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Milagros Phillips A diversidade enriquece

Da edição de julho de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


"Tudo se resume em tratar os outros da maneira como nós desejamos ser tratados", diz ela. "E apesar de nem sempre dizê-lo claramente em minhas palestras, eu sei que esse preceito básico se origina diretamente nos ensinamentos de Cristo Jesus: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles...' (Mateus 7:12)."

A Sra. Phillips diz que, segundo suas observações, o medo é um dos fatores que mais dificultam que uma sociedade se mantenha unida. Para ela, a maioria das pessoas não entende o medo e as várias formas como ele se manifesta — rancor, arrogância, sentimentos de inferioridade e superioridade e até depressão, por exemplo.

"No fundo, as pessoas não querem ser apenas toleradas. O que elas querem mesmo é ser amadas. Se as pessoas estão zangadas, elas querem ser ouvidas. Se estão com medo, querem sentir-se seguras. As pessoas reagem às parcialidades e ás diferenças marcantes, achando que precisam fazer alguma coisa para se encaixar no contexto; ou assumir o controle da situação, ou algo semelhante. No entanto, sempre existe uma opção a ser feita. Podemos agir baseados no amor ou no medo. Quando entendemos essas tendências, descobrimso maneiras de lidar com elas.

"Para muitos de nós," diz ela, "é mais fácil expressar raiva, insatisfação ou frustração do que expressar amor. Dessa forma, perdemos a paz interior que provém do amor e que flui constantemente da fonte unificadora que está em todos nós Deus.

Pelo que tenho visto em meu trabalho, muitas pessoas têm receio de sentir uma união profunda, uma verdadeira intimidade com Deus, porque sabem que Ele pode mudar a vida delas. No entanto, a mudança não deve ser temida. Além do mais, ela não é algo inusitado em nossa experiência. Nós mudamos o tempo todo. Não falo na mudança só por mudar. Trata-se da mudança na maneira como vemos a nás mesmos e aos outros; mudança na forma de vermos a Deus e de entendermos nosso relacionamento com Ele. Significa buscar conscientemente o único poder em que de fato podemos confiar plenamente."

Milagros Phillips salientou que também precisamos compreender como as outras pessoas agem e de onde procedem. Em parte, podemos conseguir isso se nos dispusermos a ouvir os outros de forma adequada. "É muito fácil", ela, "desconsiderar a experiência dos outros e dessa forma deixar de valorizar o lado humano de cada um. Muito disso tem a ver com inocência ou ignorância. Se não nos colocarmos no lugar da outra pessoa, fica muito difícil compreender sua vida e sua experiência.

É preciso muita coragem e compaixão diante da experiência de outra pessoa, para dizer: Muito bem, não sou eu que estou passando por isso, mas isso não quer dizer que sua experiência não seja válida, não tenha valor ou que não esteja, de alguma forma, ajudando a mudar o mundo.

Em minhas palestras, chamo a isso de curar a si mesmo. No entanto, a cura não é completa com a conscientização, apenas. O próximo passo é nos voltarmos para nós mesmos e perguntar-nos: Qual é meu papel nisso tudo? Como posso ter uma influência positiva? Quando começamos a mudar interiormente — sem remorso, vergonha nem culpa — o mundo à nossa volta começa a mudar conosco. A cura ocorre dos dois lados".

Milagros Phillips nos disse que, quando era jovem, num país que lhe era estranho, lamentava profundamente não ter um modelo que pudesse seguir. Precisou, portanto, criar um modelo para si. Na cidade em que morava, os padrões que poderiam ser-lhe úteis estavam constantemente mudando e isso a deixava frustrada. "Eu queria alguma coisa ou alguém que fosse constante, alguém a quem eu pudesse procurar para receber amor e orientação. Encontrei a Deus.

Pessoas de raças e culturas diferentes enriquecem nossa vida e ampliam nossa perspectiva.

É por isso que gosto muito de fazer palestras e seminários, partindo do que eu chamo de perspectiva espiritual.

Trago à baila o elemento Deus, porque para mim essa é uma constante. Antes de falar para qualquer auditório, oro mais ou menos assim: Pai estou aqui apenas como Tua serva. Fala por meu intermédio. O que queres que as pessoas saibam? O que é que Tu queres dizer?

É invariável, sempre que me comunico primeiro com Deus, acabo me comunicando melhor com os ouvintes. Sei que o mesmo Deus que está em mim está em todos os demais, também. Não há diferenças de raça, cultura, idioma ou propósito. Não preciso tentar agradar a todos nem me preocupar de encontrar um linguajar adequado. Cada um ouve a mensagem que precisa ouvir, da forma como Deus a está comunicando.

Em meu trabalho com pessoas de nacionalidades diferentes, oro constantemente, procurando sempre entender que a oração eficaz não consiste em dizer a Deus o que Ele precisa fazer; orar é ouvir. Meu trecho favorito das Escrituras é: 'Faça-se a tua vontade' (Mateus 6:10). Nem sempre é fácil, mas descobri que esse é a único caminho que nos leva a um incrível senso de paz e alegria.

Creio que todos nós concordamos em que ninguém é uma ilha. De fato, precisamos um do outro sempre. É um pouco como tentar montar um enorme quebra-cabeça — nenhuma peça é menos importante do que a outra. E todas são necessárias para completar o quebra-cabeça.

Pessoas de raças e culturas diferentes nunca são um empecilho — nunca são indivíduos estranhos a serem tolerados. Elas têm a possibilidade de enriquecer nossa vida e nosso cotidiano, das mais variadas formas. Esse processo não se limita a uma maior harmonia, novos amigos e oportunidades de trabalho mais interessantes. As outras pessoas ampliam nossa perspectiva e nossa mentalidade.

Devemos sempre ter em mente que, não importa o que as pessoas digam ou façam, elas estão apenas fazendo uma única pergunta: 'Você me ama?' A pergunta não muda só porque o idioma é diferente, ou porque as pessoas a expressam de forma diversa. E quando nos permitirmos responder do fundo de nosso ser, com toda a honestidade, a resposta sempre será Sim!"

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