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Na morada do Amor encontramos a cura

Da edição de outubro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


A Cura Ocorre quando sabemos quem somos, realmente, do ponto de vista espiritual. Também ocorre quando sabemos onde estamos espiritualmente.

Esse tomar consciência de onde estamos, em realidade, constitui oração. Deus, que é Amor, está presente em todo lugar. O Amor está mais perto de você do que esta revista. E sua presença, que envolve tudo, cobre toda a realidade. Você sabe que existe, dentro de você, amor por alguém ou por alguma coisa. Mas sabe que você está no Amor, no Amor divino? Quando, na oração, vislumbramos esse fato, quando captamos uma centelha que seja, da onipresença do Amor divino, descobrimos que estamos habitando nesse Amor, pois em realidade não poderíamos estar em nenhum outro lugar.

A emoção humana, mesmo a emoção chamada amor, é algo incerto. A presença e o poder do Amor divino, mais sólidos do que o Monte Evereste, estão sempre seguras, estão sempre aqui. A Sra. Eddy escreve: “Nossa certeza reside em nossa confiança de que estamos, sem dúvida, na morada da Verdade e do Amor, que é a eterna mansão do homem.” Pulpit and Press, p. 3.

Portanto, o Amor é uma morada, por assim dizer. Como qualquer outra metáfora, contudo, essa também não pode ser levada ao extremo, ao ponto de pensarmos que podemos vagar pelo Amor como poderíamos perambular por uma grande loja, talvez distraídos, sem pensar, ou que podemos sair do Amor, deixando-o para trás.

Habitar no reino do Amor significa viver e mover-nos conscientemente como a própria expressão do Amor, amando-nos uns aos outros assim como o Amor já nos ama a nós. Isso quer dizer purificar nosso amor a ponto de não estarmos mais conscientes de um eu mortal e material. Então, em certo sentido, não estaremos mais vivendo na mortalidade; estaremos habitando no Amor, como a própria semelhança do Amor, inteiramente espirituais. Cristo Jesus, que, no momento em que estava sendo crucificado, tomou ternas providências para que alguém lhe cuidasse da mãe, sabia o que significava amor abnegado. Seu exemplo indica o tipo de amor que cumpre a lei de Deus.

O medo, a irritação, o ressentimento, bem como o mal-estar que eles produzem, constituem a base do eu mortal. São totalmente dessemelhantes de Deus. Quando compreendemos que nós nos movemos somente no reino do Amor, essas características mortais não permanecem conosco. Por isso a saúde melhora. As leis que sustentam esse tipo de cura não são misteriosas. Elas são diretas e claras, como é direto e claro o mandado de amar nosso próximo, de não ter outros deuses, de levar a sério a injunção de Jesus de permanecer em sua palavra. Ver João 8:31. Quando obedecemos a essas leis e mandamentos, estamos desenvolvendo uma atividade sagrada. Em palavras pobres, estamos fazendo a coisa certa; e quando fazemos a coisa certa espiritualmente, permanecemos no lugar certo. Jesus disse: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor.” João 15:10. A lei divina que nos diz o que fazer, se for obedecida, nos mostrará onde estamos.

Mas até que possamos compreender nosso lugar na mansão do Amor, é possível que uma porção de problemas pareçam surgir do fato de estarmos no lugar errado. Talvez nosso bairro esteja cada vez pior, ou a cidade esteja perdendo indústrias e empregos. Ou talvez os problemas não sejam de ordem econômica ou social. Talvez eles estejam relacionados com a saúde. Ou pode ser que estejamos preocupados com a qualidade do ar ou com o clima. Ou com a água que parece contaminada. Às vezes, parece que absolutamente tudo sobre a face da terra, e a própria terra, é prejudicial à nossa saúde.

Mas aquilo que parece um lugar cheio de perigos, vale dizer, uma fornalha ardente, pode em realidade tornar-se um lugar de comunhão, um lugar para aprender mais a respeito da presença sanadora do Cristo, a Verdade. Podemos aceitar a opinião mortal, que tem medo de praticamente tudo o que vê, ou podemos colocá-la em cheque. Podemos modificar radicalmente a noção de que estamos presos a um meio ambiente propenso a problemas sociais ou à má saúde. Podemos encontrar o Cristo sanador exatamente onde estamos. Aí o medo, sempre o culpado em problemas de saúde, é expulso.

A necessidade é a mesma, quer pareçamos sofrer por uma consciência repleta de pensamentos prejudiciais, quer estejamos numa fábrica repleta de poluentes do ar. A oração que insiste na verdade de onde estamos realmente, ou seja, dentro do Amor e de suas leis amorosas, abre as janelas do pensamento para a brisa sanadora. A lei do Amor salva a humanidade da noção de estar presa ao eu mortal, trancada num universo material. Revela que o homem, o verdadeiro eu de cada um de nós, está vivendo no reino celestial, agora mesmo.

O Amor, a presença viva chamada Deus, exala sua própria atmosfera. Quando conscientemente permanecemos no Amor, levamos conosco essa atmosfera e a respiramos. As inspirações do Amor que aceitamos em nossa consciência também melhoram o ambiente mental que nos cerca. Seremos capazes de atuar como praticistas da atividade sanadora do Amor. E podemos ajudar a subjugar, em certo grau, a sensação de medo de que o lugar onde estamos, ou onde outros estão, seja prejudicial à saúde.

Uma senhora aprendeu algo sobre o efeito sanador de permanecer no Amor, numa época em que estava muito preocupada com seu filhinho, que tinha um grave problema respiratório. Ela pediu tratamento metafísico a um praticista da Ciência Cristã, para a cura do filho. E ela também orou. Seu relato do ocorrido diz, em parte:

“Quando nosso filho tinha mais ou menos dois anos, notamos que tinha a respiração bastante ruidosa. Quando dormia, podíamos ouvi-lo ressonar através das paredes. Como parecia que isso não o incomodava, imaginei que passaria com o tempo, ou com o crescimento. Diversas vezes foi examinado por um pediatra, como parte de um acordo prévio com meu marido, que não é Cientista Cristão. O médico e os amigos usaram termos como asma, adenóides, alergias. Eu lhes agradecia pelo interesse e esperava. Mas o problema não desapareceu “com o tempo”, nem melhorava.

“Por fim, decidi que era hora de trabalhar para deixar de aceitar esse problema para meu filho. Depois da primeira conversa com um praticista da Ciência Cristã, numa segunda-feira pela manhã, todas as vezes em que notava a respiração ruidosa, eu tratava de questionar, desafiar e modificar minha maneira de ver a criança, procurando ver sua perfeição eterna e verdadeira, como imagem maravilhosa de Deus.

“Na terça-feira, telefonei novamente ao praticista para pedir mais apoio. Levei o menino a um parque de diversões, algo que já estava planejado. Eu sabia que nos divertiríamos, mas não sabia quanto! Ao caminhar, dentro do parque, de mãos dadas, o menino apertou minha mão, me fez abaixar e disse: ‘Mamãe, veja uma coisa!’ Ele fechou a boca, exalou um pouco de ar e depois respirou fundo, tudo em silêncio. Depois disse: ‘E sinto os cheiros!’ Durante a tarde toda, ele ficou comentando sobre o cheiro das coisas.

“Não sei realmente se antes disso ele não tinha olfato, ou se essa era a forma de ele dizer que respirava bem, mas eu sei que sou imensamente grata, e a cura, ocorrida há mais de dois anos, foi permanente.”

Examinando esse relato, podemos ver que elevar nossa maneira de ver o homem, acima do físico, como fez essa mãe, significa descobrir que estamos, nós e os outros, na presença de Deus. Definir nossa morada em termos de Amor equivale a abrir as portas para a atmosfera sanadora do Amor, com sua inteireza e alegria, com a liberdade que ela nos traz do mal e do medo.

Como alguém que entra numa propriedade sem ser convidado, alguns pensamentos parecem invadir nosso modo de pensar sem que percebamos, fazendo-nos fuxicar, ter medo, sentir irritação. Esses pensamentos são tão estranhos à nossa verdadeira natureza, que parece que nos expulsam da consciência do Amor, introduzindo-nos numa terra estranha, de sofrimento. Existe, porém, uma forma de reconhecer e eliminar essas sugestões intrusas: a força do Amor, que nada pode invadir. A Sra. Eddy diz: “Sabe, então, que possuis o poder soberano de pensar e agir corretamente, e nada pode desapossar-te dessa herança e invadir o Amor. Se mantiveres essa posição, quem ou o que poderá fazer-te pecar ou sofrer?” Pulpit and Press, p. 3.

Conheça a totalidade do Amor e permaneça nele por meio do amor abnegado e da obediência à lei de Deus. Inverta os efeitos maléficos associados a um lugar adverso, permitindo que o Amor tome o lugar do medo. Fique alerta e refute a invasão mental. Então, tanto num parque de diversões como numa fornalha ardente, você verá que sua morada está, em verdade, no reino do Amor, onde você sempre permaneceu. Essa compreensão aumentará sua capacidade de ajudar-se a si mesmo e de curar outros.

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