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Esperança em tempos difíceis

Da edição de abril de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Recentemente, Ouvi Dois preocupados homens de negócios a conversar. Um deles perguntava: “Onde vai parar este mundo?” Sua queixa expressava um sentimento bem comum numa época difícil.

Não é de surpreender que as pessoas fiquem desanimadas e até por vezes pensem ser incapazes de vencer a onda de negativismo que as envolve. Mas, estaremos realmente desamparados, mesmo frente a dificuldades as mais complexas?

As condições mundiais de hoje em dia talvez nos induzam a crer que grandes mudanças serão necessárias, antes de podermos usufruir de maior prosperidade, maior paz de espírito. A Bíblia, porém, diz-nos para desenvolver a nossa salvação e aponta para os efeitos benéficos que se seguem, quando a pessoa muda seu pensamento para uma base mais espiritual. Quando fazemos isso, as condições exteriores de nossa vida melhoram. Seja o que for que nos esteja perturbando, quer um corpo doente, quer uma economia doente, podemos fazer alguma coisa a respeito, podemos purificar a nossa própria consciência. Por que? Porque as nossas são realmente a manifestação do pensamento. É mais ou menos como a tela do cinema que reproduz o filme nela projetado.

Cristo Jesus, ao falar das nossas necessidades legítimas de alimento, vestuário e outras coisas, disse aos seus seguidores: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:33. Onde acharemos esse reino? Onde Jesus disse que estava: dentro em nós. Esse sentido espiritual da vida torna-se mais real para nós, quando obtemos uma compreensão mais clara de Deus, de nossa relação com Ele e de Seu cuidado constante para com Seus filhos.

Para ilustrar, lembro-me de um agricultor, meu amigo. Ao procurar um meio de fazer com que suas atividades agrícolas se tornassem lucrativas, pediu a uma praticista da Ciência Cristã que o ajudasse pela oração. Muito embora gostasse da agricultura, ele não via retorno financeiro. Por vezes, parecia impossível pagar os compromissos e ainda atender às necessidades da família. A filha queria muito ir para a universidade, mas não tinham dinheiro para isso.

A praticista pôde ajudá-los, a ele e á família, a compreender que o principal negócio deles não estava em cultivar e vender feno, mas sim em refletir a Deus: a Vida, a Verdade, o Amor, em qualquer atividade que exercessem. O negócio deles não estava de modo algum em coisas materiais e, sim, na Mente; assim, achava-se em atividade constante, porquanto o homem reflete a Mente sempre ativa. Concitou a família a estudar diariamente citações da Bíblia e de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Estas incluíam trechos sobre o reino dos céus, provisão, frutos, produção, entre outros. Com a ajuda em oração que a praticista lhes deu, acabou-se o medo que tinham da pobreza. Ao deixarem de se preocupar com as condições materiais e aceitarem a noção de que Deus tem inúmeros recursos com os quais abençoá-los, passaram a ter idéias novas.

Uma delas foi a de ampliar o negócio em outra direção. Com o êxito nessa iniciativa, pagaram as contas e a filha pôde formar-se na faculdade de sua escolha.

Oportunamente, os negócios foram arrendados a outros agricultores, de modo que meu amigo pôde ocupar-se de um trabalho inteiramente diferente, longe da fazenda. Também essa ocupação mostrou-se produtiva e compensadora. Além disso, tiveram uma vantagem extra! À medida que aprendia a confiar em Deus, na Verdade e no Amor, a família viu seus membros se livrarem de traços de caráter indesejáveis, que lhes haviam obstruído o progresso. A família passou a ter entre si um relacionamento ainda mais chegado e terno. Eles perceberam as possibilidades ilimitadas de trabalharem com base na espiritualidade e no amor de Deus. Vislumbraram o conceito de oferta e procura como estando sob o perfeito e sempre presente governo de Deus. Entenderam, então, que jamais poderiam estar separados do bem com que Deus supre constantemente Sua criação.

Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e com isso ter provas de Seu cuidado, é começar a reconhecer que a verdadeira substância é o Espírito e não a matéria. Não passa de uma noção errônea e mortal, a que classifica a substância como sendo material. Esse senso errôneo, que é de todo limitado, procuraria impedir-nos de ver o bem, as idéias espirituais que nosso Pai celeste está sempre nos proporcionando.

Uma percepção materialista das coisas acredita em tempos bons e maus e em épocas de instabilidade. Mas o tempo, como medida humana, é algo desconhecido para o Espírito, Deus, que sempre está desdobrando o bem na Sua criação. Ao confiarmos nossos tempos ao governo de Deus, ganhamos domínio, mesmo em épocas aparentemente difíceis.

Uma coisa que precisamos fazer, e que nos manterá ocupados, é parar de pensar que somos meros mortais que vivem num universo material, bom e mau. Será preciso reconhecer com mais afinco e persistência quem realmente somos: o homem espiritual criado à imagem de Deus e que nEle vive, e se move e existe. Ao perseverarmos nessa compreensão, sejam quais forem as situações, poderemos esperar o desdobramento do bem, talvez de modo completamente inesperado.

Em seu livro Miscellaneous Writings, a Sra. Eddy nos diz: “Deus vos dá Suas idéias espirituais, e estas, por sua vez, vos dão o suprimento diário. Não peçais para amanhã: é suficiente que o Amor divino seja uma ajuda sempre presente; e se esperardes, nunca duvidando, tereis a cada momento tudo o de que necessitais. Que gloriosa herança nos é dada pela compreensão do Amor onipresente!” Mis., p. 307. Essas idéias são reais e espiritualmente tangíveis. Sempre estiveram aqui, muito embora não as víssemos, porque o pensamento estava embotado pelo medo e pela materialidade.

Jesus certa vez perguntou: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.” João 4:35. Assim, não precisamos esperar por ciclos de tempo, para ter provas do cuidado de Deus.

Deus nos deu domínio sobre nosso próprio pensamento. Como é importante, então, lembrarmo-nos com freqüência de que podemos superar o medo ou a dúvida, utilizando aquilo que sabemos sobre Deus e sobre Sua provisão e cuidado para com o homem. Isso se aplica às preocupações com a economia e a qualquer outro desafio. O homem, em realidade, vive na economia divina, intocado pelo senso variável e mortal das coisas. A economia verdadeira é completamente espiritual, está sob o governo de Deus e encontra-se sempre em perfeita harmonia.

Penúria e discórdia na economia humana não podem controlar-nos, a não ser que as aceitemos como lei em nossa experiência. Se estivermos ameaçados por tempos difíceis, não precisamos ficar perturbados, pois podemos orar a Deus e pedir-Lhe orientação. Os desafios nos obrigam a abandonar os pontos de vista errôneos, que pretendem impedir-nos de colocar a economia sobre uma base mais sólida, ou seja, a verdade da união que existe entre Deus e o homem. Ao orar sincera e desprendidamente em bases espirituais, discerniremos as idéias espirituais que atenderão às nossas próprias necessidades, bem como às daqueles que se volverem a nós em busca de ajuda.

O importante é lembrar que, quer estejamos lavando pratos em troca do salário mínimo, quer atuemos como presidentes de uma grande empresa, nossa motivação verdadeira deveria ser a de manifestar a natureza divina, no que quer que estivermos fazendo. Uma motivação assim desprendida traz à luz a realidade espiritual da provisão de Deus para os Seus filhos amados.

Nosso bem-estar não depende da sorte nem do acaso, mas da mudança de pensamento, de uma base material para uma base espiritual. Vemos, então, que o bem sempre está presente; portanto, não pode passar de largo. Se usarmos com sabedoria e sinceridade as aptidões que Deus nos deu para que O glorifiquemos, as portas de toda oportunidade correta se abrirão para nós.

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