Não faz muito tempo, alguém me perguntou se eu já havia notado quantas vezes as doenças são vendidas ao público. À primeira vista, isso me causou surpresa. Vender a doença? Mas, depois de minha amiga ter feito esse comentário, comecei a prestar atenção aos anúncios publicitários e constatei que ela estava certa.
Além dos anúncios de produtos relacionados a certas doenças, a televisão apresenta reportagens com descrições detalhadas de doenças, possíveis tratamentos e estatísticas sobre sua cura e sua incidência. O que realmente chamou minha atenção, porém, foi um artigo de um jornal bem conhecido, sobre um anúncio publicado numa revista dirigida a pessoas de alto poder aquisitivo, na Arábia Saudita. O anúncio, pago por uma clínica americana, mostrava a foto colorida de um alegre cliente, usando o traje típico do Oriente Médio.
Esse anúncio relatava o terrível dia, na vida desse homem, no qual sofrera um infarto e procurara aquela clínica para tratamento. Descrevia uma operação bem sucedida e explicava que a clínica podia ajudar outros com o mesmo problema. O artigo do jornal revelava, porém, que o "paciente" da foto não era, na realidade, um paciente. Ele era "uma figura fictícia ... seu depoimento era a invenção criativa de um publicitário do Oriente Médio". Sua história era uma "combinação biográfica", inspirada em casos semelhantes.
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