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Vida que tem um propósito

Da edição de fevereiro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu Conversei, Faz alguns anos, com um homem que passava grande parte de seu tempo viajando. Era vendedor de uma firma e ía de cidade em cidade tratando com novos clientes. Os produtos que vendia eram úteis, e o homem fazia bem e honestamente seu trabalho. Mas, ainda assim, estava em luta consigo mesmo para descobrir uma finalidade, um propósito, em sua vida. Parecia-lhe que a existência estava apenas se escoando. A frustração o levou por várias vezes a recorrer ao álcool, o que só aumentava o vazio que sentia.

Esse tipo de sensação não é incomum. Muitas pessoas sentem falta de um alvo, de um objetivo claro, sentem que mal e mal se arrastam de um dia para o outro. Elas gostariam de saber que aquilo que fazem, aquilo que elas são, tem algum valor, que suas realizações fazem de fato alguma diferença no mundo, que sua vida tem propósito e objetivo nítidos.

Mas, como descobrir o propósito de nossa vida? Onde encontrá-lo?

Em última análise, o coração nos diz que precisamos olhar para além do ego humano, com suas opiniões e perspectivas limitadas. Precisamos também ir além das expectativas, avaliações ou definições dos outros, sobre o que deveríamos ser ou fazer. Precisamos nos dirigir a Deus.

O melhor modelo para homens e mulheres na sociedade contemporânea é, em realidade, alguém que ensinava e pregava há cerca de dois mil anos. Ainda que a antiga Judéia fosse diferente das metrópoles modernas, as pessoas se defrontavam então, como agora, com essas questões sobre identidade e sobre a razão da existência. Cristo Jesus, no entanto, conhecia, em termos absolutos, o propósito sagrado do homem e vivia de acordo com esse estado de consciência. Também compreendia a origem divina e verdadeira do homem, e tinha a convicção inabalável de que a missão que Deus lhe confiara seria cumprida. Reconhecia, sem sombra de dúvida, que não só seu próprio trabalho tinha a mais profunda significação, mas também que cada pessoa é indispensável a Deus.

A consciência que Jesus tinha de que a origem e o propósito do homem estão em Deus dava-lhe uma força, uma coragem e um domínio espiritual que não podiam ser diminuídos pelas circunstâncias nem pelo antagonismo que ele encontrava em seu trabalho, por mais desafiadores que parecessem ser. Tudo o que fazia era impelido e dirigido pela vontade de Deus, e não pela vontade humana errônea. Por isso, Jesus podia, com toda humildade, descrever da seguinte forma o modo como vivia sua vida para Deus: “... eu faço sempre o que lhe agrada.” João 8:29. O Mestre também sabia e afirmava: “Eu nada posso fazer de mim mesmo; ... porque não procuro a minha própria vontade, e, sim, a daquele que me enviou.” João 5:30.

Eis uma chave importante para a descoberta do propósito verdadeiro de nossa vida. Consiste em voltarmo-nos humildemente a Deus em oração e desprendermo-nos de toda vontade humana quanto à direção que deveríamos tomar ou quanto àquilo que o futuro nos deveria trazer. Nós simplesmente não podemos dizer a Deus o que queremos que Ele faça em nossa vida. Apenas quando tivermos abandonado toda e qualquer opinião egocêntrica sobre nós mesmos, quer seja negativa e limitadora, quer seja positiva e autocomplacente, é que poderemos perceber a orientação de Deus.

Ao submetermos a vontade humana à divina, também vislumbramos com mais clareza quem realmente somos, como filhos e filhas de Deus. Vemos, por exemplo, que o homem de Deus é a semelhança espiritual de seu Criador; que somente podemos fazer e ser o que Deus nos capacita a fazer e a ser, como Seu reflexo; que agora e sempre nosso único propósito real é o de expressá-Lo em amor, integridade, inteligência desinteressada, vigor espiritual, fidelidade, pureza, na verdadeira beleza da Alma. Estar cônscios de nosso valor como a expressão de Deus nos deixa satisfeitos e nos dá uma incomparável clareza de própositos e de objetivos.

Tal desenvolvimento espiritual faz com que deixemos para trás toda noção limitada e improdutiva sobre nós mesmos e sobre nossas perspectivas. Ajuda-nos a ver nosso trabalho sob nova luz e abre-nos o pensamento para um progresso maior, na forma que melhor expressar a maravilhosa individualidade de cada um de nós. Em alguns casos, isso poderá significar uma mudança de emprego ou de carreira. Em outros, poderão surgir maiores oportunidades de servir à humanidade, ou uma nova maneira de ver as possibilidades que existem, bem ali onde já nos encontramos.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, acerca da missão de Jesus: “O propósito da grande obra de sua vida estende-se através do tempo e inclui a humanidade universal.” Ciência e Saúde, p. 328. À medida que nós manifestarmos mais atributos cristãos e divinos em nossa vida diária, quando essas qualidades espirituais encherem nossos pensamentos e motivarem nossas ações, estaremos seguindo cada vez mais de perto o caminho que Jesus nos indicou. Entenderemos que o verdadeiro objetivo da obra de nossa própria vida inclui também uma bênção e uma intenção sanadora, que se estendem a toda a humanidade e que transcendem tempos e épocas. Sentiremos que o Pai Se agrada de nós. E conheceremos a promessa, a potencialidade e o propósito sagrado que nos são assegurados pela vontade de Deus e são impelidos por Seu amor.

Bem-aventurado o homem que suporta
com perseverança a provação;
porque, depois de ter sido aprovado,
receberá a coroa da vida,
a qual o Senhor prometeu aos que o amam.

Tiago 1:12

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