Certo Dia, Ao entardecer, minha esposa e eu estávamos viajando por uma região selvagem para observar a vida animal naquela área. Decidimos estacionar a camionete sob umas árvores altas, de copas muito densas. Ficamos ali observando raposas, veados e outros animais, que desfilavam pelo campo, diante de nossos olhos. De repente minha esposa viu um peru selvagem, parado ao lado da camionete, a poucos metros de onde estávamos. Ficamos quietos para não alarmar o animal, sentindo-nos honrados por tê-lo tão próximo de nós. Estávamos extasiados com sua atitude, pertinho, imóvel, tão quieto que nem sequer piscava.
Depois de alguns momentos, começamos a nos perguntar como havia chegado tão perto sem que o percebêssemos. Ou seria que já estava ali quando chegamos? Mas por que não teria fugido? Alguma coisa, no entanto, não estava certa e comecei a ficar preocupado. Será que ele estaria doente, ou ferido? Por mais que tentasse, eu não conseguia entender o que se passava. Ao olhar mais atentamente para o peru, senti um alívio e caí na risada. Minha esposa logo começou a rir também, pois onde deveriam estar duas patas havia apenas uma haste de metal que ia do corpo até o chão. Era um peru de mentira que servia de armadilha para atrair perus selvagens a serem transferidos para outras áreas! Na fraca luminosidade do anoitecer, ele parecera tão real, que nem sequer duvidamos de sua autenticidade. Por que duvidar? Nossos sentidos haviam nos informado tudo o que precisávamos saber para confirmar essa realidade. Será que os sentidos nos informaram corretamente?
Talvez a maioria das pessoas já tenha passado por uma experiência semelhante. O fato de os sentidos geralmente nos enganarem em tais circunstâncias leva-nos a uma questão fundamental. Podemos confiar nos sentidos materiais, quando precisamos identificar a natureza da realidade propriamente dita?
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