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Ajuda-me a me esquecer de mim mesma

Da edição de outubro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Ser-Te-Ia A Existência, sem amigos pessoais, um vazio?” Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, p. 266. Li isso um dia, cedinho, e fechei o livro com força. “Um vazio.” Uma descrição exata da minha situação. Se eu me jogasse no mar, ninguém se importaria, pensava eu.

Estava trabalhando numa loja de departamentos, morando sozinha num quarto de hotel, numa cidade distante de minha família. Muitas vezes sentia-me dominada pela comiseração própria e pela tristeza, ansiando estar casada e ser amada.

Depois de fechar o livro, sentei-me em silêncio e comecei a orar. Enquanto pensava, veio-me a idéia de voltar à citação e ler as linhas seguintes. Eis o que elas dizem: “Virá então a ocasião em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino. Quando chegar essa hora de desenvolvimento, ainda que te apegues a um sentido de alegrias pessoais, o Amor espiritual te forçará a aceitar o que melhor promover teu crescimento.”

Amor espiritual abnegado era o que eu precisava aprender e pôr em prática, ao invés de ficar tentando encontrar amor e alegria em outras pessoas ou em situações diferentes. À medida que eu escutava, minha oração ficava mais clara: “Meu Deus, dá-me algo para fazer por alguém hoje. Ajuda-me a me esquecer de mim mesma.”

A verdadeira inteireza, a segurança, a serenidade e a satisfação se encontram no amor abnegado. Cristo Jesus expressou esse amor, a infinita ternura, vigor e plenitude do amor de Deus, durante o seu ministério de três anos. Ele demonstrou que objetos materiais não satisfazem nossos desejos. O caminho mais elevado é espiritualizar nosso pensamento. Pela oração, temos de reconhecer a onipresença de Deus, e precisamos ver-nos uns aos outros como Deus nos vê. É isso que satisfaz.

O desejo de amar e de viver nossas orações é natural. É assim que somos guiados de muitos modos a esquecer o ego e a ajudar a outros. Em seu livro Pulpit and Press, a Sra. Eddy fala sobre “um amor abnegado, sem ambições, imparcial, universal, que ama simplesmente porque é Amor”. Mais adiante ela diz: “Eu anseio, e vivo, para ver esse amor demonstrado. Estou buscando essa forma de amar e orando para que ela permaneça em meu coração e seja expressa em minha vida. Quem se unirá a mim neste propósito puro, e fielmente lutará até que seja cumprido?”Pulpit and Press, p. 21. O amor abnegado orienta cada dia e produz a alegria resultante de subordinarmos toda ação à vontade de Deus.

Logo percebi que o amor abnegado faz desaparecer o egocentrismo. Passei a sentir e a expressar mais alegria, bondade e paz em minha vida diária. Isso começou a mudar meu modo de ver e de pensar. Um dia, uma amiga que eu não via havia mais de um ano me encontrou na rua e disse: “Você está radiante. O que aconteceu?”

Pouco tempo depois tornei-me membro d’A Igreja Mãe e de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Nessa época também passei a freqüentar uma escola noturna. Ao fim do curso, consegui outro emprego, que me dava mais satisfação. Foi nesse amplo escritório que eu realmente pus em prática o desejo de servir. Certo dia o contador, que sabia alguma coisa sobre a Ciência Cristã, me perguntou se eu poderia ajudá-lo, pois ele estava com muita dor de cabeça. A verdade de que o homem é livre de doenças era tão clara para mim, que em poucos minutos o contador estava completamente livre. Outras pessoas no escritório pediram ajuda e foram curadas também.

Numa de minhas visitas a meus pais, que viviam à beira-mar, numa casa com vista para o lado oeste, um dia, ao pôr-do-sol, os raios fizeram um caminho sobre a água exatamente até meus pés. Nesse momento percebi que, assim como a luz havia chegado tão naturalmente até mim, o companheirismo entraria de modo igualmente natural em minha vida. Pouco tempo depois, conheci um homem muito bom e me casei com ele. Hoje, cinqüenta anos depois, ainda estamos juntos.

Deus está vertendo o bem a todos continuamente. É da natureza de Deus e do amor de Deus expressar-Se em inteireza e satisfação. Jesus disse: “Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; ... permanecei no meu amor.... Tenho-vos dito estas cousas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo. O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.” João 15:8, 9, 11, 12.

A alegria vem de amar, a alegria vem de dar. Podemos simplesmente orar: “Meu Deus, dá-me algo para fazer por alguém hoje. Ajuda-me a me esquecer de mim mesma.”

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