Este ano, a Assembléia Anual d'A Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts, Estados Unidos, realizou-se na segunda-feira, dia 5 de junho. Nela, os membros foram convidados a envolver uns aos outros, assim como toda a humanidade, no amor e na cura do cristianismo científico.
A Presidente, Ruth Elizabeth Jenks, cujo mandato se encerrava, iniciou os trabalhos com o hino n° 256, do Hinário da Ciência Cristã. A seguir, leu trechos da Bíblia e de escritos da Sra. Eddy. Logo após, a congregação se uniu em oração silenciosa, seguida da repetição da Oração do Senhor.
A Sra. Jenks anunciou os nomes dos dignitários d'A Igreja Mãe, a partir de 5 de junho de 1995:
Rev. Mary Baker Eddy, Pastora Emérita; John Lewis Selover, Olga M. Chaffee, Virginia S. Harris, William H. Hill, J. Anthony Periton, Conselho de Diretores da Ciência Cristã; David C. Driver, Presidente; David L. Degler, Primeiro Leitor; Mary Weldon Ridgway, Segunda Leitora; Olga M. Chaffee, Secretária; John Lewis Selover, Tesoureiro.
Depois de anunciar os nomes dos dignitários, a Sra. Jenks apresentou o novo Presidente d'A Igreja Mãe, David C. Driver.
OBSERVAÇÕES DO PRESIDENTE EMPOSSADO David C. Driver
Mediante as Lições Bíblicas do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, nosso pastor nos ensina, inspira e cura através do estudo diário, prega para nós na igreja, aos domingos, e, pelo rádio e televisão, prega literalmente para muitas partes do mundo.
O relatório da Comissão que elabora as Lições Bíblicas cita uma carta enviada a um canal de televisão, no Texas. O telespectador escreve:
"Domingo ... eu estava doente e não pude ir à minha igreja (Batista). Normalmente, assisto pela televisão ao culto da Primeira Igreja Batista, às 11 horas, quando fico em casa.... Enquanto esperava a hora dessa transmissão, dei uma olhada em outros canais ... e aconteceu de sintonizar seu canal, onde passava um programa chamado "Lição Bíblica Semanal".... Não me interessei muito e resolvi ler o jornal enquanto esperava que terminasse. Mas em poucos minutos estava prestando toda a atenção à televisão .... Nunca soube muito sobre a igreja da Ciência Cristã e certamente não sabia no que é que eles acreditam. Fiquei surpreso pela profundidade do programa e senti-me muito inspirado. Surpreendentemente, concordava com tudo o que era dito sem dúvida, elevou meu pensamento e acho mesmo que estava me sentindo melhor, após o término do programa.... Tenho a firme intenção de ouvir sempre esse programa, de agora em diante."
O relatório dessa comissão observa como é interessante que, "embora esse espectador não quisesse ouvir a Lição Bíblica, a princípio, o pastor continuou a pregar — e rapidamente alcançou esse coração realmente receptivo".
Sim, o pastor tem de continuar "a pregar para esta Igreja e para o mundo". Esse é o mandado de nossa Líder, no Manual. O Manual também afirma: "Será dever dos membros de A Igreja Mãe e de suas filiais promover a paz na terra e a boa vontade entre os homens; ... e deverão esforçar-se por promover o bem-estar de toda a humanidade, demonstrando as normas do Amor divino." Ver Hinário da Ciência Cristã, N° 207. Isso não deixa dúvida de que o Manual manda que alcancemos os outros, e as Salas de Leitura são muito importantes no cumprimento dessa ordem. Mas o que dizer daquele membro tímido que não se sente à vontade em se dirigir aos outros, ou daquele que se sente negligenciado se a Igreja trabalha para alcançar a comunidade? E aquele que se sente rejeitado, por algum motivo? Será que essas pessoas são deixadas de lado? O que fazer para atender às necessidades delas?
Podemos saber que ao dizer "toda a humanidade", ninguém, fica de fora. Todos os membros da família da igreja estão incluídos — todos os que estão "aqui", por assim dizer — assim como todos os que estão "lá fora". Mas o que é esse "lá fora"? Será que existe esse lugar? Olhemos de um ponto de vista transcendental — como Jesus fazia. Ele via o homem perfeito,Ciência e Saúde, p. 224. diz-nos nosso pastor, em vez de ver o homem doente, mortal e pecador. E era essa visão correta que curava o doente e o pecador. Mas onde é que Jesus via o homem perfeito? Na Ciência, na lei de Deus, do ponto de vista da realidade divina. Nunca poderemos ver o homem perfeito com os sentidos, ou seja, de um ponto de vista material.
O mesmo acontece com a igreja. Para curar o que quer que precise ser curado na instituição humana, devemos seguir o exemplo do Mestre. Temos de ver "na Ciência" a Igreja perfeita, ainda que os sentidos materiais nos apresentem um quadro de divisão ou limitações na instituição humana. E a Igreja "na Ciência" é a estrutura de Deus, como definida por Ciência e Saúde, e inclui as sólidas qualidades da rocha, que pertencem à Verdade, em conjunto com os laços unificadores do Amor. Abrange a totalidade da criação de Deus — "tudo o que assenta no Princípio divino e dele procede". Ver ibidem, p. 570. Existe algo real que não proceda do Princípio? Não. Assim vemos essa idéia divina, a Igreja, abrangendo tudo — e ao mesmo tempo excluindo tudo. Abrange tudo o que emana do Princípio e exclui tudo o que nega o Princípio. Inclui tudo o que é real e bom e exclui tudo o que é mau e, portanto, irreal. Assim sendo, exclui toda divisão e inclui a unidade das idéias do Princípio, com sua rica diversidade.
A idéia divina, a Igreja, é indivisivelmente inteira, indestrutivelmente segura, incorruptivelmente pura e ilimitadamente abrangente. Nossa preciosa instituição humana, a igreja, reflete em certo grau esse ideal divino, expulsando o mal e curando o doente, e deve ser vista abrangendo tudo o que é verdadeiro na comunidade mundial. Que amplidão essa idéia de inclusão dá aos nossos esforços de alcançar os outros! De certa forma, ganham uma alcance "para dentro", pois a comunidade é vista não "lá fora", mas sim, já incluída nos braços abrangentes da estrutura de Deus.
Nesse abraço divino, ninguém fica de fora, nem o membro tímido ou insatisfeito, nem o estudioso mais retraído ou o divulgador mais expansivo. Assim como a visão transcendental de nosso Mestre teve valor altamente prático na cura da humanidade doente, assim nossa visão transcendental da Igreja tem efeito prático para curar o que quer precise ser curado, tanto dentro de nosso quadro atual de membros, quanto entre aqueles milhões de mentalidades "que com simplicidade procuram a Verdade" Mateus 10:8. na comunidade mundial.
Nossas Salas de Leitura são uma porta aberta para essa comunidade mundial. Elas tornam accessível "nosso pastor dual e impessoal", abrem-no para que todos o leiam e o compreendam e encontrem a cura. Elas abrangem nossa missão individual e coletiva — nosso plano unificado de batalha, nosso "amor a Deus e ao homem".
RELATÓRIO DA SECRETÁRIA D'A IGREJA MÃE Olga M. Chaffee
O relatório da Secretária, no ano passado, encerrou-se com a proposta de que as filiais pensassem na possibilidade de as igrejas da Ciência Cristã terem apenas duas comissões — uma dedicada à pregação do evangelho e a outra dedicada à cura. Essa idéia também foi incluída no Questionário Anual enviado a todas as igrejas e sociedades da Ciência Cristã, meses atrás.
As observações recebidas mostraram que muitas igrejas já estavam acatando o espírito dessa idéia, ao passo que a outras filiais eu estou devendo uma melhor explicação!
Gostaria que a Secretaria pudesse assumir para si o mérito dessa idéia mas, de acordo com nosso pastor — a Bíblia e Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy — ela teve origem dois mil anos atrás, quando Cristo Jesus deu ordem a seus seguidores de pregarem o evangelho a toda criatura e curarem os doentes. Por isso, é apropriado que hoje os "milhões de mentalidades sem preconceito" Ciência e Saúde, p. 570., que a Sra. Eddy menciona no livro-texto, tenham a expectativa de que onde quer que haja uma igreja da Ciência Cristã, haja também a pregação das boas novas e a cura.
Os dispositivos do Manual de A Igreja Mãe visam a fortalecer e proteger os membros, para que estes possam cumprir sua obrigação de formar igrejas, realizar cultos, manter a Escola Dominical e a Sala de Leitura, patrocinar conferências e cooperar com o Delegado de Divulgação. Um exame cuidadoso dessas atividades revelará que elas não visam a uma organização voltada para si mesma, mas sim, têm como finalidade principal a de servir a humanidade. Esse é motivo suficiente para tomarmos cuidado para que nossa força, nossa inspiração e nossos recursos não sejam desviados nem desperdiçados pelo mesmo tipo de pensamento que procurou impedir o êxito da Sra. Eddy e de seu trabalho, e que procura impedir que nosso pastor pregue ou seja ouvido pelo mundo.
A finalidade desse relatório é "relatar o progresso, refrescar a memória, rejuvenescer os ramos e dar vitalidade aos brotos, levantar as gavinhas e inclinar a videira para o tronco principal",Miscellany, p. 125. como diz a Sra. Eddy em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany. É nesse espírito, portanto, que darei os relatos seguintes.
No decorrer da história desta Igreja, cada geração teve de descobrir maneiras eficazes de atender às necessidades das crianças e dos jovens. As atividades das igrejas filiais, em diferentes partes do mundo, ilustram bem a vigilância, a generosidade, e o cuidado demonstrado por nossos atuais membros. Naturalmente, não existe uma maneira única de fazer esse trabalho, como veremos em apenas poucos exemplos.
Está sendo feito um esforço conjunto para permitir que os jovens participem ativamente na igreja. Muitos estão considerando as reuniões de testemunhos das quartas-feiras como "acontecimentos de família", onde crianças e adolescentes participam, não só como indicadores, mas também dando testemunho das curas que estão tendo, como resultado do estudo da Ciência Cristã. Na Geórgia, uma filial tem uma secção especial de bancos, na quarta-feira, reservados para os mais jovens.
Um número cada vez maior de igrejas estão pensando em como ajudar a curar os muitos desafios que os jovens enfrentam, em suas comunidades, bem como os problemas com que se defrontam as próprias crianças da família da igreja. Uma igreja, no Quênia, se uniu em oração específica para ajudar as crianças de rua, na quela cidade. Reivindicaram a inocência das crianças. Oraram por sua proteção, e viram-nas como filhos amados de Deus. Logo depois, alguns cidadãos formaram uma organização para ensinar a essas crianças artes e teatro. Isso deu-lhes um novo senso de identidade. Quase ao mesmo tempo, um doador anônimo deu uma grande casa para essas crianças morarem. A seguir, os membros da igreja convidaram as atendentes daquela casa a trazerem as crianças para a Escola Dominical. Elas aceitaram de bom grado e agora doze dessas crianças vêm à Escola Dominical com regularidade.
Esta é uma boa oportunidade para relatar que mais de 11% dos pedidos de filiação, este ano, vieram de jovens abaixo de dezoito anos. E um deles já é colaborador dos periódicos!
Somos gratos por esses jovens, mas também queremos estender um preito de louvor ao fundamento sólido no trabalho de cura, deixado por gerações anteriores. A cura era algo fundamental nos ensinamentos de Cristo Jesus, e o mesmo se dá com a Ciência Cristã. Cerca de um terço dos praticistas registrados no The Christian Science Journal estão se anunciando há mais de vinte e cinco anos. É bom estarmos conscientes dessa dedicação perseverante à pregação do evangelho e à cura dos doentes!
Este relatório não seria completo se não mencionássemos uma carta de gratidão, recebida de um membro de uma filial em formação, em Ruanda. A secretaria recebeu um telefonema, pedindo ajuda, logo após o início da guerra civil naquele país. Asseguramos aos Cientistas Cristãos de lá que o trabalho de oração começaria imediatamente. Seguiu-se um período difícil, em que a comunicação era esporádica, mas as orações continuaram até obtermos notícias de todos os quinze membros da filial em formação. Uma observação importante, contida na carta, foi: "As bênçãos se estendem também aos amigos e às pessoas que os cercam..." (referindo-se aos membros que haviam escapado da morte e conseguido chegar a diferentes campos de refugiados).
Uma filial em formação na cidade de Riga, na Letônia, relata que patrocinou uma conferência, recentemente. Foram vendidos muitos exemplares de Ciência e Saúde e algumas pessoas compraram mais de um. O conferencista contou sobre a experiência comovedora de travar conhecimento com Cientistas Cristãos que haviam estado exilados na Sibéria, por causa de sua fé e do trabalho de cura que haviam realizado.
Estamos vendo um despertar com relação a todas as oportunidades que se nos apresentam para que, individual e coletivamente, alcancemos o munod, como Jesus ordenou a seus seguidores, quando disse: "De graça recebestes, de graça dai." Mateus 10:8.
RELATÓRIO DO GERENTE DOS DELEGADOS DE DIVULGAÇÃO M. Victor Westberg
Hoje eu gostaria de dizer "obrigado". Obrigado pelas muitas maneiras pelas quais vocês facilitaram o trabalho da Delegacia de Divulgação, pelo que vocês fizeram e por como vocês oraram.
Na segunda edição do livro-texto, a Sra. Eddy incluiu uma carta de correção que ela havia escrito, intitulada: "Resposta a um clérigo". Esse texto foi mais tarde editado e revisado e, em 1891, tornou-se o capítulo "Respostas a Algumas Objeções". Ele nos dá um exemplo claro da maneira cristã como nossa Líder respondia aos críticos.
O que é despertava o antagonismo dos críticos? Talvez fosse o fato de Ciência e Saúde estabelecer a verdade que destrói o erro fundamental — a crença em um poder oposto a Deus. Ele corrige o falso testemunho dos sentidos materiais e revela que o homem e o universo são espirituais, perfeitos, imortais. Ainda hoje encontramos resistência. Contudo, nossa Líder nos mostrou a maneira de vencê-la: corajosa, impessoalmente e, como ela especifica no Artigo 33 do Manual, "...de maneira cristã".Manual, Art. 33, § 2o.
A Sala de Leitura é muitas vezes o lugar onde o público fica conhecendo a Ciência Cristã. Nesse lugar, nossos periódicos desempenham um papel muito importante para corrigir enganos da opinião pública. Cada artigo e testemunho publicado no The Christian Science Journal, no Christian Science Sentinel e no O Arauto da Ciência Cristã, corrige algum falso conceito no pensamento do público.
Um fato ocorrido em abril último é um exemplo vívido do poder da oração para reverter completamente uma situação. Eu aceitei o convite para participar de uma conferência patrocinada pelo Centro de Bio-ética da Universidade da Pensilvânia. O convite partiu do diretor do Centro, um homem que, dez anos atrás, era talvez o mais aguerrido e mais citado crítico da Ciência Cristã. O tema da conferência era o direito das crianças e os cuidados com a saúde. O diretor, assim como a audiência composta de profissionais da medicina, foram extremamente atentos e receptivos à mensagem da Ciência Cristã. O que efetuou essa notável mudança de atitude? Não há explicação para ela — a não ser a onipresença do Cristo.
Gostaria de agradecer especialmente pelo trabalho incansável dos Delegados de Divulgação e de seus Assistentes, e a todos vocês que ajudaram a eles e a nós.
Por continuarem a orar, em apoio à nossa amada Causa, obrigado. Muito obrigado mesmo.
RELATÓRIO DO TESOUREIRO D'A IGREJA MÃE John Lewis Selover
Entre as muitas e variadas atribuições de um pastor de uma igreja, está o dever de informar aos membros como está a situação financeira de sua igreja, como anda seu progresso e quais são suas necessidades.
Somos muito gratos pela atitude radical, profética e prática da Sra. Eddy, ao ordenar estes dois livros, a Bíblia e Ciência e Saúde, como Pastor desta Igreja.
O Pastor nos informa continuamente sobre a situação financeira desta Igreja, por derramar, nas formas mais concretas e significativas, a substância eterna, infinita, divina desta mesma Igreja. O efeito dessa providência divina é visto de forma prática.
As cifras que darei são do encerramento do ano fiscal, 30 de abril de 1995. O montante dos fundos disponíveis era de 67,7 milhões de dólares, ou seja, $22,7 acima dos $45 milhões do ano passado. Esse total está dividido entre fundos restritos e irrestritos. Darei as cifras do ano decorrido, juntamente com as dos dois anos anteriores, para que vocês possam constatar a mesma tendência de melhora que nós vemos com satisfação. Os fundos irrestritos, disponíveis em 30 de abril, tinham um saldo negativo de $56,6 milhões, enquanto no ano precedente o saldo era negativo em $70,8 e no ano de 1993 foi negativo em $84 milhões. Em resumo, o montante dos fundos irrestritos melhorou, nos últimos três anos, em $27,4 milhões. Os fundos disponíveis restritos aumentaram $13,5 milhões nos últimos três anos. O total de 1995 foi de $124,3 milhões, em 1994 foi de $115,8 milhões e em 1993 $110.8 milhões.
As despesas ficaram praticamente no mesmo patamar, nos últimos três anos. No ano recém-findo as despesas toram da ordem de 64,3 milhões de dólares. Haviam sido de $63,3 milhões em 1994 e $64,2 milhões em 1993.
Outro dado interessante, que incluo novamente este ano, é o das entradas provenientes de todas as fontes: $86,6 milhões em 1995, $74,9 milhões em 1994 e $76,3 milhões em 1993.
O único passivo externo, além das normais contas a pagar, se refere ao leasing de máquinas e é da ordem de $2,7 milhões. Existem duas pendências internas — uma dívida com o fundo de pensões e com os Fideicomissários do Testamento de Mary Baker Eddy. Pagamentos efetuados aos Fideicomissários, nos dois últimos anos fiscais, num total de $1 milhão, reduziram essa dívida para $4 milhões, e $1 milhão foi pago este ano ao fundo de pensões, permanencendo uma dívida de $41,5 milhões. Novamente este ano, o fundo de pensões teve um fluxo de caixa positivo, com um superávit de $1,9 milhões, sendo que uma avaliação contábil desse fundo mostra que continua a ser suficiente para atender a todas as obrigações futuras.
A linha de crédito junto ao Banco de Boston ainda está disponível mas nunca foi usada, desde sua abertura, em 1993.
A Comissão de Finanças contratou a auditoria anual dos livros d'A Igreja Mãe e de todas as suas atividades. Os auditores, Ernst & Young, assinalam que seu trabalho procede bem e sem empecilhos e de novo esperamos um relatório positivo e sem restrições. O relatório da auditoria estará à disposição dos membros, a pedido, assim que ficar pronto, provavelmente em meados de julho.
Para apoiar todas as atividades daqui, sempre surge a oportunidade de reavaliar nossa organização e nossos métodos, e de otimizar nossas operações. Reengenharia é a palavra geralmente usada mas, a nosso ver, trata-se simplesmente de manter nosso método de trabalho "à altura da época".Manual, Art. 8°, § 14. Um resultado disso, nesse ano de orçamento bastante apertado, foi que as despesas ficaram quase 4 milhões de dólares abaixo do previsto no orçamento.
A necessidade maior é aquela que a humanidade sente do evangelho sanador e redentor da Ciência divina — do Consolador que toca a vida daqueles que precisam de seu consolo. Depois, há também a necessidade de sustentar as atividades previstas por nossa Líder para publicar e distribuir a Palavra do Consolador.
As transmissões internacionais por ondas curtas, do Monitor, Sentinel e Arautos, estãs tendo uma repercussão ativa e séria junto a uma audiência estimada em mais de um milhão de pessoas, no mundo todo. Há necessidade de apoio para a missão dessas altamente eficazes transmissões por rádio.
Ainda falando das "obrigações", há a responsabilidade de manter os edifícios e instalações da Sede da Igreja. Os trabalhos de restauração do Edifício Original e da Extensão d'A Igreja Mãe estão em franco andamento, e os recursos para isso têm se mantido generosamente à altura do trabalho e das condições climáticas necessárias.
Nossa oração é para podermos ver a missão e os meios de realizá-la, como sendo um grande todo, não separado, nem competindo entre si por nossa atenção e nossos recursos, mas possuindo sempre à mão a capacidade de abranger as sempre maiores necessidades e oportunidades espirituais de um novo século.
Recorremos ao Pastor desta Igreja em busca de orientação e conselho e aprendemos que, na economia divina, o suprimento não pode estar separado da necessidade. A bondade não está alheia às suas bênçãos, o motivo sagrado não está separado de sua manifestação. A aventura divina não pode deixar de ter fruição.
RELATÓRIOS DO CAMPO DE ACÃO
De Chicago, E.U.A.:
O mundo está à procura de nós! As pessoas hoje estão, sem dúvida, procurando o tipo de livros e de idéias que sempre foram a especialidade das Salas de Leitura da Ciência Cristã. ... A questão é: estamos prontos para atender ao interesse do público?
De Weybridge, Inglaterra:
À medida que ficamos mais conscientes das necessidades da comunidade, começamos a crescer e, aos poucos, as pessoas começaram a vir, cada vez mais. Passamos a ter tanto movimento!
De Redcliffe, Austrália:
"Ide por todo o mundo"! Foi maravilhoso porque compreendemos que Cristo Jesus não disse a seus seguidores para esperar que o mundo viesse até eles.
O número de novembro do Arauto trará a transcrição completa dos relatórios do campo de ação, apresentados na Assembléia Anual. Membros da Igreja, de diversos países, contam como suas Salas de Leitura estão dando passos de progresso no atendimento do público que está em busca de respostas espirituais.
MENSAGEM DA SUPERINTENDENTE DA PUBLICAÇÃO DAS OBRAS DE MARY BAKER EDDY Virginia S. Harris
Milhões de pessoas, em todo o mundo, valorizam a Bíblia e recorrem a ela. Nela sempre encontram conforto, iluminação espiritual e cura.
Hoje, como membros d'A Igreja Mãe e estudiosos da Bíblia e de Ciência e Saúde, nós temos três oportunidades especiais:
• Primeiro, a de compreender mais plenamente a ordem de Cristo Jesus de curar e divulgar o evangelho.
• Segundo, a de prestar atenção e perceber, mais claramente do que nunca, o anelo do gênero humano pela Verdade.
• Terceiro, a de expandir nossa disposição de compartilhar Ciência e Saúde com aqueles que estão em busca de sua mensagem sanadora.
Examinemos por um momento a primeira oportunidade — a natureza da ordem de Cristo Jesus e seu potencial de cura.
A Sra. Eddy atendeu ao chamado do Mestre em favor do cristianismo primitivo. Ela curou a doença e o pecado pelo poder de Deus, ensinou a Ciência do cristianismo, pregou e divulgou sua mensagem de salvação.
Um dia, em 1868, somente dois anos depois da cura que transformou sua vida, ela recebeu um telegrama pedindo-lhe que fosse à casa de uma mulher que estava morrendo de pneumonia. Reminiscências de Clara Shannon, Depto da História da Igreja d'A Igreja Mãe. Ela foi à cabeceira da doente. Ali, sua oração efetuou a cura imediata.
Nesse ponto, a Sra. Eddy tinha duas opções. Dois caminhos que poderia seguir. Poderia guardar para ela o que lhe fora revelado; curar os que lhe pediam ajuda, e levar uma vida sossegada e confortável. Ou poderia escolher outro caminho — escrever a revelação, publicá-la, dá-la ao mundo.
Todos nós sabemos qual foi a escolha que ela fez.
Hoje, não temos nós também duas opções, como teve a Sra. Eddy? Podemos guardar Ciência e Saúde perto do coração e exclusivamente para os membros da igreja. Ou podemos dar com liberalidade, compartilhar por reconhecer o mandado espiritual da Verdade dentro de nós outros, e o potencial ilimitado dessa atitude.
Que caminho estamos escolhendo?
O chamado para distribuir esse livro não está vindo de "Boston" ou da Superintendência. Ele vem do próprio livro — de sua mensagem e missão cristã. Vem da querida e corajosa autora do livro.
Isso nos traz à segunda oportunidade — a de cultivar nossa habilidade de perceber os genuínos apelos humanos, em um mundo cheio de ruídos e informações errôneas.
Na Assembléia do ano passado, eu mencionei o aumento sem precedentes na quantidade de livros sobre espiritualidade e cura. Esse surto continua e os observadores prevêem um crescimento ainda maior nos próximos anos.
Contudo, é importante compreender que Ciência e Saúde não está meramente em meio a uma onda de interesse popular pela espiritualidade. Pelo contrário, não seria a mensagem de Ciência e Saúde que, nos últimos 120 anos, vem em realidade provocando a enorme mudança que está ocorrendo no pensamento humano?
A procura sempre maior por uma melhor compreensão da existência espiritual é o resultado direto do levedo que é a mensagem do livro. A autora diz: "... o mundo sente, por todos os poros, o efeito alterante da verdade." 2 É por isso que a devoção de pensamento à missão de tornar essa mensagem accessível ao mundo deve ser o trabalho contínuo e natural desta Igreja e de seus membros.
E isso nos leva à terceira oportunidade — a de compartilhar a mensagem.
Nós não somos os mensageiros. A Ciência do Cristo é a mensagem e Ciência e Saúde é seu mensageiro.
Não devemos nos sentir pessoalmente responsáveis pela maneira como o livro encontra os que o buscam, ou pelo que acontece depois que o livro chega às suas mãos. A mensagem do livro encontra por si mesma as oportunidades de curar — encontra seus próprios leitores. Nós precisamos somente ter a disposição de dar o livro abertamente. Sem nunca recear as conseqüências.3
Uma carta recente contava como uma mulher se preparou para uma reunião na igreja, relacionada com a Assembléia Anual do ano passado. Ela escreveu: "Fiquei perplexa quando ... pediram que pensássemos como poderíamos colocar nosso pastor nas mãos de policiais, assistentes sociais e médicos, porque não conhecia ninguém nesse ramo. Todavia, eu tinha boa vontade."
Ela continuou contando como, logo depois, em uma conversa sobre a Ciência Cristã com um dentista, teve a oportunidade de oferecer um livro-texto. Depois disso, conheceu uma assistente social, cujo filho recebera o diagnóstico de uma doença grave ... aí foi outro exemplar de Ciência e Saúde.
Uma após a outra, as oportunidades foram aparecendo, inclusive com diversos clientes e com um irmão que ela "nunca esperava ... que fosse receptivo". Todos receberam o livro com prazer.
Não acham que foi sua disposição para dar — seu consentimento ao impulso do Amor — que abriu o caminho?
No ano que passou, a Superintendência da Publicação das Obras de Mary Baker Eddy continuou obedecendo às instruções da autora, para tornar o livro amplamente accessível. Em um ano comum, antes de 1994, de 500 a 600 livrarias independentes mantinham Ciência e Saúde em estoque. Devido à devoção de pensamento ao propósito de tornar o livro mais accessível, sinto-me grata por poder informar que agora mais de 2.000 livrarias, nos Estados Unidos, mantêm Ciência e Saúde em estoque, regularmente.
Nosso trabalho mental diário — inclusive nossa oração para que a humanidade seja receptiva a Ciência e Saúde — é absolutamente fundamental para atender à busca humana por espiritualidade e cura. Não podemos fazer nada menos do que atender de todo o coração ao desejo abnegado de nossa Líder, de "imprimir na humanidade o reconhecimento sincero da Ciência Cristã prática e atuante".
Esse foi o propósito da vida da Sra. Eddy, e é isso que ela esperava de nós.
Ela optou por obedecer ao mandado de Cristo Jesus: "De graça recebestes, de graça dai." 4
Por amor à humanidade, que essa seja também nossa opção.
MENSAGEM DO CONSELHO DE DIRETORES DA CIÊNCIA CRISTÃ Virginia S. Harris
A Igreja Mãe ... Assembléia Anual — provavelmente o que há de mais parecido a uma reunião familiar, em nossa família universal da igreja. Mas quem de nós não sentiu, num momento de oração silenciosa, aquele gostoso senso de união com os membros do mundo todo?
Quem não fez uma pausa, durante o estudo diário da Lição Bíblica, e não deu as mãos, silenciosamente, a todos os que estão recorrendo ao nosso pastor em busca de ânimo e de cura?
Aos domingos e quartas-feiras, os cultos e as reuniões de testemunhos de nossa igreja prestam adoração a Deus numa torrente constante de louvor e gratidão, no mundo todo.
Há tantas coisas que realmente nos unem, como uma família universal.
Todos nós sabemos o que significa ser membro de uma família. Sabemos que as famílias se alegram com as vitórias e sobrevivem aos desafios. Os desafios encarados de frente, com cada um se empenhando para vencer, redundam em vitórias.
Contudo, muita coisa é revelada acerca das famílias, pela maneira como enfrentam as dificuldades, pelas ferramentas que usam para sobreviver e prosperar. A ferramenta primordial para nossa família da Igreja, é seu pastor, a Bíblia e Ciência e Saúde. Esse pastor continua hoje a sustentar as famílias, e sustentará famílias ainda não formadas. Ele está, neste exato momento, sustentando e unindo nossa família da Igreja.
O estudo e a comunhão com nosso pastor deram muitos resultados concretos, no ano que passou. Cada passo de progresso é, à sua própria maneira, uma vitória e, de alguma forma, também ajuda o público a alcançar uma compreensão mais correta da Ciência Cristã e traz cura a indivíduos e às comunidades.
Como ficou evidente nos relatórios do Campo de Ação, uma renovação do pensamento, inspirada no Manual, está em andamento em muitas Salas de Leitura das igrejas filiais. Todos nós estamos aprendendo mais sobre como atender a um mundo em busca de respostas espirituais.
Houve, sim, vitórias significativas este ano. E a família se alegra em seus triunfos. Mas também encara de frente os problemas que continuam a desafiá-la.
E há um problema grave, desafiando a família da Igreja, atualmente. Já o mencionamos na Assembléia Anual do ano passado e numa carta aos membros, em dezembro último.
Dois membros da Igreja propuseram, há dezoito meses, uma ação judicial contra catorze dignitários e ex-dignitários desta Igreja. Essa ação faz lembrar processos semelhantes que toda a família da Igreja teve de enfrentar nos anos de 1917 a 1924. Esses processos questionavam a autoridade do Conselho de Diretores, outorgada pelo Manual da Igreja, para conduzir as atividades da Igreja. Como aconteceu na época, o atual litígio procura mudar a forma de administração instituída pela Sra. Eddy para sua Igreja.
Essa ação judicial, se não for retirada ou vencida, alterará o Manual da Igreja e alguns dispositivos das Escrituras de Fideicomisso da Sra. Eddy. Fará isso por forçar a adoção de teorias e interpretações pessoais dos dois autores da ação a respeito do Manual da Igreja e das Escrituras de Fideicomisso. Além disso, depositará a confiança num sistema legal cuja atuação custou à nossa Líder muitas e longas horas de oração. A pedido dos autores dessa ação, uma corte civil proferirá decisões seculares para reger esta Igreja — e alterar seus atos constitutivos.
Como as questões levantadas por essa ação judicial afetam cada um de nós e nosso relacionamento com esta Igreja, precisaremos manter os membros informados a esse respeito. Como dissemos antes, a maneira como uma família enfrenta os desafios é de grande importância. Como família, nosso único método é a cura espiritual. Esta é a prática que amamos e na qual confiamos.
Nesta hora, nossa família precisa das orações de cada membro, emanando do amor que naturalmente temos uns pelos outros — um amor que flui livremente do nosso amor a Deus, a Cristo Jesus, e por nossa Líder e pela mensagem do Cristo que ela deu a nós e ao mundo.
Nenhum membro deixa de ser afetado por esse caso, mas também nenhum membro deixa de ser tocado pelo poder sustentador de Deus. Esse amor é expresso da forma mais pura no poema de nossa Líder "Oração Vespertina da Mãe".1 publicado pela primeira vez em 1893, quando a organização de sua Igreja estava se amoldando ao esquema cristão que tem hoje, e continuará a ter nas eras futuras.
A segunda estrofe dessa oração começa com esta profunda afirmação: "Refúgio verdadeiro é o Amor. ..." Cantada, sussurrada, ou simplesmente ponderada, essa verdade tem propiciado curas, provavelmente a cada um de nós.
Por que não tirar alguns minutos para orar silenciosamente, como uma família, pela igreja de Mary Baker Eddy?
"Refúgio verdadeiro é o Amor.
As armadilhas são visões mortais.
Bem perto está Seu lar acolhedor,
Seu braço cinge a mim, e a tudo o mais."
A congregação cantou o hino n° 218 e a reunião foi encerrada.
