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“Ensina a criança”

Da edição de setembro de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


“Vocês Que São pais, sabem onde seus filhos estão?” Estava dirigindo recentemente, quando li um anúncio com essas palavras na traseira de um ônibus, à minha frente. Continuando meu caminho, fiquei a pensar nisso e vi que, embora uma importante pergunta a se considerar, ela leva a uma outra, tão essencial quanto aquela: você sabe o que seus filhos estão aprendendo?

Um dos meus versículos bíblicos favoritos é: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele.” Prov. 22:6. Ao criar meus filhos, essa promessa com freqüência me lembrava de minha responsabilidade de mãe, a de guiar na direção certa os pensamentos nascentes das crianças. Acredita-se que o ensino acadêmico das escolas seja necessário para preparar a pessoa para sobreviver no mundo moderno. Achei, porém, que havia algo de importância primordial para meus filhos: sua educação espiritual. Perguntava-me sempre: “Estou fazendo tudo que posso para lhes ensinar bons padrões morais? Estou ajudando-os a crescer espiritualmente?” Para mim, essas questões eram relevantes. Sendo Cientista Cristã, era natural que me voltasse à Bíblia e ao livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, para obter orientação nesse assunto.

A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Acaso a propagação da espécie humana não é uma responsabilidade maior, um encargo mais solene, do que o cultivo de teu jardim ou a criação de gado para aumentar teus rebanhos e manadas? Nada indigno de ser perpetuado deve ser transmitido às crianças.” Ciência e Saúde, p. 61. Logo a seguir, ela declara: “Toda a educação das crianças deve visar a formação de hábitos de obediência à lei moral e espiritual, com os quais a criança possa enfrentar e vencer a crença nas pretensas leis físicas, crença essa que engendra as moléstias.” Ibidem, p. 62.

A palavra educar tem sua origem no Latim ducere, que significa “guiar”. Quão importante, então, é guiar as crianças para um modo espiritual de pensar. Por exemplo, ler na Bíblia a história de Jesus e seu trabalho de cura ajuda as crianças a entender a natureza autêntica e pura do homem como filho de Deus e lhes mostra que podem praticar essa verdade, seguindo o exemplo do Mestre. Quando ensinarmos as crianças a pensar direito, elas amarão agir direito.

A Escola Dominical da Ciência Cristã é de inestimável valia nesse trabalho vital. Nela, as crianças não só aprendem a apreciar as histórias bíblicas, mas também aprendem os Dez Mandamentos, as Bem-aventuranças e a Oração do Senhor, isto é, o Pai Nosso, fundamentos sólidos para o crescimento espiritual. Aprendem ainda que a noção do homem como sendo um mortal que conhece o bem e o mal, segundo os sentidos físicos, é equivocada, porque a Bíblia revela que o homem é a imagem de Deus, a expressão espiritual de Deus, o bem. Quando uma criança compreende isso, aprende a discernir a diferença entre o certo e o errado, e sente-se segura de sua capacidade de fazer o bem.

Achei que, matriculando meus filhos na Escola Dominical quando ainda bem pequenos, estava expondo-os à melhor educação espiritual possível. O fato de saber que eles estavam aprendendo a desviar-se do mal, compreendendo melhor o bem, Deus, seu Princípio divino, deu-me paz de espírito e conforto, que não encontraria de nenhuma outra maneira. Vi que eles podiam confiar na proteção e orientação de seu Pai-Mãe Deus. Isso, é claro, não me exonerava de minhas responsabilidades como mãe, mas ajudou-me a vencer o medo de influências adversas e medo quanto à sua segurança, quando eu não estava com eles.

Um estudo recente, feito pela Associação Americana de Psicologia, mostrou que normalmente uma criança assiste, em média, a oito mil assassinatos e mais de cem mil atos violentos de outros tipos, pela televisão, enquanto ainda na escola primária. Que efeito tem tudo isso na criança, que, por natureza, é curiosa?

Simplificando, podemos dizer que as noções sensuais e materialistas educam a criança a crer que o mal seja tão real quanto o bem (e muitas vezes mais incitante) e que haja prazer em gratificar os sentidos. Mas a educação espiritual impede que as crianças sejam levadas à deriva pelas ondas das crenças gerais. Incentivar qualidades morais como inocência, pureza e integridade faz com que as inclinações materiais percam sua influência na consciência humana e, por fim, desapareçam.

A educação moral adequada para as crianças, a supervisão sobre os programas de televisão e o material de leitura que tende a confundir ou desencaminhar o pensamento da criança, ajudará muito a eliminar o crime. Quando uma criança está progredindo em sua compreensão da ética e valores espirituais, a mente carnal, que a Bíblia declara ser “inimizade contra Deus”, Romanos 8:7. pode querer estorvar o progresso, oferecendo à criança a tentação de se comportar mal. Na minha experiência, vi que repreender mentalmente o mal com firmeza, reconhecendo-o como sugestão mental agressiva impessoal, assim como reconhecer que, em seu ser verdadeiro, a criança sempre foi a semelhança perfeita de Deus, atendendo só à Alma impecável, é oração eficaz. E se os pais refletem a ternura e a disciplina do Princípio divino em sua vida, os filhos ficarão agradecidos por serem corrigidos.

Certa vez, ouvi uma jovem mãe, Cientista Cristã, contando a uma amiga como havia ficado aborrecida pelo comportamento egoísta e destrutivo do filho da vizinha que vinha brincar com seu filho. Em geral, seu filho era muito obediente, mas esse contato estava começando a fazê-lo se comportar mal também. Repreender não resolvia. Um dia, a situação ficou intolerável e a mãe, em desespero, exclamou: “Pai Querido, mostra-me como lidar com isso.” A resposta foi quase instantânea e veio na forma da primeira frase do Pai Nosso, a Oração do Senhor: “Pai nosso que estás nos céus”. Mateus 6:9.

Foi como se uma luz tivesse sido ligada num quarto escuro. Ela percebeu qual fora seu erro: havia considerado seu próprio filho como filho de Deus, mas o filho da vizinha como um mortal rebelde. Mas é claro, pensou, ele também é filho de Deus! Viu também que havia usado vontade humana para controlar a situação, em vez de procurar o governo do Princípio divino.

Esses erros haviam impedido que ela visse que todas as crianças estão incluídas no doce amor de Deus e sob Seu controle. Sentiu grande compaixão e amor por ambas as crianças. O resultado foi imediato: dali em diante, as crianças brincaram em paz. As crianças respondem de modo natural à verdade e ao amor, como a flor se volta à luz. Nenhuma crença de que o homem seja material, em vez de espiritual, pode alterar esse fato.

Orar diariamente por nossos filhos e ensiná-los a orar também, nos ajuda a cumprir nossa obrigação para com eles, assim como para com Deus. Ensinar-lhes as simples verdades acerca de Deus e do homem é a melhor educação que lhes podemos dar. Daí, tendo sido suavemente guiados e treinados a amar a Deus, a amar o bem, quando forem adultos poderão dizer com honestidade: “Tu me tens ensinado, ó Deus, desde a minha mocidade; e até agora tenho anunciado as tuas maravilhas. Não me desampares, pois, ó Deus, até à minha velhice e às cãs; até que eu tenha declarado à presente geração a tua força, e às vindouras, o teu poder.” Salmos 71:17, 18.

Entrementes, todos os pais podem saber onde seus filhos de fato estão: seguros na presença de Deus e sob Seu controle.

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