Saí de casa quando tinha dezoito anos. Mudei-me para o outro lado do país. Fui viver por conta própria. Meus pais tinham acabado de se divorciar. O lar da minha infância se fora para sempre.
Em meio a essa turbulência emocional, fui tentada a acreditar que a morte poderia trazer-me uma mudança vantajosa. Confusa por tentar agradar a dois casais de pais (ambos haviam se casado novamente), perguntava me seriamente se viver era uma opção melhor do que a morte. Em busca de consolo e de respostas, volvi-me à Bíblia. Um versículo tocou-me profundamente: "Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência" (Deuter. 30:19). Eu realmente desejava viver, mas precisava de um propósito mais elevado para minha vida. O que me salvou do suicídio foi a descoberta de que Deus é Vida, a fonte de minha vida.
O suicídio pressupõe que a morte seja uma amiga. Mas a Vida não é a contrapartida da morte. A Vida é a Deus e Deus é sempre um amigo; a morte não. Com o passar dos anos, ocorreu uma mudança em meu pensamento. Eu agora compreendo que a passagem bíblica não está apresentando uma escolha entre a vida e a morte; ela nos conclama a uma compreesão mais elevada sobre a vida. A Vida é a única escolha real. A morte não é realmente uma opção, nunca é uma solução para nenhum problema. Na verdade, na presença da Vida, Deus, não existe morte.
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