Uma Recente Cura física ensinou-me também a lição de como orar pela igreja. Na ocasião, eu estava começando a ter sérias preocupações, tanto em relação à igreja filial à qual pertenço, como em relação À Igreja Mãe. Freqüentemente, entrava em discussões sobre os desafios que a Igreja está enfrentando e decidi então orar especificamente sobre isso.
Num domingo, ao mudar uma mesa de lugar, na Escola Dominical, uma lasca de madeira de tamanho considerável penetrou em meu dedo. Procurei tirá-la e depois lavei a parte atingida. A princípio, tudo parecia estar bem mas, depois de alguns dias, percebia-se que ainda havia algo debaixo da pele. Esse mesmo tipo de incidente já tinha acontecido comigo quando criança e um médico recomendara a meus pais que eu mergulhasse a mão numa tigela cheia de água bem quente, todos os dias, por algumas semanas. Passados vários anos e tendo já me tornado Cientista Cristão, eu sabia que essa era uma oportunidade para demonstrar a verdade do poder curativo de Deus.
Eu estava bem familiarizado com a frase do livro Ciência e Saúde, que diz: “Uma idéia espiritual não contém um só elemento do erro, e essa verdade remove convenientemente tudo quanto é nocivo.” Agarrei-me a esse pensamento e esforcei-me por compreendê-lo espiritualmente. Só não sabia como isso iria ocorrer. Continuei imaginando se eu não deveria fazer alguma coisa a fim de ajudar fisicamente a remoção daquela lasca. Reconheci que tal procedimento não iria me ajudar a confiar inteiramente em Deus. Entretanto, o problema piorou.
Nessa ocasião, minha esposa, que estava me incluindo em suas orações, disse uma coisa que ajudou bastante: “Saiba que a igreja não pode machucá-lo. Você não pode sofrer por estar trabalhando para a igreja.” Apesar disso, continuei a entrar em mais discussões sobre A Igreja Mãe. Algumas dessas discussões, embora bastante sinceras, tornavam-se muito intensas e apaixonadas. Durante uma dessas altercações, comecei a cutucar o dedo no lugar onde a lasca estava encravada. Mal percebia o que estava fazendo, porém devo tê-lo feito muitas vezes já que, depois, a aparência do dedo estava bem pior.
Fiquei sozinho depois dessa discussão, bastante agitado. De repente, senti-me compelido e decidido a extrair aquela lasca ali mesmo, naquele momento, e fiz tudo o que pude materialmente para removê-la. Mas nada deu certo.
Por fim, voltei à minha decisão anterior de solucionar esse problema por meios espirituais. Enfaixei o dedo, a fim de evitar olhar para ele constantemente. Também orei para saber que podia confiar em Deus para me mostrar exatamente o que fazer, se houvesse algo a fazer, a fim de apoiar a cura. Continuei com o dedo enfaixado por mais alguns dias. Durante esse período, à medida que orava, vencia a tentação de olhar para o dedo. Um dia, senti que deveria remover a gaze. A lasca, que parecera tão profundamente fincada, estava agora começando a sair. Consegui removê-la facilmente, sem problemas nem sangramento.
Rememorando esse episódio, percebo que a lição a ser aprendida era a de confiar no método de Deus de curar, ao invés de voluntariosamente tentar usar meu próprio esforço humano. Aplico essa mesma lição diretamente às minhas orações para a igreja. Parece-me que, pensem ou não as pessoas que certas ações ou decisões estejam certas ou erradas, ou que estejam dividindo a Igreja, é necessário não reagir humanamente, mas afastar-se do problema e dirigir-se com humildade a Deus, em oração. Cada Cientista Cristão sabe como orar eficazmente e de modo científico. Sabemos que precisamos refutar todas as pretensões de que o mal possa nos separar do amor de Deus ou nos impedir de refletir esse amor na unidade da Igreja. Temos de alinhar nossos pensamentos à realidade espiritual de que a Igreja é “a estrutura da Verdade e do Amor”, que se destina a abençoar a humanidade inteira (Ciência e Saúde). Também precisamos perceber que as personalidades falíveis não são reais nem influentes, ao passo que o são os filhos espirituais de Deus, governados pelo Princípio divino. Talvez nossa maior necessidade seja a de simplesmente confiar em Deus em nossas orações. Não ter a coragem de confiar nEle, sempre impede a cura, pois prende nosso pensamento ao medo.
Confiar em Deus talvez pareça ser a coisa mais difícil a fazer, mas isso não quer dizer que não seja a coisa mais importante a ser feita. Dessa maneira, aprendi que é sempre Deus quem vai curar essa Igreja, não minhas opiniões humanas.
Toronto, Ontário, Canadá
