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Casado ou solteiro, não importa. Você é uma pessoa completa!

Da edição de outubro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Você Sempre Foi uma pessoa completa. Você não passou a ser completo no dia do casamento, e não lhe falta uma metade masculina ou feminina, caso seja solteiro. Como filho de Deus, você possui as qualidades da natureza perfeita do homem e da mulher. A inteireza não é uma coisa que se adquire ou que se pode perder.

A autoridade que explica sobre nossa inteireza está em Gênesis, capítulo 1, onde lemos que Deus criou o homem à Sua própria imagem, homem e mulher, com domínio. Não se faz menção a um período em que o homem deva esperar para se tornar completo. Nem há registro de alguma época em que o homem se torne incompleto, ou fique sozinho. Do ponto de vista absoluto, em momento algum você, ou seja, o descendente espiritual de Deus, poderá estar mais completo, mais inteiro, do que está neste exato momento. Em realidade, também nunca houve um instante em que você tenha sido mais perfeito do que neste preciso momento.

Ninguém tinha mais convicção de sua inteireza do que Cristo Jesus. A compreensão de que ele estava em união com o Pai faz parte de seus ensinamentos e foi o fundamento de seu trabalho de cura. Sua declaração “Eu e o Pai somos um” João 10:30. demonstra uma união que não precisa de nenhum outro ser para completá-la, para trazer satisfação ou realização. Com os ensinamentos de Jesus aprendemos que, como o Pai-Mãe é completo, conseqüentemente também seu reflexo, o homem, é completo. Quando nos aproximamos de Deus e compreendemos melhor nossa unidade com Ele, com o Amor divino, é inevitável que sintamos a inteireza que se origina em Deus.

Se estamos infelizes com nossa situação atual, talvez nos sintamos tentados a acreditar que essa situação precisa mudar, para então sentirmos a paz que a autocompletação espiritual nos traz. Entretanto, o que acontece é exatamente o contrário. Quando nosso pensamento se modifica, quando começamos a discernir um pouco do nosso verdadeiro ser como expressão de Deus, começamos a sentir a paz que somente Deus nos pode conceder, seja qual for a circunstância em que nos encontremos. A verdadeira serenidade não depende de pessoas (ou da ausência de certas pessoas), mas sim de Deus.

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “À medida que os mortais conseguirem conceitos mais corretos acerca de Deus e do homem, inumeráveis objetos da criação, que antes eram invisíveis, tornar-se-ão visíveis. Quando nos compenetrarmos de que a Vida é Espírito e nunca está na matéria nem é de matéria, essa compreensão se expandirá até a sua autocompletação, achando tudo em Deus, o bem, sem necessitar de nenhuma outra consciência.” Ciência e Saúde, p. 264.

Durante muitos anos resisti à idéia da autocompletação, porque estava convencida de que o casamento era necessário para uma pessoa ser verdadeiramente feliz. Eu tinha vida social e tomava parte em diversas organizações, com o objetivo de encontrar a “minha outra metade”. Cheguei até a abandonar temporariamente a idéia de me formar na faculdade, um desejo que eu acalentava havia anos, por receio de adentrar um terreno socialmente estéril. Finalmente, contudo, senti-me impelida a ir adiante em meu objetivo de completar o curso superior.

Abandonei meu emprego e me ocupei somente dos estudos. Ao mesmo tempo, esforcei-me para pensar que eu era uma pessoa completa, a imagem e semelhança de Deus, com qualidades masculinas e femininas. A confiança na orientação de Deus tomou o lugar do planejamento rígido que eu havia estabelecido para me sentir realizada e feliz. Aos poucos ficou mais fácil aceitar essa perspectiva espiritual como a situação real de meu ser. A vida na faculdade tinha seus desafios, mas era bem diferente da aridez que eu havia imaginado. Consegui me formar e logo encontrei um emprego estimulante, onde aplicar meus novos conhecimentos.

Conversei então com uma praticista da Ciência Cristã sobre o conceito correto de homem. Comecei realmente a compreender o fato de que a verdadeira natureza do homem não está fora, mas sim dentro de nossa própria consciência. O verdadeiro homem não é uma pessoa que pertence a alguém; é uma idéia espiritual que podemos valorizar em todos os lugares, em todos os momentos, em todas as pessoas. Eu podia admirar as qualidades do homem verdadeiro, derivadas de Deus, como força, coragem, domínio, poder de decisão, destemor, onde quer que aparecessem. As qualidades que eu encontrava nos outros eram minhas, ou seja, faziam parte do meu conceito de homem perfeito.

Comecei conscientemente a valorizar as qualidades masculinas, e as femininas também, que eu identificava em meus amigos, nos companheiros de trabalho, em contatos sociais, nos membros da igreja, e em mim mesma. Foi maravilhoso quando, certo dia, um dos executivos elogiou-me, informalmente, dizendo que eu tinha qualidades de uma pessoa equilibrada e completa.

Alguns anos mais tarde, esse crescente sentimento de já ser completa passou a incluir um marido e três enteados. O casamento me trouxe muitas outras oportunidades de reconhecer o homem da maneira correta. Aprendi que é importante admitir que não apenas nós, mas também aqueles que nos cercam, são pessoas completas, amadurecidas, expressões de Deus, não são limitadas pela idade, independentemente de como os sentidos materiais as descrevam.

Tomemos os adolescentes como exemplo. Se você for adulto, pergunte: Qual é o meu conceito sobre os jovens de hoje em dia? Será que eu os vejo como um grupo que adora ouvir música bem alto, que vê televisão demais, que está buscando um conceito mais claro de identidade? Mesmo que você se sinta maravilhosamente completo, se acredita que os outros sejam pessoas incompletas, você precisa empenhar-se mais em sua demonstração de inteireza.

Podemos tentar imitar o que Cristo Jesus fez quando se defrontou com indivíduos que buscavam sua identidade. Em vez de ignorá-los ou censurá-los, Jesus lhes ofereceu a cura. Podemos citar o caso da mulher “surpreendida em adultério”, cujos acusadores Jesus repreendeu, a quem ele disse: “Ninguém te condenou?. .. vai, e não peques mais.” Ver João 8:1–11.

A Sra. Eddy descreve o método curativo de Jesus desta forma: “Jesus via na Ciência o homem perfeito, que lhe aparecia ali mesmo onde o homem mortal e pecador aparece aos mortais. Nesse homem perfeito o Salvador via a própria semelhança de Deus, e esse modo correto de ver o homem curava os doentes. Assim, Jesus ensinou que o reino de Deus está intacto e é universal, e que o homem é puro e santo.” Ciência e Saúde, pp. 476–477.

E se você for criança ou adolescente, vivendo com apenas um dos pais? É sempre bom compreender que seu verdadeiro Pai e sua verdadeira Mãe é Deus, que está sempre com você. Dedique um pouco de tempo a aprender sobre esse Pai celestial (a Bíblia e Ciência e Saúde são indispensáveis nesse trabalho), e você começará a valorizar os cuidados maternais e paternais que já estão presentes em sua vida. Você pode sentir a paternidade de Deus em coisas que seu pai ou sua mãe dizem ou fazem, e também pode senti-la no apoio e encorajamento que recebe de seus colegas de escola, dos professores, dos amigos mais velhos, ou mesmo de seus parentes. É claro que você tem uma orientação insuperável na Bíblia, por exemplo, nos Dez Mandamentos e no Sermão do Monte, que Jesus proferiu. Às vezes o amor paterno ou materno pode simplesmente manifestar-se sob a forma de um sentimento de maravilhoso amparo, de muita paz, que brota em seu coração. Acalente esses sinais da maternidade e paternidade de Deus.

Como podemos ajudar um amigo ou parente mais velho, que não pode morar sozinho? Sempre que pensamos nessa pessoa querida, devemos esforçar-nos para ver, como Cristo Jesus fazia, o reflexo de Deus, indestrutível e livre das limitações do tempo, e reconhecer que essa é a verdade sobre aquela pessoa. Então passaremos a visitar ou cuidar daquela pessoa com alegria, não como se isso fosse um fardo. Uma idéia de Deus, completa, espiritual, certamente não pode esgotar outra idéia completa. Cada momento com essa pessoa amiga pode tornar-se uma oração poderosa de afirmação da Vida eterna, que abençoa a vocês dois.

A cada instante podemos nos regozijar com as idéias espirituais sempre presentes do Amor divino. Nunca houve e nunca haverá um momento melhor do que o que estamos vivendo agora, nem um instante em que a generosidade do Amor tenha sido ou venha a ser mais abundante para nós. Ao orar com humildade, como Jesus nos ensinou: “Faça-se a Tua vontade”, e entregar-nos ao governo do Amor, perceberemos que já somos completos. A autocompletação será uma qualidade que, ao ser identificada em nós e naqueles que nos rodeiam, nos deixará felizes.

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