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Quando Eu Já estava separada...

Da edição de fevereiro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Eu Já estava separada e vivendo com minhas filhas longe de meus parentes, meu ex-marido arrombou a casa onde eu morava e violentou-me. Senti-me muito só, assustada e desamparada. Eu o havia deixado porque ele não me amava. Devido ao álcool e às drogas e também por seu temperamento violento, ele me agredia verbal e fisicamente. Após diversos anos em que as coisas só pioraram, achei que não havia escolha: eu deveria ir embora com as crianças.

Minha mãe era Cientista Cristã e ensinara-me a volver-me sempre a Deus em busca de força, orientação e conforto. A Bíblia contém muitos relatos de pessoas que foram vítimas: Daniel ficou incólume na cova dos leões, e os três homens hebreus que foram lançados na fornalha ardente volveram-se a Deus como o grande libertador e foram salvos. Nenhuma garra tocou Daniel, nem mesmo o cheiro do fogo ficou em Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Eles não ficaram com mágoa ou ressentimento, embora tivessem muitas razões para isso.

Orei para saber que minha inocência e pureza eram espirituais e perenemente intactas e que ninguém nem situação alguma poderiam tirar de mim essas qualidades, porque elas vêm de Deus.

À medida que os dias e as semanas passavam, eu continuei a orar, porém fui ficando muito doente. Uma tarde, vários meses após o incidente, eu estava trabalhando no jardim com as duas meninas, quando senti que ia desmaiar. Caí, sem sentidos. Alguém veio e levou-me a um hospital. Enquanto estava na sala do pronto-socorro, eu tinha momentos de consciência e inconsciência e notei que eu repetia a “exposição científica do ser”, de Ciência e Saúde, de autoria de Mary Baker Eddy (p. 468).

Enquanto os médicos me examinavam, passei algumas horas pensando na poderosa verdade dessa declaração a respeito do ser espiritual e verdadeiro do homem. Eles me disseram que eu tinha uma grave doença venérea e que haviam marcado uma histerectomia para daí a seis horas. Agradeci aos médicos por sua gentileza e interesse e disse-lhes que eu realmente precisava ir para casa e pensar sobre o assunto.

Em casa, volvi-me a Deus em humilde oração e pensei nas maravilhosas curas que Jesus realizou. Nada era pavoroso ou grande demais para ele enfrentar com ousadia, nem mesmo a lepra. Eu presenciara muitas curas em minha família, inclusive de septicemia, resfriados, dilacerações no rosto e queimaduras de terceiro grau. Essas curas haviam se processado mediante a oração. Porventura essa situação era diferente das outras anteriores? Era mais do que eu poderia enfrentar? Lembrei-me de que Jesus, que sempre dava a glória a Deus, disse: “Para Deus tudo é possível” (Mateus 19:26).

Minha oração levou-me a ir dirigindo, como eu havia planejado, até outro estado, onde se realizaria, no dia seguinte, a reunião de minha associação de alunos de Ciência Cristã. Enquanto eu dirigia, minhas duas filhas disseram todas as coisas de que se lembravam, aprendidas na Escola Dominical e cantaram hinos para me confortar.

Durante a reunião da Associação, o tema “pureza” veio à baila e meu professor abordou o conceito de que todos os filhos de Deus são puros e perfeitos. Compreendi então que eu tinha orado para ver minha própria pureza intacta, mas não havia incluído toda a humanidade. Se eu era filha de Deus, todos os outros também deviam ser! Orei para ver a todos como filhos de Deus, puros, perfeitos e incontaminados — inclusive meu ex-marido. O homem de Deus, no ser espiritual que todos possuímos, é governado apenas pelo Amor divino e não pela vontade humana, sensualidade, ódio, ressentimento ou medo. E como Deus é todopoderoso e ocupa todo o espaço, não sobra lugar para o mal, a doença ou qualquer outro poder.

Compreendi que eu poderia reivindicar meu direito à pureza, inteireza e liberdade, naquele momento. A Bíblia diz: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque havemos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 João 3:2, 3). Que maravilhoso pensamento de cura!

Um sentimento caloroso de amor fluiu por todo meu ser e eu me senti bem! Na semana seguinte, atendendo a pedido de familiares, e para tranqüilizá-los, fui examinada por um médico. Fui informada de que estava em perfeita saúde.

Com o passar dos anos, meu ex-marido superou o uso de drogas e de álcool e passou a controlar seu temperamento. Atualmente, ele lê a Bíblia todos os dias e trabalha como voluntário para ajudar outros com esses problemas. Ele também teve a satisfação de conduzir sua filha ao altar, por ocasião do casamento dela. Eu sei que minha decisão de não ficar amargurada nem ressentida, e de orar para compreender mais sobre o Amor divino, ajudou todos nós. No dia do casamento, ele me disse: “Finalmente sou um pai de que as meninas podem se orgulhar.”

Tenho sido abençoada de muitas maneiras, inclusive por um segundo casamento maravilhoso, repleto de amor e respeito mútuos. Meu segundo marido e eu fomos abençoados com um filho nosso. Minhas filhas vieram ficar comigo por ocasião do nascimento do irmãozinho, que foi harmonioso e rápido e se deu em casa mesmo.

Como podem imaginar, sinto profunda gratidão pela revelação que a Sra. Eddy teve da Ciência Cristã, pela instrução em classe e pela inspiração que sempre recebi da Bíblia. Tem-me sido muito natural praticar a cura pela Ciência Cristã em tempo integral, como praticista. E as bênçãos têm sido superabundantes!

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