No Ano De 1946 tive três notáveis curas físicas com a amorosa ajuda de um praticista da Ciência Cristã. Essas curas me introduziram ao estudo dessa Ciência.
Foi logo ao fim da Segunda Guerra Mundial e eu estava começando num novo ramo de vendas. Não tinha nenhuma renda em vista. Muitas pessoas que trabalhavam em ramos afins disseram que levaria no mínimo um ano até poder cobrir as despesas com o negócio e mais de três anos até cobrir as despesas pessoais. Eu possuía recursos suficientes para atender às necessidades de minha família por apenas seis meses e, sinceramente, estava com medo — minha esposa e eu tínhamos três filhos pequenos.
Elaborei uma extensa lista de fabricantes em meu estado e, durante três meses, visitei meticulosamente todo o meu território. Eu estava ciente de que, mesmo recebendo encomendas, seria necessário que os moldes de metal fossem confeccionados, as amostras feitas e aprovadas e todas essas etapas deveriam ser cumpridas antes de começar a produção. Faltava realmente muito até receber algum dinheiro.
Quando vi que todos os contatos feitos não haviam me trazido um único pedido, lembrei-me das maravilhosas curas físicas que eu havia testemunhado. Se elas haviam sido realizadas através da oração, não poderia esse problema de negócios ser curado do mesmo modo? A Sra. Eddy escreve, em Ciência e Saúde, que “o Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (p. 494). E certamente havia uma necessidade em minha vida!
Refugiei-me em um hotel, numa pequena cidade, e simplesmente orei por alguns dias, reconhecendo que, sozinho, eu não chegaria a lugar algum. Seria melhor parar de planejar e delinear humanamente e confiar no fato de que Deus, o Princípio divino do universo, estava atuando naquele momento e ali mesmo. No livro de Provérbios lemos: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (3:5, 6).
No dia seguinte, deixei de lado minha extensa lista e meu programa de viagem e disse algo assim: “Pai, eu por mim mesmo não sei onde ir ou o que fazer, mas seguirei Tua orientação.” Parti em direção à maior cidade daquele estado. Ao passar por um posto de gasolina à minha esquerda, senti na direção do carro um forte puxão para esse lado. (Ora, eu não pensei que Deus estivesse puxando a direção, mas sim que o pneu dianteiro esquerdo estivesse furado, e estava mesmo!)
Enquanto o funcionário do posto trocava o pneu, fez uma pergunta que jamais me haviam feito antes, nem fizeram depois, num posto de gasolina: “O que você faz na vida, amigo?” Respondi-lhe que eu vendia peças de alumínio fundido, fabricadas por encomenda. Ele disse que seu cunhado havia recentemente começado a trabalhar numa fábrica, a noventa quilômetros dali, e achava que iriam precisar de um grande número de peças de alumínio fundido. Essa companhia não constava em nenhuma de minhas listas. Eu disse a mim mesmo: “Ótimo, irei lá imediatamente.” Agradeci ao rapaz.
Quando cheguei àquela firma, fui ao setor de compras e disse ao comprador o motivo de minha visita, e ele respondeu: “Que coincidência!” Disse-me que havia retornado de uma reunião menos de uma hora antes, na qual tomara conhecimento de que os moldes já haviam sido confeccionados e as amostras aprovadas. Fora-lhe dada a incumbência de achar um fornecedor que iniciasse a produção imediatamente.
Recebi os pedidos e iniciamos o trabalho. Nos dois anos seguintes, recebi dessa única fonte o dobro do meu salário anterior. Naturalmente, eu senti muita gratidão. Também tive absoluta certeza de que havia demasiadas “coincidências” no ocorrido para ser mera sorte. Havia aprendido que quando alguém realmente deixa o Amor divino guiar e governar, ocorrem coisas maravilhosas.
Southbury, Connecticut, E.U.A.
