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Autoridade espiritual e cura

Da edição de abril de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


A viagem estendera-se por mais de 48 horas ininterruptas, com mau tempo, perda de conexões e longos vôos internacionais. Pensei que qualquer bisavó, após ter passado por tudo isso, deveria estar exausta. Não era o caso da minha companheira de viagem, que era bisavó. Várias vezes eu quis carregar-Ihe a mala ou dar-Ihe o braço, mas ela dizia sempre: “Não, obrigada”. Por fim, encarou-me e disse-me, gentilmente, mas com firmeza: “Não me trate como uma criancinha!” Depois disso não insisti mais.

Nos dias subseqüentes, essa senhora e eu viajamos por um país onde as pessoas idosas costumam viver reclusas nas casas dos filhos e netos. As pessoas que encontrávamos ficavam muito impressionadas, bem impressionadas, ao conhecer uma bisavó que não só mora sozinha, mas ainda trabalha o dia inteiro, colabora como voluntária na igreja e na comunidade, e também viaja. “Ela tem idéias próprias,. .. tem vida própria”, observou nosso jovem guia. “Acho isso super legal!”

Não se trata apenas de essa senhora (que me é muito querida) ter um gênio independente. Nem que ela não aceitasse de bom grado alguma ajuda, se de fato precisasse. O que acontece é que ela respeita algo dentro de si mesma, algo que ela sente como uma dádiva de Deus: a sua individualidade espiritual, o seu direito de pensar e agir como filha de Deus. E ela espera que outras pessoas também respeitem essa individualidade. Afinal, isso significa honrar a Deus, que criou a ela e a todos nós.

Nossa natureza, como filhos de Deus, é totalmente espiritual. O que somos espiritualmente não depende de idade, estado de saúde, posição social ou financeira. Independe de onde vivemos, seja na China, no Chile ou em Chicago. Quer tenhamos ou não filhos, pertençamos ou não a uma igreja, moremos ou não sozinhos — sempre somos filhos e filhas de Deus. Nem mais nem menos. É assim que o Pai e Mãe do universo nos vê e nos ama.

Como todos nós estamos tão intimamente ligados a Deus, todos temos a faculdade de falar e agir com autoridade. Jesus Cristo compreendeu isso a respeito de si próprio. Ele sabia que suas palavras emanavam de Deus. É por isso que ele conseguia desafiar a tradição e ensinar pessoas a respeito de Deus, apesar de não ter se formado como rabino. E “estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina”, nos diz a Bíblia, “porque ele as ensinava como quem tem autoridade. . .” (Mateus 7:28, 29).

Evidentemente, Jesus era muito mais do que um bom orador. Ele vivia com autoridade. Ao curar pessoas, de praticamente todos os tipos de enfermidades conhecidas naquela época — inclusive demência, epilepsia, lepra e até mesmo a morte, ele mostrava a todos que o reino de Deus estava “próximo”.

O Mestre incumbiu seus seguidores de viver com autoridade também. A Bíblia diz: “Deulhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades” (Ver Mateus 10:1, 5–20). Durante um século, mais ou menos, os seguidores de Jesus utilizaram esse poder espiritual e curaram milhares de pessoas. No entanto, paulatinamente, o ritualismo e a tradição foram substituindo grande parte do ministério de cura, que era o palpitar do Cristianismo.

No final do século XIX, contudo, Mary Baker Eddy se deu conta de que a autoridade para curar, que Jesus e seus discípulos possuíam, não era destinada apenas a eles. Em realidade, é para todos nós. E para sempre. Porque o poder transcendental de Deus dá poder a todos os Seus filhos. É a própria autoridade de sua vida!

Isso faz uma enorme diferença, explica a Sra. Eddy. “Conhecer a Vida como ela é, a saber, Deus, o bem eterno,” escreve ela, “dá ao homem não somente um sentido de existência, mas lhe acrescenta uma consciência do poder espiritual que subjuga a matéria e destrói o pecado, a doença e a morte” (Miscellaneous Writings, p. 189).

Não é de admirar que minha amiga defenda com tanto fervor sua autoridade espiritual. Ela sabe que está diretamente ligada à sua missão como cristã e como sanadora cristã.

O mundo tem extrema necessidade de sanadores espirituais. Precisa de pessoas como essa bisavó. Pessoas que pensam, falam e agem somente como Deus lhes ordena. Pessoas que vivem com autoridade — que gostam de ajudar outros a também viver dessa maneira.

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