“Pai, tão certa estava eu
de que designaras o caminho
para nele eu prosseguir —
e agora serpente quer me impedir.
Por favor, outra senda vem mostrar-me.”
Mas a resposta (horrorizando-me) veio insistente:
Siga adiante, alcance-a e segure-a pela cauda.
De súbito comecei a compreender
que quando Ele me enviou
um pensamento que me amedrontou,
parecendo uma ordem impossível,
também me deu a coragem para obedecer;
e ultrapassando a fraqueza humana,
em desespero pus nEle a minha confiança
e dei um passo adiante.
O poder do amor de Deus de imediato senti
a controlar a mão que estendi.
Admirada, vi que havia agarrado
não a cauda da serpente,
mas a renascida consciência do domínio —
o domínio infinito do Amor expresso em mim.
Vislumbrei o caminho para frente:
uma seqüência de possibilidade divina que se estende.
O Pai disciplina os Seus;
minha verdadeira necessidade não era de um caminho fácil
a contornar uma serpente fictícia,
mas de coragem espiritual
para desafiar e destruir a ilusão
de poder a circunstância mortal
bloquear a vontade do Amor e o propósito para Sua criação.
Uma ilusão destruída não tem retorno;
há esperança e conforto do coraçāo ao prosseguir,
quando o Amor designa o caminho.
