Na propriedade rural onde moro com minha família, criamos peixes, além de outros animais. O tanque onde eles ficam é grande e tem uma profundidade média de dois metros e meio.
Há alguns anos, meu filho Luís, que tinha na época 8 ou 9 anos, estava no campo, brincando com uma pipa. Distraído, com os olhos para o céu, ele corria para trás, procurando empinar mais a pipa. Não percebeu que estava muito perto do tanque e caiu nele. Ele não sabia nadar. Nunca quisera aprender e nem sequer gostava de brincar na água com os irmãos, nos dias de calor.
Meu filho mais novo, bem pequeno ainda, também estava brincando no campo e viu o irmão cair no tanque. Veio para casa correndo, contando o que havia acontecido. Meu marido não estava por perto. Eu também não sabia nadar, mas não entrei em pânico. Naquele momento, vieram-me ao pensamento as palavras tranqüilizadoras de um poema da Sra. Eddy, "A oração vespertina da mãe": "Susténs da avezinha o voejar, meu filho guarda em seu progredir" (Hinário da Ciência Cristã, no 207). Também lembrei-me do Salmo 91 e afirmei para mim mesma que o menino estava, naquele exato momento, no "esconderijo do Altíssimo".
Pedi ao meu filho mais velho que corresse ao quintal e pegasse uma comprida vara de bambu que estava no varal. Queria pôr a vara dentro do tanque, para que o menino se agarrasse nela e pudesse sair da água. Só que não sabíamos onde colocar a vara, pois não havia sinal do menino e o tanque era grande. Tive a idéia de observar bem a água para ver alguma bolhinha de ar que nos indicasse o lugar onde estava a criança. Seguindo essa inspiração, pude colocar a vara no lugar certo e o Luís a agarrou imediatamente e subiu por ela até a superfíce. Ele estava perfeitamente bem e nem sequer havia engolido água. Agradeceu-me por tê-lo ajudado e eu lhe disse que o mérito não havia sido meu. Ele retrucou: "Mas a Deus eu já agradeci."
Não entrei em pânico. Afirmei que o menino estava, naquele exato momento, "no esconderijo do Altíssimo.
Eu sou e serei eternamente grata a Deus, porque sei que tudo o que fizemos pelo Luís, naquele dia, representa uma idéia de Deus. Foram realmente Seus anjos que o salvaram. E hoje ele é um ótimo nadador.
Mauá, SP, Brasil
