Sinto-Me Abençoada por ter crescido em um lar onde se praticava a Ciência Cristã com muita seriedade e se seguiam seus ensinamentos. Contudo, somente quando me vi frente aos desafios do matrimônio e da educação de quatro filhos é que passei realmente a aplicar esses ensinamentos, que se tornaram um modo de vida para mim.
Houve muitas curas e ocasiões em que a proteção e a orientação recebidas nos ajudaram a superar muitas dificuldades. Acima de tudo, nossa família percebeu que, quando estudamos e vivemos, mesmo que com pequena intensidade, os fundamentos dessa religião, passamos a levar uma vida livre de muitas doenças e tensões geralmente associadas à criação dos filhos. Gradualmente aprendi a controlar um amor super protetor por meus filhos e a preocupação com seu bem-estar, quando reconheci que eles são filhos de Deus e estão inteiramente sob Seu cuidado.
Eu gostaria de relatar duas das muitas curas que tivemos. Quando uma de minhas filhas tinha somente cinco anos de idade, fomos visitar uns amigos que viviam em uma fazenda. Meu cavalo ficava naquela propriedade, e as crianças o conheciam bem e gostavam muito dele. Minha filha se aproximou da cerca, com grande entusiasmo, segurando um pedaço de maçã para dar ao cavalo. Com o mesmo entusiasmo, o cavalo abocanhou firmemente a fruta, junto com a mão de minha filha, e depois começou a recuar. Eu consegui segurar a cabeça do animal de tal maneira que ele abriu a boca, mas a mão da criança parecia gravemente ferida.
As outras crianças que estavam conosco ficaram assustadas com o que havia acontecido. Peguei minha filha nos braços e, garantindo aos outros que ela seria bem cuidada, levei a menina, que estava bastante transtornada, para dentro de casa, onde pudemos ficar sozinhas. Enrolei frouxamente sua mão em um pano e sentei-me ao lado dela.
Apesar de eu estar bastante afetada pela perturbação dela, consegui perceber claramente que se tratava de um embuste, e que sua confiança inocente e seu amor por esse cavalo não poderiam jamais ser punidos. Tive de falar com muita firmeza a fim de fazer com que ela prestasse atenção e parasse de soluçar. Falei com simplicidade do grande amor de Deus por ela e pelo cavalo, dizendo-lhe que Deus nunca deixaria que Sua criação, da qual ela e o cavalo faziam parte, fosse ferida ou ferisse alguém. Por isso, eu tinha certeza de que, apesar da evidência, nenhum acidente havia acontecido e que nem ela nem eu poderíamos ser levadas a pensar de outra forma. Ela compreendeu que Deus é onipotente e onipresente e que o aparente ferimento era uma mentira, destituída de poder.
A menina parou de chorar e com sua alegria e entusiasmo habituais disse que estava pronta para ir novamente ver os animais. Quando tirei o pano de cima da mão exultei de alegria, porque não havia nenhum sinal do ferimento. A cura foi tão completa, que ninguém mais mencionou o ocorrido e o acidente não nos impediu de passar um dia muito feliz.
Em outra ocasião, minha filha mais nova teve uma cura que tem sido uma inspiração para mim. Certa noite ela acordou chorando, com muita dor de ouvido. Ao embalá-la em meus braços, falei-lhe firmemente do grande amor de Deus por ela. Eu estava muito assustada com a situação e logo me veio o pensamento: “E se esse problema não puder ser curado pela oração?” Reconheci que se tratava da sugestão de que Deus não é onipotente. Deitei a criança em minha cama e telefonei para uma praticista da Ciência Cristã, pedindo que me ajudasse a vencer o medo. Ela falou com tal convicção da totalidade de Deus e da conseqüente nulidade da dor e do medo, que eu me acalmei imediatamente. A praticista me assegurou que oraria comigo e disse para eu tornar a telefonar, caso a dor persistisse.
Ao entrar novamente no quarto, voltei a ficar aflita. Percebi que precisava dar as costas decididamente a esse medo e voltar-me para a verdade do ser. Acordei uma das outras crianças para ficar com a menina e consolá-la, e saí do quarto. Enquanto andava de um lado para outro, concluí que tinha uma decisão a tomar: ou eu ficava do lado de Deus, o bem, ou do lado da dor e da discórdia, que fazem parte da mortalidade. Será que eu acreditava realmente em Deus? Claro que sim, de todo o meu coração. Então, eu não poderia acreditar também no mal. Se Deus era Tudo e estava em todo lugar, esse sofrimento tinha de ser uma mentira, e eu podia me recusar a acreditar nele.
Quando compreendi isso, o choro parou na hora. Com confiança e gratidão entrei no quarto e vi a criança dormindo tranqüilamente. O problema nunca mais voltou.
Pela Ciência do Cristo e por todas as bênçãos que ela concedeu à minha família, sou humildemente grata.
Merimbula
Nova Gales do Sul, Austrália
