Em hebraico, a palavra “páscoa” significa “passagem”. A Páscoa era uma das grandes festas do povo judeu, desde o tempo de Moisés. Comemorava a saída dos israelitas do Egito, onde haviam sido escravos, e sua triunfal passagem pelo Mar Vermelho. Os israelitas, reunindo-se anualmente em Jerusalém, festejavam sua libertação. Essa festa consistia de um ritual em que, entre outras solenidades, eles comiam uma refeição de cordeiro assado, ervas amargas e pão sem fermento. A comemoração se repetia todos os anos, durava sete dias, começando no primeiro mês do calendário do Antigo Testamento.
Esses alimentos tinham um significado simbólico. O cordeiro servia para recordar o sacrifício que o povo israelita oferecera a Deus, quando partiu do Egito. As ervas amargas faziam lembrar a dura e dolorosa servidão a que o povo judeu ficara submetido enquanto habitava entre os egípcios, durante aproximadamente quatrocentos e cinqüenta anos. Os pães asmos, ou seja, um tipo de pão feito sem fermento, lembravam que, por terem saído apressadamente, não haviam tido tempo para fazer levedar o pão e não haviam utilizado, como era costume para esse fim, uma porção de massa velha, já em alto grau de fermentação. O pão sem fermento referia-se à novidade de vida que a saída do Egito representava. Tudo isso aparece na Bíblia, em Êxodo 12: 1—21.
Os acontecimentos que se seguiram deram um novo significado a essa celebração. Quando chegou o mês em que se realizava essa festa, Jesus, seguindo a tradição judaica, pediu a seus discípulos que preparassem o jantar da Páscoa.
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