Os Artigos De Fé d'A Igreja Mãe devem ser freqüente e cuidadosamente estudados por todos aqueles que desejam viver e demonstrar os ensinamentos da Ciência Cristã, não apenas para seu próprio progresso e benefício, mas também pelo conhecimento que podem assim transmitir a outros. Além disso, uma clara compreensão desses artigos ajuda imensamente o Cientista a corrigir equívocos e deturpações dos ensinamentos apresentados no livro-texto da Ciência Cristã, “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras”, do qual esses artigos de fé fazem parte. (Ver página 497.) Sendo assim, é de grande ajuda levá-los em consideração, neste pequeno estudo:
“1. Como adeptos da Verdade, tomamos a Palavra inspirada da Bíblia como nosso guia suficiente para a Vida eterna.”
Este artigo de fé nega completamente todas as alegações de que os Cientistas Cristãos não acreditam que a Bíblia apresente a palavra de Deus e que tenha sido escrita por inspiração divina. O fato é que todos os verdadeiros Cientistas Cristãos aceitam a Bíblia, no seu significado espiritual, sem a menor reserva. Eles procuram muito seriamente fazer dela, por palavras e atos, seu “guia suficiente para a Vida eterna.”
“2. Reconhecemos e adoramos um Deus único, supremo e infinito. Reconhecemos Seu Filho, o Cristo único; o Espírito Santo ou Consolador divino; e o homem à imagem e semelhança de Deus.”
Este artigo de fé responde completa e incondicionalmente a todas as objeçōes de que os Cientistas Cristãos não acreditam em Deus e em Sua supremacia e infinidade. Também refuta todas as considerações de que os Cientistas Cristãos negam a doutrina da Santíssima Trindade, pois neste artigo de fé está clara e nitidamente declarada a unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, — os três em um e um nos três.Nota do Redator: ver Ciência e Saúde 331:25–3.
“3. Reconhecemos que o perdão do pecado, por parte de Deus, consiste na destruição do pecado e na compreensão espiritual que expulsa o mal por ser este irreal. A crença no pecado, contudo, será castigada enquanto ela perdurar.”
Face a este artigo de fé, ninguém pode verdadeiramente dizer que os Cientistas Cristãos ignoram o pecado. Eles acreditam que o pecado existe como uma pretensão do erro humano, e que esse erro só é perdoado da única maneira possível, ou seja, sendo destruído mediante obediência à lei de Deus, o que significa deixar de pecar. Nem pode ser verdadeiramente dito que os Cientistas Cristãos não acreditam no castigo do pecado, pois nesse artigo de fé o castigo está claramente explicado.
“4. Reconhecemos a expiação de Jesus como evidência do Amor divino, eficaz, que revela a unidade do homem com Deus por intermédio de Cristo Jesus, o Guia; e reconhecemos que o homem é salvo por Cristo, pela Verdade, pela Vida e pelo Amor, conforme o demonstrou o Profeta da Galiléia, curando os doentes e vencendo o pecado e a morte.”
Aqui está claramente exposta a doutrina da expiação, e a salvação do homem no verdadeiro e completo sentido da palavra. A divindade do Cristo aí está também plenamente evidenciada.
“5. Reconhecemos que a crucificação de Jesus e sua ressurreição serviram para elevar a fé à compreensão da Vida eterna, ou seja, de que a Alma, o Espírito, é tudo, e a matéria nada é.”
Esta clara afirmação não deixa dúvidas de que os Cientistas Cristãos acreditam na missão de Cristo Jesus, e que o homem Jesus foi crucificado e ressuscitou como o ensinam as Escrituras. À luz deste artigo de fé, também não pode ser sustentada a hipótese de que os Cientistas Cristãos acreditam no panteísmo, pois aqui está uma declaração radical da totalidade do Espírito divino e da nulidade da matéria, enquanto que o panteísmo é uma crença de que a totalidade do universo, incluindo a matéria, suas forças e leis, é Deus, e de que não há outra vida ou ação a não ser aquela que procede da matéria.
“6. E prometemos, solenemente, vigiar e orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus; fazer aos outros o que desejamos nos façam; e ser misericordiosos, justos e puros.”
Este último artigo de fé é uma das mais abrangentes declarações do verdadeiro cristianismo, dada ao mundo. Uma das suas notáveis características é que ela expressa, por meio de palavras, a regra áurea. Podemos buscar em vão, nos credos das antigas igrejas, a letra da regra áurea, mesmo que muito do seu espírito esteja presente. Não há palavras que consigam expressar um padrão mais elevado do viver cristão do que o que está contido nesse artigo de fé. Ele não admite nenhuma conciliação com erro de espécie alguma. Ele é tão inflexível como o são o Amor divino e a justiça eterna. Suas exigências são supremas e seus termos, superlativos. É a Bíblia em epítome; é o ensinamento de “Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras” num só parágrafo; é o cristianismo em resumo. O Génesis, o Êxodo, os Salmos, Isaías e todas as profecias, os evangelhos e o Apocalipse estão ali. A salvação, a redenção, a expiação, a santificação, o batismo, a predestinação, a predeterminação, a crucificação, a ressurreição e a ascensão estão todos ali contidos.
Aquele que vigia, e ora para possuir a Mente do Cristo, está procurando o que há de mais essencial no cristianismo. Aquele que está verdadeiramente caminhando nessa direção, está trilhando o caminho que Jesus percorreu e seu objetivo final é esse estado de existência ao qual Jesus se referiu na sua maravilhosa declaração: “Sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” Mateus 5:48. Esse estado de existência incorpora a regra áurea com sua demonstração completa do cristianismo, pois disso, declarou Jesus, “dependem toda a lei e os profetas.” Mateus 22:40.
À luz destes artigos de fé, a doutrina que os Cientistas Cristãos são convocados a seguir, como pode alguém que acredita em Deus, no Cristo e na Bíblia, questionar, por um só momento, o absoluto cristianismo da Ciência Cristã? Além disso, sob essa mesma luz, nós, que solenemente subscrevemos esses artigos como nossa profissão de fé, temos de verdadeiramente vigiar, e orar para provar, através de um viver consagrado à demonstração do total e completo evangelho do Cristo, que somos dignos de tal ensinamento.
