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Livrando-se da curiosidade nociva

Da edição de outubro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


"Como Você Pode saber, se não experimentar?" perguntou meu amigo, na primeira vez em que fomos a um restaurante que servia "sushis", aqueles bolinhos japoneses. "Devo, mesmo, pôr isso na boca?" perguntei, torcendo levemente o nariz. O atum cru, envolvido em arroz e alga marinha, me parecia algo mais apropriado para isca de anzol. Isso aconteceu há alguns anos e, depois disso, o "sushi" tornou-se um de meus pratos favoritos.

Pode ficar sossegado, este artigo não é para convencer o leitor a experimentar "sushi". O que eu espero, sim, é que ele ajude o leitor a ficar livre daquela curiosidade que leva a pessoa a experimentar algo nocivo ou destrutivo.

As vezes, dizemos que nada ensina mais do que a experiência. Sem dúvida, isso poder ser verdade. Em vez de usar uma receita, é possível descobrir, por si mesmo, como se faz um bolo. Quando Thomas Edison estava trabalhando, sem descanso, para desenvolver a lâmpada elétrica, ele experimentou milhares de diferentes materiais para o filamento, até que descobriu um que efetivamente deu certo. Quando lhe perguntaram sobre o assunto, respondeu que, depois de todo aquele trabalho, ele sabia não só quais materiais serviam, mas também conhecia milhares que não serviam! Embora ninguém pense muito sobre isso, toda vez que acendemos uma lâmpada estamos nos beneficiando com a experiência de Edison.

Diz-se que o homem sábio aprende com seus erros e o homem ainda mais sábio aprende com os erros dos outros. Provavelmente, muitas pessoas perderam tempo na escola da vida, aprendendo por tentativa e erro. O progresso então, como no trabalho de Edison, costuma ser lento. Todavia, a experimentação é muitas vezes um elemento necessário no processo de descoberta.

A vida por si só é um laboratório; a cada dia aprendemos como o pensamento governa nosso viver — como ele determina a alegria, o progresso, o relacionamento, a saúde. Quando perguntaram a Cristo Jesus sobre a cura de um homem que havia estado inválido muitos anos, ele respondeu: "Meu pai trabalha até agora, e eu trabalho também." João 5:17. Ele se voltava exclusivamente a seu Pai, Deus, a Mente divina, para orientação. Houve dias em que muitas pessoas foram levadas a ele e curadas. Pense um pouco como ele deve ter se mantido próximo a Deus, pois não seria possível ele curar daquela maneira por meio da experimentação, da tentativa e erro. Atentando para o exemplo de Jesus, aprendendo com a experiência dele, também nós podemos escutar a orientação de Deus e contribuir para o progresso, o amor e a cura no mundo.

Somente o exemplo e a experiência de Jesus podem nos proporcionar o melhor proveito. Podemos levar em conta suas palavras e seus feitos para não ter de aprender através dos erros e repeti-los, no laboratório de nossa própria vida. "Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força" e "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" Marcos 12: 30, 31. foram os dois mandamentos nos quais ele baseou sua vida — nenhum mandamento era maior do que estes. Conhecer a Deus, o Amor divino, certamente, vale a pena. A vida diária proporciona muitas oportunidades para encher nosso pensamento com o amor de Deus, todo-abrangente e onipotente. À medida que o Amor permeia o pensamento, penetra em nossa vivência. Talvez seja isso que Jesus queria dizer, quando afirmou: "... Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."

Deus é o bem. Ele é o bem, independentemente de qualquer coisa em contrário. Somente a bondade de Deus é o que realmente atrai. "Seria contrário às nossas mais elevadas idéias de Deus supô-Lo capaz de fazer primeiro a lei e a causalidade de modo a produzir certos resultados maus, e depois punir as vítimas indefesas de Sua volição por fazerem o que não podiam deixar de fazer. O bem não é, nem pode ser, o autor de pecados experimentais", declara a Sra. Eddy, em Ciência e Saúde.Ciência e Saúde, p.230.

Pecados experimentais não faziam parte da vida de Jesus; ele estava por demais interessado em conhecer a Deus, o Amor divino, e dar provas do poder do Amor para transformar os pensamentos e a vida das pessoas. Assim também a experimentação do erro não precisa fazer parte de nossa vida. Por que haveríamos de desperdiçar um tempo importante, experimentando drogas, álcool ou inalantes? Afinal, existe alguma utilidade em maltratar nosso próprio corpo ou o de outras pessoas? Certamente que não. Cada um de nós tem um nicho importante a preencher e nunca precisamos desperdiçar nossa vida, fazendo coisas que sejam nocivas ou que restrinjam nosso potencial de atuação em prol do bem.

O verdadeiro conhecimento jamais poderia ser conseguido mediante o pecado e o egoísmo. Estes são apenas bloqueadores de nosso potencial. É natural preocupar-nos com nosso potencial para o bem e protegê-lo. Alcançamos o verdadeiro conhecimento, a percepção da totalidade do Amor, através da vigilância, montando guarda constante contra o pecado e o mal. A curiosidade destrutiva não terá poder para levá-lo a desperdiçar seu potencial, se o exemplo de Jesus estiver em seu coração. Amar a Deus de todo o coração, alma, mente, força e amar o próximo como a si mesmo, manterá você suficientemente ocupado todos os dias. Como seria a vida se o Amor divino fosse a prioridade máxima de cada dia? Com certeza não seria sem graça, nem aborrecida!

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