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A naturalidade da cura espiritual

Da edição de fevereiro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


As Narrativas Bíblicas da extraordinária carreira de Cristo Jesus deixam transparecer que a cura espiritual é simples. Jesus, é claro, era o Cristo, o Filho de Deus. Toda sua carreira — desde seu nascimento de mãe virgem, até sua ressurreição do túmulo e posterior ascensão — foi inigualável. Só houve e só pode haver um único Cristo Jesus.

Jesus, entretanto, não pôs limitação à nossa capacidade em potencial para curar. Ele esperava plenamente que nós pudéssemos seguir, e seguíssemos, seu exemplo. Disse ele: “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” João 14:12. Essa promessa foi para todos os tempos. O interesse que há hoje em dia pela cura através de meios espirituais e o fato de que esse tipo de cura tem sido praticado, mostram como a promessa de Jesus é relevante e se cumpre na vida prática.

Mas será que a cura através da oração pode chegar até nós, tão fácil e rapidamente, hoje, como aconteceu para Jesus? Em minha experiência, constatei com freqüência que sim. O Princípio divino, que fez com que as obras sanadoras de Jesus fossem possíveis, permanece onipotente. Todavia, nossas próprias demonstrações desse Princípio, dentro da Ciência Cristã, às vezes estão aquém do ideal expresso na prática de Jesus. Estamos ainda longe de alcançar nossa total capacidade.

A cura somente por meios espirituais exige mudança na forma de pensar, de uma base material para uma base espiritual, e isso envolve dedicação. Podemos achar que não é fácil crer que, conforme a Ciência Cristã ensina, o Espírito seja a única substância real e que o homem, como filho de Deus, tenha apenas a substância do Espírito. No entanto, as palavras do Mestre nos guiam e encorajam: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito, são espírito e são vida.” João 6:63.

Espírito é sinônimo de Deus e é eterno. Não está sujeito à doença ou à decadência, jamais inclui inabilidade ou inatividade. Assim sendo, é verdadeiramente substancial. E toda a criação de Deus, inclusive Sua imagem, o homem, deve ser espiritual. Em realidade, não pode existir outra criação. Como disse João: “Todas as cousas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez.” João 1:3.

A matéria manifesta um senso falso de criação. Ela decai, se desintegra e desaparece. Não consegue durar para sempre. A matéria não poderia ser a substância do homem criado por Deus. O homem de Deus não poderia ser feito de algo tão diferente de Deus, o Espírito. Assim, vemos que a substância do homem feito à semelhança do Criador tem de ser espiritual, não material, e que o homem é completo e perfeito, tal como Deus é completo e perfeito. Ele não é o mortal imperfeito que parece ser.

À medida que aceitamos e começamos realmente a compreender esses fatos básicos, a cura vem mais rápida e naturalmente. A compreensão que Jesus tinha da perfeição espiritual do homem era o ponto central de seu ministério de cura. Evidentemente, ele não ignorava o estado material. Entretanto, se tivesse acreditado que o homem era um ser mortal e material, governado pela doença e pelo pecado, ele não poderia ter curado. Nós também não. Enquanto acreditarmos que o homem é um mortal material e pecador, sujeito a uma ampla variedade de doenças e imperfeições, a cura pela Ciência Cristã não será possível.

Os esforços para encontrar sáude e bem-estar através de meios materiais só trazem alívio temporário. Somente através da compreensão do Espírito e da verdadeira individualidade do homem como semelhança do Espírito, é que podemos encontrar nossa perfeição genuína outorgada por Deus. Isso requer que invertamos, pela oração, a evidência dos sentidos materiais e que vejamos a nós mesmos e aos outros de maneira espiritual.

Há alegria e satisfação indescritíveis em seguir o exemplo de Jesus e curar por meios espirituais apenas, volvendo-nos a Deus em espírito de profunda e conscienciosa oração. A oração que traz cura não é tanto uma argumentação em prol de uma modificação no corpo físico, mas é um reconhecimento de que, em realidade, o homem já é a semelhança espiritual e perfeita de Deus, já é feito de acordo com Sua imagem. A oração que segue essa linha de raciocínio é uma maneira segura e eficaz de vencer as aflições. Uma vez estabelecidos firmemente no pensamento os fatos espirituais do homem e seu parentesco com Deus, o corpo se ajusta às condições de saúde.

Cada passo que damos no sentido de diminuir nossa confiança na matéria e aumentar a que depositamos no Espírito, por menor que seja esse passo, leva-nos mais perto da libertação. Muitos outros passos talvez sejam necessários, mas cada vez que nos empenhamos em volver-nos inteiramente ao Espírito em busca de auxílio e cura, estamos dando provas de apostolado cristão.

Antes de conhecer a Ciência Cristã, eu não tinha aprendido nada sobre meu parentesco com Deus como semelhança dEle, e não sabia que uma compreensão desse parentesco poderia curar-me. Até essa ocasião, já tinha me acontecido umas duas ou três vezes de sofrer deslocamento da coluna. A dor fora intensa. Seguindo o costume da família, minha esposa havia chamado um especialista que, com massagens e trações, aliviava a dor. Depois de permanecer na cama por uma semana aproximadamente, e após diversas sessões dessa terapia, eu retomava minhas atividades normais.

Pouco depois de ter começado a estudar a Ciência Cristã, sofri nova deslocamento da coluna. Dessa vez, Porém, eu estava munido de minha nova compreensão da perfeição espiritual do homem como filho de Deus. Raciocinei que, como o homem é realmente uma idéia espiritual, expressando apenas aquelas qualidades que vêm de Deus, uma coluna fraca não podia fazer parte de mim. Fundamentei meu raciocínio neste trecho de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy: “Mantém-te firme na compreensão de que a Mente divina governa e de que na Ciência o homem reflete o governo de Deus. Não receies que a matéria possa doer, inchar e inflamar-se como resultado de uma lei de qualquer espécie, quando é evidente por si mesmo que não pode haver dor nem inflamação na matéria.” Ciência e Saúde, p. 393.

Não tive medo. Estava convencido de que o Cristo que salva e cura, exemplificado por Jesus, estava presente comigo. Em alguns momentos, a dor desapareceu. Retomei as atividades normais e, a partir daí, as costas não me incomodaram mais.

A compreensão de meu parentesco com Deus liberou-me do sofrimento que antes me mantivera acamado por mais de uma semana. Essa compreensão quebrou as cadeias da materialidade. E a rapidez da cura deu-me confiança no fato de que a saúde é o estado normal do homem. Também provou-me que o Cristo está conosco hoje, como nos tempos de Jesus.

A cura, para o Mestre, era o resultado prático de sua própria vida, de tudo o que ele fazia e representava. Ele tinha uma fé inabalável no cuidado e no amor de Deus por todos os Seus filhos. Para curar de forma constante, temos de lutar por esse mesmo tipo de fé — não uma fé cega, mas sim a convicção e a compreensão de que Deus é uma presença carinhosa e todo-poderosa, que criou todo o bem e não tem senão o bem para nós. Cultivar tal convicção não é tarefa impossível, mas requer, sem dúvida, que adoremos, em pensamentos e em ação, e de maneira sempre crescente, somente o Espírito. Isso é natural e traz libertação.

À medida que o pensamento humano for transformado pelo Espírito, Deus parecerá mais real e acessível, o Tudo-em-tudo onipotente que Ele realmente é. Então a doença e o pecado serão imediatamente reconhecidos como sendo falsas crenças passageiras. A cura por meios exclusivamente espirituais tornar-se-á mais rápida. Essa é a prova de que curas como aquelas efetuadas por Cristo Jesus são possíveis e naturais também hoje.

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