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As divinas “autoridades que existem”

Da edição de abril de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Quem Controla Sua vida? Parece que todo o mundo tem algo a dizer quanto ao que você pode fazer com o tempo livre, quanto dinheiro gastar e como gastá–lo? Para muitos, a resposta à pergunta: “Quem controla sua vida?” é: “Meus pais/minha esposa/meu marido/meus filhos.” Ou: “Meu chefe/meu professor/minha secretária/meus pacientes.” Ou ainda: “O tempo/ o governo/expectativas e responsabilidades sociais.” Talvez seja hora de perguntar: “Será que essas pessoas ou influências têm poder legítimo sobre minha vida?”

A Bíblia deixa claro que só há um Deus, um só Ser todo–poderoso, que cria e governa tudo, inclusive o homem. Além disso, compreendemos que Deus é o que Cristo Jesus revelou: Pai infinitamente bom, cuidando de modo perfeito de Seus filhos e provendo só saúde, santidade e alegria para eles. Como esse Deus é a única causa de toda realidade, segue–se que a existência verdadeira tem de ser inteiramente boa.

Será que esse conceito de uma causa totalmente boa, sem igual ou rival, lhe parece ingênuo? Será que parece totalmente desligado de nossa vida diária? Não há dúvida de que os cinco sentidos físicos não dão evidência de uma causa boa e universal, governando a todos os homens em harmonia. Mas pelo sentido espiritual, aprendemos mais sobre o governo de Deus e Seu amor pelo homem. Isso nos habilita a comprovar em nossa existência que o Amor divino de fato nos governa.

Conheço uma senhora que trabalha há muitos anos como enfermeira da Ciência Cristã. Durante uma época, devido à falta de pessoal na instituição em que trabalhava, ela pouco controle tinha sobre seu horário. Ficou frustrada por não poder freqüentar a igreja regularmente ou participar de modo constante do trabalho de igreja, por não poder planejar sair com amigos de noite ou comprar antecipadamente entradas para os concertos a que queria assistir. Com o passar do tempo, ficou cada vez mais irritada com a total falta de controle sobre sua vida. Ficou profundamente ressentida com os que ela achava responsáveis por essa situação injusta. Viu que a irritação com relação a seu horário estava afetando sua capacidade de ser boa enfermeira e, não vendo como mudar a situação, deixou o emprego.

Alguns anos mais tarde, teve de novo a oportunidade de trabalhar numa instituição como enfermeira. Desta vez, decidiu orar com relação ao horário, antes de aceitar o emprego. Pediu a ajuda de um praticista da Ciência Cristã e este comentou que tentar controlar seu horário, exigindo o que queria, ou entregar passivamente o controle a outros, não significavam apoiar–se no governo de Deus. Ela precisava era ficar calma e reconhecer o controle de Deus sobre sua vida.

Ela passou por um período de estudo, oração e luta interna, na qual o medo e a noção humana de controle foram, aos poucos, cedendo ao governo divino. Minha amiga viu com clareza que um Deus todo–amoroso não iria renunciar ao Seu controle sobre ela, assim como ninguém poderia usurpá–lo. Pensava muito nos seguintes versos do hino 216, do Hinário da Ciência Cristã:

Ó, busca a Deus com humildade
E em silenciosa devoção,
Pois Deus te guia com bondade
E Seu querer é proteção.
Confia em Deus e em Seu saber,
E o bem terás no teu viver.

Superou um grande obstáculo quando se deu conta de que, como Deus é bom, ela podia confiar que Ele lhe daria só o bem. Aceitou o emprego e viu que seu horário era bom. Não demorou e foi promovida, passando a ter um horário bem mais normal! Alegrou–se por ver que podia confiar de modo absoluto em Deus e também por reconhecer que ao Seu plano para ela era bom.

Esse é um pequeno exemplo do domínio que Deus tem sobre os acontecimentos em nossas vidas, mas aponta para a profunda realidade de Seu poder absoluto e para o fato de que esse poder está sempre à mão, quando nos dispomos a fazer Sua vontade. E que exemplo dramático Cristo Jesus deu de sua confiança no controle de Deus, quando se defrontou com Pilatos! Antes de condená–lo à crucificação, Pilatos perguntou a Jesus: “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar, e autoridade para te crucificar?” Notem a verdade absoluta na simples resposta de Jesus: “Nenhuma autoridade terias sobre mim, se de cima não te fosse dada.” João 19:10, 11. Não temos nós a mesma autoridade para desmascarar a mentira de que outros possam controlar–nos ou determinar as condições de nossa vida? Podemos ceder cada vez mais ao controle total do Pai sobre cada aspecto de nossa vida.

Quando entendemos o controle de Deus, vemos que Ele nos dá força, sabedoria e os recursos necessários para atender a todos os deveres legítimos e, então, as imposições vão desaparecendo. Também fica claro que não podemos tentar controlar ou manipular outros. E conquanto devamos cumprir nossos deveres legítimos, não precisamos suportar as pressões da falsa responsabilidade pelo bem estar de outrem. Se nos sentimos pressionados, é bom parar e, com humildade, reconhecer o governo onipresente de Deus e esperar que Ele nos mostre nosso papel legítimo.

Há muitos anos, após um divórcio difícil, durante o qual meu marido tirou nosso filho pequeno de mim e exigiu (e mais tarde conseguiu) a custódia do menino, tive a forte intuição de que ele estava planejando levar a criança para outro estado sem me dizer nada. (A única cláusula restritiva que pedi fosse incluída nos documentos emitidos pelo juiz foi que a criança permanecesse no município.)

Fico grata pela ajuda de uma praticista nessa época. Ela pediu que eu estudasse referências com a expressão sujeito a na Bíblia e nas obras da Sra. Eddy. Encontrei maravilhosas declarações da onipotência de Deus, como esta da Bíblia: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.” Romanos 13:1. Isso me mostrou que todos os envolvidos estavam de fato sujeitos ao poder do Amor divino e eu não tinha de temer o que o Amor ordenasse. O medo, a raiva e o ódio contra meu ex–marido desapareceram, quando me dei conta de que ele não tinha o poder de controlar minha vida ou de interferir no relacionamento com meu filho.

A cada hora, pensava nessas verdades poderosas. Meu ex–marido me telefonou para dizer que ele estava planejando mudar de estado com nosso filho e admitiu que tencionara desaparecer sem me informar. Alegrei–me com sua honestidade, mas também descobri que não havia meio legal de obrigá–lo a cumprir a cláusula restritiva do acordo, depois que a criança deixasse o estado. (As leis mudaram e agora esses acordos são obedecidos em todos os estados americanos.)

Meu filho foi levado para outro estado, distante do meu, e a decisão de também mudar–me para lá foi fácil, pois teve de ser feita com confiança total na direção de Deus. Tudo deu tão certo que, antes de chegar ao estado para o qual eu me mudava, eu já havia arranjado casa, emprego e uma bolsa de estudos integral para um curso profissional que sempre quisera fazer. Meu filho e eu nos víamos todos os fins de semana. Ele agora é homem crescido e continuamos chegados. Essa ilustração do governo de Deus em nossa vida continua a se destacar para mim como prova de que podemos confiar em Seu cuidado carinhoso e Sua direção para cada um.

Recebemos bênçãos maravilhosas, quando reconhecemos o poder de nosso Pai, Sua disposição de governar cada detalhe de nossa experiência e percebemos que somos independentes de todo e qualquer outro controle. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Sintamos a energia divina do Espírito, que nos leva à renovação da vida e que não reconhece poder algum, mortal ou material, como capaz de praticar alguma destruição. Regozijemo-nos por estarmos sujeitos às divinas ‘autoridades que existem’. Tal é a verdadeira Ciência do ser.” Ciência e Saúde, p. 249. Que gratidão sentimos, ao saber quem está de fato controlando nossa vida!

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