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O refúgio que todos realmente buscamos

Da edição de abril de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante Dois Anos aproximadamente, vivi em um país que tinha pouca tolerância com a dissidência política, o que de vários modos a mim parecia bastante opressivo. Em pouco tempo, porém, comecei a ouvir histórias dos que viviam ao meu redor, sobre condições bem piores no país vizinho, cuja fronteira estava a apenas uns três quilômetros de onde eu morava. Os habitantes locais muitas vezes relatavam os meios criativos que as pessoas encontravam para escapar daquela nação altamente opressiva e se refugiarem no país em que eu estava.

A maioria das pessoas provavelmente nunca sentiu de perto o que significa desejar desesperadamente escapar da perseguição política ou religiosa, em busca de um lar mais livre e seguro. Para muitos, as condições opressivas pertencem exclusivamente a outros países, afligindo a vida dos outros. Mas coisas tais como esgotamento, depressão, doença, também são uma espécie de opressão. Procuram manter-nos oprimidos, impedir que sejamos ativos, que vivamos uma vida plena.

Comumente, talvez não pensemos nessas coisas em termos de opressão; consideramo-las como parte natural da vida, sem que tenhamos opção para encontrar liberdade permanente. Contudo, é possível encontrar uma liberdade crescente de tal tipo de opressão. A Bíblia nos diz que a encontramos no Espírito, Deus, que é “o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Salmos 46:1.

As pessoas que abriram seus corações e mentes a Deus, o bem, sabem que isso é verdade. Ao se defrontar com perseguições e outras dificuldades, Cristo Jesus sempre se voltava a Deus, a quem chamava Pai, dele e nosso, e sabia que Seu cuidado inteligente e perfeito era confiável e demonstrável sob todas as circunstâncias.

O refúgio que encontramos no Espírito não é escapismo. Não se trata de fugir do sofrimento para um céu imaginário; é antes utilizar, como nosso Mestre fez, as leis bem reais, poderosas e presentes de Deus, as leis espirituais que produzem toda a harmonia. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy explica: “Jesus demonstrou a incapacidade da corporalidade, bem como a capacidade infinita do Espírito, ajudando assim o errôneo sentido humano a fugir de suas próprias convicções e a procurar segurança na Ciência divina.” Ciência e Saúde, p. 494.

A Ciência revela o fato de que o homem é espiritual porque o Espírito, Deus, é seu criador — o único Criador. E a criação de Deus é perfeita porque Deus é perfeito. Fundamentados nisso e dispondo-nos a realmente pôr nossa vida em conformidade com essa verdade, podemos destemidamente, com confiança mesmo, rebelar-nos contra a opressão, qualquer que seja a forma em que se manifeste.

Se nos sentimos esgotados, se parece que nosso vigor e vivacidade estão sendo esmagados por exigências vindas de todas as direções, podemos descobrir que “nosso refúgio e fortaleza” está bem à mão. Essa segurança se origina da melhor compreensão do poder de Deus, que nunca diminui, da consciência da presença constante do Amor divino, consciência e compreensão essas que nos advêm da oração. Para conseguir essa segurança, também temos de ver a nós mesmos, não como produtores ou mantenedores pessoais de nosso vigor, mas como expressões de Seu poder, Seu amor. Embora possa ser uma tentação considerável ignorar esse fato, ou negá-lo devido ao que os sentidos físicos mostram, o ceder a essa tentação fecha nossos corações e mentes ao que Deus, a Verdade, está revelando a respeito de Sua criação espiritual e certa, mesmo em meio a dificuldades.

Os argumentos de que temos de esperar até que as circunstâncias mudem, antes de podermos sentir o poder protetor do Amor, partem da crença de que vivemos afastados de Deus e que Sua criação pode se tornar vítima do mal. A lógica humana, baseada numa perspectiva material, procura nos persuadir de que somos essencialmente criaturas materiais, sujeitas a condições físicas que restringem e oprimem; de que a segurança e o bem-estar se encontram em algum outro lugar. Pode haver ocasiões em que somos impelidos pela sabedoria a fazer alguma mudança. Todavia, à medida que crescem nossa convicção e compreensão de que somos realmente espirituais e de que o Espírito é a fonte de toda inteligência, de todo amor, verificamos que é suficiente para as nossas necessidades volvernos ao Espírito, onde quer que estejamos. Verificamos que a orientação de Deus é realmente sábia e sempre disponível. Seu amor é mais terno, mais seguro, mais poderoso do que qualquer circunstância humana ou condição material.

Isso não significa que nós não tenhamos nenhuma responsabilidade e que encontrar refúgio contra os problemas seja simplesmente uma questão de esperar passivamente que Deus faça alguma coisa. Enquanto mantivermos um senso material e vulnerável acerca de nós mesmos e de nosso mundo, teremos muito trabalho a realizar. A verdadeira consciência da existência é totalmente espiritual, sem entraves materiais. A Ciência Cristã nos mostra como cultivar essa percepção da realidade espiritual e sentir seus efeitos práticos. A Ciência nos ajuda a perceber que a oração disciplinada e o estudo espiritual revelam a totalidade do Espírito. Mostra-nos a natureza da criação divina como sendo boa e ensina-nos que estamos habilitados pela verdade espiritual a destruir as pretensões da limitação e do mal.

A maior necessidade para todos nós, quer nos vejamos como vítimas da opressão, quer não, é compreender o cuidado incessante e inviolável que nosso Pai-Mãe provê para cada um de Seus filhos. Esse é um refúgio divino, no qual vemos o homem ser a expressão do bem, livre de grilhões, idéia livre e segura da Mente infinita, onde condições opressivas são desconhecidas.

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