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Criar filhos sob o cuidado de Deus

Da edição de abril de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Durante Cerca De dez anos, criei minha filha sozinha, mas por estranho que possa parecer, nunca realmente pensei em mim como estando sozinha nem como mãe! Deixem–me explicar. Embora tivesse uma criança ao meu cuidado, sempre soube que Deus era meu Pai e Mãe, meu único Progenitor e o único Progenitor de minha filha.

Essa confiança em Deus brotou quando eu era criança. Meu pai faleceu quando eu tinha cinco anos, e minha mãe nunca voltou a se casar. Mas como ela nos ensinou a conhecer a Deus como Pai e Mãe, nunca nos sentimos oriundos de um lar sem pai. Não pensamos que nossos recursos fossem por isso menores, nem nos faltou uma presença “paternal”.

O que transmitira a uma criança essa sensação de que não faltava nada? Fora o fato de conhecer seu Pai–Mãe Deus e saber que não dependia de uma pessoa, mas sim de Deus para a satisfação de todas as suas necessidades. O problema de recorrer a uma pessoa em busca de felicidade, alimentação, abrigo, amor e conforto, é que essa pessoa pode desapontar–nos de alguma maneira ou ausentar–se de nossa vida. Mas quando compreendemos que a fonte de todo o bem é nosso Pai–Mãe Deus, vemos que o bem está sempre ao nosso alcance e nunca depende de uma pessoa. Essa compreensão traz–nos paz e estabilidade.

Antes de me ter casado ou ter tido um filho, aprendera, como estudante da Ciência Cristã, que cada idéia espiritual de Deus já vem completa e tem tudo o que necessita para expressar Vida de forma total. Esse era um conceito que eu podia usar, ao orar, e de fato usei–o antes de minha filha nascer, pois parecia–me uma abordagem lógica da vida. Se cada um de nós é uma idéia, então por que não uma idéia completa? Por que não nascer com todas as necessidades satisfeitas? Afinal, por que haveria Deus de fazer uma idéia incompleta, imperfeita ou carente?

Então como encarar todos os “ses” e “mas” que podem surgir quando não temos um cônjuge com quem compartilhar a criação de nossos filhos: se você não for casado, ou for divorciado, se não tiver apoio ou se não tiver emprego — se, se, se — então você não poderá ser feliz, bem sucedido, capaz de tomar conta de seus filhos? E que fazer com os pensamentos que nos assaltam, insistindo em que, se estivermos sozinhos, criando nossos filhos, não poderemos satisfazer todas as necessidades deles, que não estamos capacitados a orientá–los ou a ajudá–los a se desenvolverem mentalmente?

Por mais desafiadoras que essas sugestões possam parecer, não é necessário que as aceitemos ou que nos sintamos desencorajados. Elas não têm realidade no reino de Deus. Mas também não podemos nos refestelar e ignorá–las. Quando vemos a nós mesmo, ou a outros, como sós, pobres, irresponsáveis, doentes, zangados, antipáticos, imorais, sem consideração ou sem utilidade, é nossa tarefa orar sobre esse conceito errôneo em relação ao homem criado por Deus. Nós realmente não nos podemos permitir aceitar o homem como um mortal, separado da fonte de todo o bem, que é Deus, o Amor. Através da oração, rejeitemos erros passados e abandonemos todo comportamento que nos impeça de conhecer Sua presença na nossa vida. Afirmemos ainda que o homem, nossa verdadeira identidade espiritual, é o perfeito, feliz e amado filho de Deus.

À medida que recusarmos o quadro mortal e o substituirmos pelo que conhecemos do homem de Deus, nos modificaremos. Se nos sentimos sós, afirmemos que Deus, o Amor infinito, está sempre presente e esperemos ver evidência do Seu amor, algumas vezes em pequenas manifestações e outras vezes, de forma muito mais acentuada. Por meio de oração persistente, nossa experiência se modifica e começamos a perceber o bem que Deus nos dá agora mesmo.

É obvio que isso requer disciplina, mas os resultados valem bem o esforço. A Sra. Eddy declara em Ciência e Saúde: “Mantém o pensamento firme nas coisas duradouras, boas e verdadeiras e farás com que elas se concretizem na tua vida, na proporção em que ocuparem teus pensamentos.” Ciência e Saúde, p. 261.

Decerto todos temos oportunidades diárias para vigiar nosso pensamento. Numa ocasião, minha filha era bem pequena e estava sentindo muita dor. Nós estávamos a mais de quatro mil e oitocentos quilômetros de minha família. Abri o livro da Sra. Eddy, Miscellaneous Writings, e li o seguinte: “Deus é nosso Pai e nossa Mãe, nosso Pastor e o grande Médico: Ele é o único verdadeiro parente do homem, na terra e no céu.” Ela prossegue no parágrafo seguinte: “Irmão, irmã, amado no Senhor, conheces a ti próprio e estás familiarizado com Deus? Se não, peço–te como Cientista Cristão, não demores em torná–Lo teu mais importante conhecido.” Mis., p. 151.

Pensei: “A maior parte das pessoas tem de pegar no telefone para falar com o médico ou um membro da família, mas aqui a Sra. Eddy designa Deus ‘o grande Médico’ e ‘o único verdadeiro parente do homem’. Quem poderia ser mais chegado do que Deus — e eu nem sequer tenho de telefonar–Lhe!” Imediatamente senti–me em paz e depressa minha filha ficou bem.

Muitos indivíduos mencionados na Bíblia estavam de alguma maneira afastados do amor de mãe e de uma família tradicional, e estavam aparentemente sozinhos. José foi enfiado num poço e mais tarde vendido aos midianitas, Jacó teve de fugir de casa, depois de roubar a bênção de seu irmão, Rute deixou seu país para ficar com a sogra, e há outros exemplos além desses. Não aprenderam todas essas pessoas a confiar em Deus e ver que o bem não era algo que pudesse ser subtraído de sua vida? E é claro, Cristo Jesus foi muito específico acerca de quem era nosso verdadeiro Pai. Em resposta a seus discípulos, ao lhe dizerem que sua mãe e irmãos esperavam para lhe falar, ele perguntou: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” O relato continua: “E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu irmão, irmã e mãe.” Mateus 12:48–50.

De fato, cada um de nós é membro da família de Deus, nosso Pai–Mãe, e cada um de nós — homem, mulher ou criança — é completo, a idéia que Ele criou. A demonstração dessa inteireza é um bom fundamento para relações familiares morais e equilibradas, que satisfaçam nossas necessidades específicas. Quaisquer que sejam as circunstâncias em que nos encontremos, existem oportunidades para nos volvermos a nosso verdadeiro Progenitor, nosso Pai–Mãe Deus e para confiarmos em Sua bondade, justiça e amor para com cada um de Seus filhos.

Então como é que nos vamos rotular? Solteiros, sós, tristes, vitimados, limitados? Ou únicos, esperançosos, consagrados, satisfeitos, completos? Está vendo o que um rótulo pode fazer? Esses rótulos determinam com freqüência um largo espectro de nossa experiência. Não se permita ser vítima dos rótulos do mundo, os quais podem enganá–lo e fazê–lo acreditar que você não está satisfeito, completo ou feliz.

Se você tiver de criar seus filhos sem a companhia de seu cônjuge, você não está só, não se entregue a uma sensação de abandono. Você é uma idéia do Amor, Deus, que abençoa com Sua constante presença e cuidado. E seus filhos também são idéias completas de Deus, dependendo só de Deus para todo o bem.

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