"A idéia de que algo tão complexo como um ser humano possa ser destilado para dentro de um tubo de ensaio é naturalmente absurda", escreveu James Shreeve, num artigo da revista National Geographic, intitulado: "Segredos do gene" (outubro de 1999). Para essa reportagem, Shreeve submeteu uma amostra de seu sangue a um laboratório de biotecnologia, a fim de determinar seu genoma, ou seja, a constituição do código genético que havia herdado de seus pais. Conquanto esse procedimento não seja comum ainda, é corrente dizer-se que logo se tornará prática generalizada.
Ao contemplar seu DNA pela primeira vez, Shreeve refletiu: "Apesar de tudo, o pálido resíduo contido neste pequeno frasco contém as linhas mestras que nortearam o desenvolvimento do meu corpo e do meu cérebro, desde o momento em que fui concebido. Ele contém o registro detalhado do meu passado ancestral e, até certo ponto, uma previsão do meu futuro. Ele é virtualmente imortal, um fio que liga esta vida a toda a vida que já existiu ou que ainda venha a existir."
De certa forma, presume-se que uma análise do DNA da pessoa possa delinear o tipo de vida que ela pode esperar, inclusive sua capacidade mental e sua suscetibilidade a certas doenças, algumas das quais graves. Shreeve se perguntou: "Até que ponto eu sou os meus genes?"
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