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A lição de Naamã

Da edição de abril de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos Nós Temos de aprender a respeito da vida e de quem realmente somos. A Bíblia está repleta de narrativas que, devidamente compreendidas, podem ensinar-nos lições de grande valor moral e espiritual. A Ciência Cristã ajuda-nos a ver que podemos de fato demonstrar o valor eterno e o poder curativo dessas mensagens bíblicas.

No segundo livro dos Reis encontramos a história de Naamã, Ver 2 Reis 5:10, 14. um comandante do exército sírio, que sofria de lepra. Por conselho de uma menina israelita que servia na casa dele, procurou ajuda com o profeta Eliseu. Este mandou dizer a Naamã: “Vai, lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será restaurada, e ficarás limpo.” A primeira reação do oficial foi de desprezo às palavras do profeta; mas, convencido por seus servos, “desceu, mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus; e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo.”

Naamã precisava libertar-se da arrogância e da soberba e tornar-se suficientemente humilde para crer nas palavras de Eliseu e obedecer a elas. Uma vez cumprida essa ordem, viu-se livre para sempre daquele mal que acreditava fosse incurável.

Cristo Jesus dava grande importância à qualidade moral da humildade. Salientou isso a seus discípulos, quando discutiam sobre quem seria o maior entre eles, e quando lhes lavou os pés antes da ceia pascal. Certa ocasião, Cristo Jesus realizou uma cura similar à experiência de Naamã, dizendo a um homem cego que fosse lavar-se no tanque de Siloé. Diz a Bíblia que o homem “foi, lavou-se, e voltou vendo.” João 9:7. Logicamente, o poder curativo não estava nas águas do Jordão, no caso de Naamã, nem nas águas de Siloé, no caso do cego. O poder que produziu esses resultados similares em duas situações e épocas tão diferentes é o mesmo poder infinito que atua hoje: o poder de Deus.

O fato de que o poder de curar é de Deus, e não da água, pode ser compreendido mais facilmente com o auxílio da Ciência Cristã. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy dá a seguinte interpretação espiritual da palavra rio: “Canal do pensamento.

Quando manso e não obstruído, simboliza o curso da Verdade; mas lamacento, espumante e impetuoso, é o símbolo do erro.” Ciência e Saúde, p. 593. Poderíamos dizer que Naamã precisava mergulhar no “canal do pensamento” correto, ou “curso da Verdade”, para ficar purificado. Precisava “lavar-se”, isto é, livrar-se da crença de que a vida e a substância são materiais e mortais.

Como Naamã, quando somos confrontados com a aparência do mal sob uma ou outra forma, temos de elevar nosso pensamento acima do rio “espumante e impetuoso” da materialidade, onde reinam as dificuldades, e mergulhar humildemente no “curso da Verdade” — a compreensão espiritual que é oposta à materialidade. Esse é o ponto de vista que destrói qualquer espécie de mal, vendo-o como irreal, pois não é verdadeiro — não faz parte da Verdade. Deus é a Verdade, e tudo o que Deus criou é bom. O homem é a imagem de Deus, que expressa a ilimitada e eterna bondade de Deus. Quando rejeitamos um conceito falso e material sobre o homem e reconhecemos a perfeição espiritual do homem como idéia, o que experimentamos é a cura espiritual e cristã por meio do poder de Deus.

A oração que nos permite “mergulhar” no “curso da Verdade” é a que reconhece a supremacia do Espírito, bem como a presença e o poder absolutos de Deus. Essa consciente comunhão com Deus, o bem supremo, se manifesta sensivelmente na experiência humana através da cura.

Tive muitas ocasiões de oplicar a Ciência Cristã, mas uma delas ilustra melhor o que foi dito. Estava preparando a sala para a Escola Dominical de um grupo da Ciência Cristã (na época nossa igreja era incipiente e os serviços religiosos tinham lugar na casa de um membro), quando caí de uma pequena escada e torci o pé direito. Logo afirmei a Verdade de que uma idéia de Deus não pode cair. A dor diminuiu e pude terminar o trabalho. À noite, porém, a dor voltou, com mais intensidade, a ponto de eu quase não poder caminhar. Fiquei preocupado com o dia seguinte, pois deveria participar de um desfile na Escola Militar que freqüentava.

Para tranqüilizar-me, tomei um exemplar do Arauto e encontrei um artigo que fazia referência à perfeição do homem espiritual, criado segundo a imagem e semelhança de Deus. Explicava, ainda, que o homem, como reflexo de Deus, não leva consigo um único elemento de erro. Senti como se essa mensagem tivesse sido escrita para mim.

Na manhã seguinte, quando saí de casa, ainda sentia fortes dores e dificuldade para caminhar. No trajeto até o quartel, meus pensamentos estavam todos voltados para a mensagem que lera no Arauto. Esqueci que havia torcido o pé e não senti mais dor. Chegando ao local do desfile, dele participei por mais de uma hora, sem nenhum vestígio da dor.

Relembrando essa experiência, vejo que precisei mostrar suficiente humildade para aceitar aquela mensagem inspiradora sobre a perfeição do homem espiritual. Quando assim procedi, manifestou-se a sempre-presença da lei divina de harmonia e perfeição. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy esclarece o processo mental envolvido, ao afirmar: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.” lbidem, p. 261.

Por intermédio da Ciência Cristã podemos aprender o valor real que as narrativas bíblicas têm para todas as épocas. E, à medida que compreendemos e assimilamos as lições espirituais dessas narrativas, podemos aplicá-las no viver diário e ser plenamente beneficiados com a cura.

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