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Preocupação com o peso?

Da edição de junho de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Você gostaria de perder alguns quilos? Entrar naquelas calças que você jogou no fundo do guarda-roupa, porque ficaram muito apertadas? Você não está só. As estatísticas mostram que sempre mais pessoas estão preocupadas com o peso, em muitos casos, lutando para manter bem longe esses quilinhos extras. Contudo, apesar de todas as dietas, exercícios e temporadas nos spas, a população em geral continua a perder terreno na luta contra a gordura. Começamos a pensar qual seria a maneira mais eficaz de nos sentir satisfeitos com nossa figura.

Existe uma maneira espiritual, eficaz, de controlar seu peso. Ao invés de preocupar-se com a sua imagem no espelho e com o quanto você está pesando, concentre sua atenção em melhorar a qualidade de seu pensamento. Isso pode soar um tanto abstrato, mas muitas pessoas agora aceitam o fato de que o corpo é, em grande parte, governado pelo pensamento. Se nossos pensamentos forem mais saudáveis — menos ocupados com o tipo ou a quantidade de comida que deveríamos ingerir, e mais centrados em Deus e nos pensamentos espirituais que dEle provêm e que governam nossa vida harmoniosamente — o corpo, bem como os pensamentos, serão transformados para melhor.

Como a Bíblia ensina, o homem foi feito à imagem de Deus. Essa imagem, ou idéia, é espiritual, não material. É a expressão da semelhança de Deus. O autocontrole, a sabedoria, o domínio e a disciplina, em última análise, têm suas raízes em Deus, portanto fazem parte de nosso ser como a imagem e a semelhança dEle. A imagem de Deus está sempre em forma e sob controle. É bela, graciosa, saudável e agradável à vista. Identifique-se com Deus e expresse mais a natureza divina na sua rotina diária. A saúde, a felicidade e o controle aparecerão mais frequentemente em seus pensamentos e açōes, manifestando-se fisicamente, também. Seu corpo demonstrará mais harmonia, normalidade e controle.

Há anos, quando tentei perder peso, consegui bons resultados, vendo a mim mesmo do ponto de vista espiritual. Durante muito tempo, havia tentado vários métodos para perder uns quilinhos extras, mas sem resultado. Finalmente, compreendi que a necessidade primordial era de uma mudança na minha consciência — em como via a mim mesmo.

Uma noite, quando me olhei no espelho e vi aquela figura gorda que tanto me entristecia, compreendi que a forma física que eu estava vendo não representava a minha verdadeira identidade como imagem de Deus, o eu real. Eu tinha uma identidade espiritual. A forma pela qual essa identidade se expressa está além daquilo que o olho humano pode ver. A imagem de Deus não tem excesso ou falta de peso, nem está fora de controle. A criação de Deus manifesta somente qualidades que representam a natureza divina. Qualidades tais como saúde, boa disposição, ordem e equilíbrio constituem meu perfil divino.

Não estivera me vendo como o filho de Deus perfeitamente em forma e equilibrado. Estivera me apegando a uma imagem distorcida e não representativa do meu eu. Desviei meu olhar daquilo que estava vendo no espelho e recusei-me a crer que fosse uma pessoa com excesso de peso. Apeguei-me à verdade de que era o filho de Deus, em forma e sob controle. Parei de me preocupar com a aparência. Isso não quer dizer que eu tenha passado a comer sem cuidado, mas não mais permiti que o alimento me controlasse.

O efeito foi imediato. Senti paz interior. A preocupação e o medo com relação ao peso desapareceram. Ao longo dos dois meses seguintes, minhas roupas começaram a ficar folgadas. Tive de renovar meu guarda-roupa. Não foi necessário perder muito peso; os catorze quilos que perdi foram exatamente a quantidade certa. Meu peso se estabilizou e tem permanecido praticamente o mesmo, nos muitos anos que se passaram.

Quando oramos para nos identificar de maneira espiritual, é importante compreendermos que a imagem de Deus não é um corpo físico. Deus é Espírito infinito. Portanto, a semelhança de Deus é espiritual. Qualidades tais como altruísmo, amabilidade, integridade, ordem e equilíbrio expressam a semelhança de Deus. Elas constituem a imagem de Deus manifestada. Delineiam nossa individualidade espiritual, que está em união com Deus. Ao invés de concentrar-nos nas medidas do corpo, deveríamos pensar em expressar mais essas qualidades derivadas de Deus. Elas constituem um estado mental saudável.

Quando nosso pensamento se ocupar inteiramente com o desejo de expressar mais a Deus, o bem, os pensamentos que não sejam saudáveis serão expulsos de nossa consciência. Aí, as condições físicas não saudáveis, que resultaram daquela maneira de pensar inadequada. também desaparecerão. Esse não é um processo mágico ou místico. É uma lei, na cura espiritual, pela qual, quando o pensamento é espiritualizado por um conceito melhor do eu, o corpo, que é governado por esse pensamento, também melhora na mesma proporção.

Uma tentação comum, quando oramos a respeito do peso, é delinear o quanto gostaríamos de pesar, qual o tamanho de roupa que gostaríamos de usar, e qual o prazo para isso tudo acontecer. Planejar um determinado resultado para a oração pode ser contraproducente para o crescimento e o progresso espiritual, pois mantém o enfoque sobre o corpo ao invés de concentrar-se no pensamento. Para ocorrer a cura espiritual, é preciso haver uma transformação genuína para melhor, na nossa própria consciência.

Jesus alertou-nos quanto a limpar apenas o exterior do prato (ver Mateus 23:25, 26). Ele disse aos escribas e aos fariseus que eles estavam interessados somente em como pareciam aos olhos do povo, ao invés de vigiarem o próprio pensamento. Ele sabia que era possível ir à igreja, proferir orações e dar esmolas, embora guardando rancor e má vontade para com o próximo. O auto-engano levou os fariseus a acreditar que suas ações exteriores podiam ocultar o mal interior. Também nós precisamos ter cuidado com a tentação de querer modificar somente a aparência exterior.

Em realidade, a saúde é um estado da Mente, não uma condição do corpo. É a natureza de Deus manifestada em nós. O tônus muscular, a firmeza do abdômen e a silhueta esbelta não indicam necessariamente a verdadeira saúde. Por exemplo, que benefício real uma pessoa obteria, se tentasse ser mais feliz por remodelar e manipular os lábios? Essa pessoa poderia ter aulas de como movimentar os lábios a fim de ter um sorriso melhor, aprender a mexer os músculos faciais no momento certo, manter as bochechas em ângulos atraentes, expor o número certo de dentes e inclinar a cabeça para o lado de maneira elegante.

O resultado poderia ser "o sorriso perfeito", mas, se não houver uma alegria genuína sob a superfície, terá havido algum progresso verdadeiro? É necessário encontrar a verdadeira felicidade interior. A alegria interior irrompe na superfície sob a forma de um sorriso que expressa um sentimento genuíno e uma aparência natural.

A mesma regra se aplica ao corpo inteiro. A saúde e o equilíbrio são estados da Mente divina, ou seja, de Deus, que se manifestam em nós. O amor, a sabedoria, o autocontrole, a disciplina, o contentamento, e a compreensão espiritual são condições saudáveis do pensamento. São espirituais. São boas e nos fazem sentir bem. Seus opostos, tais como a raiva, a insensatez, a sensualidade, a condescendência, a insatisfação e a preguiça, carecem de disciplina e de controle, não são condições desejáveis.

Quando nos concentramos em manter nosso pensamento em Deus, os pensamentos inadequados são eliminados. Alcançamos um maior domínio e controle. Nosso pensamento "entrará em forma" segundo um padrão espiritual mais elevado. O corpo manifestará maior controle.

Muitas vezes, as pessoas têm dificuldade em controlar seus hábitos alimentares porque acham que comer lhes traz satisfação. Mas, se alcançarmos uma noção mais esclarecida de felicidade, venceremos essa tentação. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy escreve: "A felicidade é espiritual, nascida da Verdade e do Amor" (p. 57). A felicidade é um estado da Mente, que vem de Deus. Ela não provém do refrigerador nem de um pacote do supermercado. É o efeito da espiritualidade.

Quando abandonamos a crença de que a felicidade vem da comida e nos dedicamos a cultivar nossa espiritualidade, podemos vencer o desejo de comer em excesso, à procura do prazer. Encontramos contentamento e alegria dentro de nós mesmos. Algumas vezes, as pessoas ficam desanimadas pela crença de que o problema de excesso de peso seja hereditário. Mas essa crença pode ser eliminada por compreendermos que somente o que herdamos de Deus permanece como parte integrante de nós.

Deus, não o DNA, é o nosso Criador. Deus, o Espírito, é nosso Pai-Mãe, e pela compreensão da nossa relação com o Espírito, podemos demonstrar que os genes e os cromossomos não têm influência sobre nossa saúde assim como os microchips vazios não têm influência sobre os computadores. Pode parecer que os genes trazem o registro de certos padrões físicos, mas não determinam nossa identidade e nossa individualidade verdadeira. Os genes não são inteligentes. Eles não podem pensar, agir nem planejar o nosso ser. Eles não têm mente. Deus é o nosso Criador. Nosso divino Pai-Mãe nos formou e nos modelou de acordo com um modelo espiritual perfeito — o próprio ser perfeito de Deus.

A Sra. Eddy, que compreendeu claramente como melhorar o corpo por meios espirituais, escreve: "Todos nós somos escultores, que trabalhamos em formas variadas, modelando e cinzelando o pensamento" (Ciência e Saúde, p. 248). Antes que possam entalhar ou esculpir um material, os escultores têm de ter uma imagem formada no pensamento. Enquanto esculpem, voltam-se para o modelo para decidir qual a ação seguinte. O resultado desse trabalho corresponderá à imagem que estão seguindo em pensamento.

Somos como escultores. Vivemos os pensamentos que mantemos na consciência. Podemos perguntar: "Que modelos estou mantendo no pensamento? São bons modelos? São saudáveis?" Precisamos conhecer nossos ideais. A Sra. Eddy continua: "Precisamos formar modelos perfeitos no pensamento e contemplá-los continuamente, senão nunca os esculpiremos em vidas sublimes e nobres" (p. 248). O modelo supremo a ser seguido é a imagem de Deus. Ao identificarmo-nos mais como a imagem de Deus, e menos com centímetros e quilos, descobriremos nosso caminho para uma forma de pensar e uma vida mais saudáveis. O escultor fiel continua a esculpir e cinzelar até que a forma diante de seus olhos reproduza a idéia original. Da mesma forma, continuando a orar e a reformar o pensamento, nós chegaremos a ver-nos à semelhança de Deus.

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