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Deus não castiga ninguém

Da edição de junho de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Imaginemos um dia frio de inverno. O ar está gelado mas, se ficarmos expostos diretamente aos raios cálidos do sol, sentiremos um calorzinho agradável. Se, contudo, voltarmos para a sombra, será difícil evitar um arrepio de frio. Jamais pensaríamos que o sol esteja nos castigando por termos ido para a sombra. O sol continua brilhando. Está sempre lá para aquecer-nos.

Algumas pessoas acham que Deus fica irado e castiga aqueles que se afastam dEle. Mas isso não está de acordo com a natureza de Deus. Ele não é um super-homem vingativo que pense em fazer o mal a quem quer que seja. Em vez disso, tal como o sol, Ele está sempre brilhando. Está sempre aqui, abençoando-nos, mesmo quando pensamos estar afastados de Sua radiante presença.

Mais cedo ou mais tarde, percebemos que tal afastamento não é agradável, acabamos por sentir o ar frio. De certa forma, estamos castigando a nós mesmos. E essa não é uma atitude muito inteligente. É mais sábio ficarmos junto a Deus em nossas orações e em nossa vida, valorizando os preceitos morais que nos protegem e que estão contidos nos Dez Mandamentos e no Sermão do Monte. É mais lógico ficarmos no aconchego desses braços. Eles representam a terna lei divina que sustenta nosso bem-estar e nosso progresso.

Mary Baker Eddy às vezes usa em seus escritos uma maneira ortodoxa de descrever o castigo — fala dele da forma pela qual a mente humana o vê, ou seja, como uma retribuição divina. Mas através de todos os seus escritos, ela nos conduz para fora da visão limitada da mente humana, levando-nos a uma compreensão mais clara de que Deus é Amor infinito. Ela diz, por exemplo: "O grande fato de que Deus governa tudo com amor, sem jamais castigar senão o pecado, é o ponto de onde deves avançar para destruir o medo humano de doença" (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 412).

De certa forma, podemos dizer que a perfeição de Deus faz com que nos sintamos castigados, quando rejeitamos essa perfeição, isto é, quando pecamos. Todavia, o amor de Deus por nós, como Seus filhos, é imutável e eterno. Acima de tudo, é inevitável que o Amor divino nos harmonize consigo mesmo. A impressão de estar separado de Deus, ou de estar sendo "castigado", sempre desaparece, quando renunciamos a pensamentos e atos pecaminosos. Tudo o que é dessemelhante de Deus é, inevitavelmente, desagradável.

No século passado, era comum acreditar-se que era Deus quem causava o sofrimento. Talvez hoje seja menos comum pensar assim. Uma grande quantidade de pessoas não acredita mais em um ser severo, lá no céu, observando para ver se alguém dá um passo em falso. Não é raro, hoje em dia, as pessoas pensarem em Deus como sendo inteiramente amoroso, como sendo o próprio Amor onipresente. Realmente, Ele tanto cuida de Sua criação que mantém para Seus filhos uma genuína espiritualidade e harmonia divina. O verdadeiro oposto da vingança.

E você? Você acredita em um deus que castiga? Talvez não do modo tradicional. Porém, de certa forma, a maioria de nós ainda admite no pensamento um deus que castiga.

Bem, o que é Deus? Sua natureza está relacionada a poder, presença, verdade. A Bíblia está repleta de exemplos de pessoas que sentiram a presença de Deus, viram a evidência de Seu poder, tiveram a certeza interior de que Ele é real. Acaso, porém, as pessoas também não pensam que muitas outras coisas tenham poder, presença, verdade? Pensam que uma doença hereditária seja real, que seja uma presença na vida deles, que tenha poder sobre elas. É comum acreditar o mesmo a respeito dos efeitos adversos de um acidente, da debilidade muitas vezes associada à idade, ou de estados mentais perturbados, tais como ressentimento, medo, inveja.

Sim, aí parece haver muitos "deuses". Em outras palavras, há muitas circunstâncias que podem parecer como um "deus" para nós, podem parecer um poder contra nós, uma presença inevitável, uma realidade legítima. Essas circunstâncias podem fazer com que nos sintamos castigados. Mas elas são apenas falsos deuses. Não possuem a autêntica realidade, o verdadeiro poder e presença do Deus amado por Cristo Jesus e adorado por Moisés — o Deus do Primeiro Mandamento que declarou: "Não terás outros deuses diante de mim."

Há uma maravilhosa e profunda verdade e simplicidade no fato de que o verdadeiro Deus nunca nos castiga. Ele é o bem infinito, o perfeito Amor, o Pai-Mãe universal que preserva cada pessoa. Ele resplandece com o brilho do sábio amor por todos os Seus filhos.

Se estivermos enfrentando alguma dificuldade em nossa vida, há uma solução. Nenhum problema é insolúvel. Temos de alinhar nosso pensamento e nossa vida mais completamente com o verdadeiro Deus. E faz parte desse empenho compreendermos melhor que esse Deus não castiga. Através da oração, podemos nos expor à luz solar dessa verdade e abandonar a crença de que Deus castigue. Isso inclui a disposição de deixar de lado a crença em todo e qualquer falso deus, em toda falsa presença ou poder; em qualquer deus que se apresente como destino ou acidente, doença ou pecado, idade ou medo. Não precisamos ficar fora do controle de Deus. Nem jamais precisamos permitir que alguém, ou algo, nos prive de nosso direito espiritual, que é o de estar em harmonia com Deus.

A histórica perspectiva religiosa de que Deus castiga, sempre foi errada. Ele nunca castiga. O que as pessoas sentem é o efeito punitivo dos falsos deuses, do terrível engano de que haja um poder dessemelhante da bondade infinita de Deus, uma presença dessemelhante de Sua pureza e amor, uma realidade dessemelhante de Seus filhos perfeitos.

Comecemos a sair daquele lugar sombrio que é a antiga falácia teológica de que Deus esteja nos castigando. Sintamos o célido raio solar da reveladora verdade de que Deus nos ama. Quando nosso pensamento começar a abandonar a crença em toda e qualquer espécie de poder ou deus que supostamente nos castigue, substituindo-a pela gratidão por um Deus único e onipotente que nos ama, perceberemos mudanças em nossa vida. Perceberemos a cura.

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