual e publicado no The Christian Science Journal de julho de 1994, que mostra um resultado dessa coluna: “Alguém que leu o artigo e tinha perguntas sobre a Ciência Cristã, entrou em contato com a autora. Esta deu-lhe Ciência e Saúde, exemplares de nossos periódicos e o convite para uma conferência. A pessoa foi levada, por seu interesse sincero, a procurar uma praticista da Ciência Cristã. Outra voz na multidão, procurando ajuda.”


Evangelista das estradas do Arizona

Muitos membros que assistiram a uma das reuniões realizadas no ano passado a respeito de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, foram para casa inspirados a fazer algo de novo — ler o livro, procurando uma perspectiva totalmente diferente. .. dar um exemplar a um amigo ou familiar. .. ou talvez aplicar as idéias obtidas com um estudo renovado para curar algum problema de longa data, de ordem física ou pessoal.

Mary Roland levou sua inspiração para a estrada. Ela voltou da reunião em Phoenix, Arizona, para sua casa em Prescott, meditando no trecho de Ciência e Saúde que diz: “Hoje em dia, quase não há cidade, aldeia, ou povoado, onde não se encontrem testemunhas vivas e monumentos à eficácia e ao poder da Verdade, tal como é aplicada mediante este sistema cristão de curar a doença.” Ciência e Saúde, pp. 149—150. Ela teve a idéia de visitar todas as dezessete bibliotecas públicas do município e oferecer um exemplar de Ciência e Saúde àquelas que não o tivessem ainda em seu acervo.

Mary atua na comunidade de sua filial como Assistente do Delegado de Divulgação e, tempos antes, como Assistente do Delegado no estado de Ohio, ela havia visitado vinte e duas bibliotecas com a mesma finalidade. Por isso, dezessete lhe pareceu um número razoável.

Primeiramente, conversamos com a diretoria de sua filial para ver se eles forneceriam os livros. Também entrou em contato com o diretor do setor de bibliotecas municipais, “muito atencioso e prestativo”, que lhe forneceu informações sobre os endereços, horários, nomes dos bibliotecários, e assim por diante.

Com o porta-malas cheio de livros e cópias de um artigo sobre o fato de Ciência e Saúde ser um dos setenta e cinco livros escritos por mulheres cujas palavras modificaram o mundo, ela se pôs a caminho.

Em muitas pequenas vilas e povoados do Arizona, a biblioteca é o centro da comunidade. Talvez haja uma antena parabólica a cada duas casas de fazenda, mas muitos ainda dirigem grandes distâncias para ir até a biblioteca para estudar, distrair-se ou para encontrar amigos. “Por isso, ter nossos livros nesses locais é como ter uma Sala de Leitura da Ciência Cristã naquelas comunidades”, diz Mary.

A existência do livro-texto nas bibliotecas locais fez com que, às vezes, Cientistas Cristãos ficassem sabendo que havia outros estudantes do livro, nas proximidades. Mary diz também que alguns deles estão agora mais expansivos a respeito de sua religião, porque se sentem mais aceitos na comunidade.

Nada como fazer uma boa pesquisa nas estantes da biblioteca. Numa delas Mary notou que havia diversos livros da Ciência Cristã, alguns em espanhol, mas não havia Ciência e Saúde em inglês. Um Cientista Cristão da localidade comentou que a biblioteca se recusava a colocar Ciência e Saúde em suas prateleiras. Lembrando-se de que na reunião sobre o livro-texto havia se falado sobre o fato de a resistência ao Consolador não ter poder, ela telefonou à diretoria de sua igreja e pediu o apoio dos membros em oração. Mais tarde, conversando com a bibliotecária, Mary disse: “Sabe, vocês têm Ciência e Saúde em espanhol mas não em inglês.” A bibliotecária respondeu: “Bem, então precisamos de um.”

Mary Roland não acredita em um público limitado. “Há oportunidades ilimitadas para alcançar o público e colocar a Ciência Cristã e Ciência e Saúde à disposição de nossas comunidades. Tudo, porém, deve ser impelido pela oração. Temos de amar o Consolador e amar a comunidade para a qual vamos. ... De outra forma, estaremos apenas colocando livros em estantes para acumular pó.”

Mary também diz que é importante dar seguimento ao trabalho com oração e assistência. Ela volta às bibliotecas para ver se os livros estão sendo usados, e dessa forma continua em contato com as bibiotecárias. Recentemente, estava de plantão na Sala de Leitura de sua igreja filial quando entrou uma das bibliotecárias que ela havia visitado. Disse que, além do livro já recebido, também estava precisando de um Ciência e Saúde com tipos grandes, para a seção dedicada aos que tinham dificuldade para ler.

O trabalho de Mary Roland tem sido tão bom, que ela teve de voltar mais de uma vez à diretoria de sua igreja a fim de pedir dinheiro para os livros. Numa das bibliotecas, a encarregada disse que eles tinham anteriormente uma assinatura do The Christian Science Monitor, mas nessa ocasião estavam sem verba no orçamento para essa finalidade. A igreja filial de Mary decidiu doar uma assinatura.

Aquilo que você está fazendo para ajudar os outros a ter uma compreensão mais exata da Ciência Cristã é muito importante. Mande seus relatos, idéias ou perguntas para:

The First Church of Christ, Scientist
175 Huntington Avenue, A—251
Boston, MA 02115—3187 E.U.A.

Copyright © 1994 The Flint Journal. Reproduzido com permissão.

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