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Quem são os mansos dos nossos dias?

Da edição de julho de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Em todas as partes do mundo os programas em ondas curtas do O Arauto da Ciência Cristã chegam a um grande público. Achamos que os leitores que não tenham tido a possibilidade de ouvir essas transmissões gostariam de ler, de vez em quando, algo desses programas radiofônicos.

Há algum tempo, O Arauto da Ciência Cristã levou ao ar uma série de programas em que se falava sobre o sermão do Monte, e, em particular, sobre algumas das Bem-aventuranças. Hoje temos o prazer de apresentar aos nossos leitores uma versão abreviada de um desses programas, realizado em espanhol, no qual produtor do referido programa nessa língua, conversou com sobre o importante significado da terceira Bem-aventurança.

Enrique Smeke — O Sermão do Monte Mateus, capítulos 5, 6 e 7. é, para a civilização ocidental, um discurso que teve a capacidade de mudar a direção do pensamento individual e coletivo, devido a sua poderosa mensagem. A primeira parte desse discurso contém as Bem-aventuranças. Seria interessante trocarmos algumas idéias sobre uma delas, a terceira Bem-aventurança, que diz: "Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra." Mateus 5:5. O que você teria a dizer, sobre essa Bem-aventurança?

Heloísa Rivas — O primeiro ponto a determinar é quem são os mansos aos quais Jesus se referiu. A resposta realmente se aplica a todas as eras e a nossos dias também, e sua importância é universal e eterna. Os mansos a quem Jesus se referia não eram somente os de sua época. O que nos interessa é aplicar esse conceito aos dias de hoje e ver como a mansidão pode beneficiar as pessoas do mundo atual, na vida diária.

Enrique — É possível encontrar mansidão, nesta época?

Heloísa — Os mansos são aqueles que aceitam a Deus e reconhecem que Deus é Tudo-em-tudo. Em especial, os mansos são os que não opõem resistência à vontade de Deus e ao Seu governo.

Enrique — Isso está longe de ser resignação, não é?

Heloísa — Naturalmente. A mansidão não é uma atitude passiva, não é aceitar caladamente o infortúnio. Nada tem a ver com humilhação, resignação ou sofrimento. Ao contrário, significa não aceitar a discórdia nem o mal e saber que estes não provêm de Deus.

Enrique — E para isso, precisamos mudar nossa maneira de pensar?

Heloísa — Precisamos reconhecer o governo de Deus aqui e agora, perceber o reino dos céus na consciência de cada um. No Sermão do Monte o Mestre, Cristo Jesus, fala repetidas vezes do reino dos céus. Evidentemente, trata-se de um reino espiritual, de harmonia, onde o bem é abundante e infinito. Na época de Jesus, o reinado era a forma de governo que as pessoas reconheciam. E Jesus fala no reino de Deus, o controle que Deus, a Mente divina, exerce sobre toda Sua criação, sobre todos os Seus filhos. Aceitar o governo de Deus é uma forma de expressar mansidão.

Enrique — O bem é espiritual e vem de Deus, a fonte e origem de tudo o que é bom. O bem é acessível a todos, pois Deus ama todos os Seus filhos.

Heloísa — Cada um de nós tem direito à provisão, à abundância do bem disponível a todos os filhos de Deus. E a terceira Bem-aventurança diz que os mansos "herdarão a terra."

Enrique — E onde há uma herança há uma lei, não?

Heloísa — É claro. E a lei que governa os filhos de Deus é uma lei divina, cheia de amor. O bem que vem de Deus é infinito, jamais se esgota. A herança que recebemos de Deus não está regida por divisão de partes, não é calculada em cifras altas ou baixas. Não se mede nem se conta de forma material. Herdar a terra é privilégio dos que expressam mansidão, ou seja, obediência à lei divina, confiança em Deus. Reclamar agressivamente a Deus, pedindo que nos dê mais, ou crer que estamos necessitados e nos falta algo do bem de Deus, nos distancia da mansidão à qual Jesus se referiu. A mansidão indica receptividade ao governo de Deus.

Enrique — Creio que a receptividade inclui intuição espiritual, a consciência de que Deus nos dá todo o bem. A intuição é um sentimento íntimo, é a voz de Deus, que vem do coração, "o cicio tranqüilo e suave" 1 Reis 19:12. mencionado na Bíblia. Essa voz interior revela a orientação, a direção que Deus nos dá.

Heloísa — É isso mesmo. Aqueles que aceitam essa mensagem recebem a herança de Deus, que não é representada materialmente em ouro e prata, ou terras, mas sim em felicidade, saúde, paz, harmonia nos afazeres do cotidiano. Os mansos dos dias de hoje conhecem essa forma de bem-estar. Esse conceito está ao alcance de todos e melhora as condições humanas. Quando o Cristo, a Verdade, é aceito na consciência do pecador ou do materialista obstinado, surge então a expressão evidente de mansidão, ante a qual a resistência a Deus se dilui. A Sra. Eddy diz: "Oxalá possam a mansidão, a misericórdia e o amor morar para sempre no coração daqueles que adoram neste tabernáculo: então receberão a herança que Deus preparou para os Seus — para os que têm afeto puro, espírito humilde, que adoram em verdade, que seguem o bem." Miscellaneous, Writings, p. 152.

Enrique — Neste fim de século em particular, é importante sentir o desejo de expressar mansidão, como o indicou Cristo Jesus, e aprender as lições das Bem-aventuranças. A mansidão traz harmonia entre os homens. É uma herança preciosa, que bendiz a toda a humanidade.

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