Certo dia, bem cedinho, meus filhos e eu vimos uma cachorrinha andando no meio da rua. Para protegê-la, nós a colocamos na calçada, mas ela voltou para a rua. Talvez tivesse se perdido da mãe ou talvez os trabalhadores de uma obra próxima de nossa casa quisessem se desfazer dela. Resolvemos colocá-la no carro. Depois decidiríamos o que fazer com ela.
Ao chegar em casa, providenciei um pratinho com leite e uma caixa de sapato forrada com panos, para que a cachorrinha se sentisse quentinha. Aonde eu ia, a levava na caixinha, para ela não ficar sozinha.
Após alguns dias demos-lhe o nome de Dolly. Apesar de ver a alegria de meus filhos ao chegarem da escola e brincarem com ela e o carinho que ela demonstrava por todos nós, chegamos à conclusão de que não seria possível ficar com o animalzinho, pois moramos em um apartamento e já temos um papagaio. Começamos a procurar alguém que a quisesse. Eu sabia que os animais são idéias de Deus e, portanto, ocupam o lugar determinado por Deus.
Quando a tiramos da rua para que nada de mal lhe acontecesse, fizemos isso com amor. Nós sabíamos que Deus é Amor e que Ele cuida de todas as Suas idéias. Isso era muito claro para mim. Por isso, não queríamos simplesmente encontrar uma pessoa que a aceitasse, mas sim alguém que a tratasse bem.
Percebi a hesitação das pessoas, quando eu comentava que a encontrara na rua e que era fêmea. Tive de orar a respeito. Eu estava expressando amor ao cuidar dela, ela também o expressava ao ser carinhosa conosco. Era justo procurar um bom local para ela, por isso seria natural que alguém a aceitasse.
A cunhada de uma amiga quis ficar com a Dolly. Foi ótimo, porque assim eu poderia visitá-la de vez em quando. Que alegria perceber como Deus estava cuidando de tudo tão direitinho! Isso era evidente em cada detalhe e vi como o Amor toma conta da Sua criação.
Depois de um certo tempo, sua nova dona me telefonou, contando que a Dolly havia caído de uma laje e não estava andando, talvez tivesse quebrado uma patinha. Pediu-me para ajudá-la. Ao desligar o telefone, pensei: "Como Cientista Cristã, sempre me apóio em Deus para obter a cura. Agora também posso fazer o mesmo." Eu sabia que Deus é todo poderoso e que Seu poder e Seu amor jamais se afastam de Suas idéias, por isso a Dolly não havia ficado, nem sequer um minuto, separada da proteção divina. Telefonei para uma amiga, cujo gatinho tinha sido curado por meio da oração (ela até escreveu um artigo para o Arauto, contando essa cura). Telefonei também para meu marido. O que ambos disseram deu-me coragem para apoiar-me só nos meios espirituais de cura. À tarde fui visitar a Dolly. Ela me festejou muito, mas não conseguia andar e mal ficava em pé. Sentei-me no chão e coloquei-a em meu colo. Acariciando-a, falei-lhe sobre as verdades espirituais, afirmando que toda a criação de Deus é perfeita. Conversei com a nova dona, falei-lhe de Deus e de Seu infinito amor, até ela ficar livre do medo. Eu sabia que tudo estava bem, porque não há acidentes na Mente divina, Deus não os conhece. A Sra. Eddy diz: "Sob a Providência divina não pode haver acidentes, porquanto na perfeição não há lugar para a imperfeição." Ciência e Saúde, p. 424. Quando fui embora, a Dolly já estava se equilibrando melhor. Alguns dias depois, fui avisada de que a cachorrinha estava ótima, perfeita. Fiquei muito feliz e grata.
Todos nós podemos sempre confiar em Deus, em qualquer situação. Ele está sempre cuidando de nós e de todas as Suas idéias, inclusive de nossos bichinhos de estimação.
 
    
