Será que você também seguiria aquela estrela que apareceu aos pastores na primeira noite de Natal? Os que seguiram a luz que vinha dela encontraram o menino Jesus que, alguns anos depois, viria a ensinar e colocar em prática o poder sanador de Deus. Esta é uma das maneiras de entender o Cristo como o poder sanador de Deus. Esse poder que cura está entre nós ainda hoje, atendendo a todas as nossas necessidades. Pude constatar isso em minha própria vida.
Na véspera de Natal, eu e meu marido, depois de terminar todos os preparativos para a ocasião, costumãvamos sentar-nos tranqüilamente, ponderando sobre o significado dessa data e ouvindo músicas natalinas apenas com a iluminação que vinha da árvore de Natal. Para mim, essa era a parte mais alegre da comemoração.
Certa vez, porém, uma de nossas filhas sentiu-se mal na noite do Natal. Eu estava preocupada com ela, mas também estava chateada porque ela não estava bem justamente naquela noite. Então, perguntei a mim mesma: “Será que alguém pode estar privado das bênçãos que esperamos encontrar nesta época tão alegre? Por acaso Deus não está aqui agora mesmo para curar minha filha e restaurar nossa alegria?''
Imediatamente parei de sentir pena de mim mesma e comecei a orar. Reconheci o fato de que Deus havia criado minha filha perfeita e de que os Seus braços a estavam envolvendo com muito amor. O problema passou rapidamente. E que alegria foi ter junto a nós naquela noite a companhia daquela garotinha alegre e tão animada!
Passados alguns anos, aprendi uma outra lição. Desta vez, foi sobre Emanuel, ou “Deus conosco”. Meu marido falecera fazia poucos meses. Eu tinha sido curada do sentimento de tristeza ao compreender que Deus é Vida infinita e que a morte não pode, em realidade, atingir algo que Ele criou. Raciocinei que, quando descemos uma rua, a iluminação projetada sobre nós pela luz dos postes, faz com que apareça uma sombra à nossa frente, conforme andamos. Não nos preocupamos com isso, simplesmente passamos pela sombra e continuamos a andar. Do mesmo modo, a experiência da morte nunca pára nem consegue obstruir o progresso espiritual de uma pessoa. Esses fatos são eternos.
Mesmo assim, minha expectativa era de que aquele Natal seria triste, sem a alegria e o amor que meu marido costumava trazer à nossa vida. Nossas comemorações daquela data sempre haviam sido muito felizes ao lado das nossas filhas.
Certo dia, uma idéia muito forte começou a ocupar meu pensamento: "Sua alegria não depende de nenhuma pessoa“. Eu sabia que isso era verdade porque, em outra ocasião difícil, em que minha fé havia sido provada, eu tinha confirmado a veracidade da seguinte afirmação bíblica: “...a alegria do Senhor é a vossa força” (Neemias 8:10). Comecei a com-preender que toda a felicidade que eu havia sentido em minha vida tinha se originado em Deus. Não importava de que forma essa alegria havia se manifestado: ela não estava em outra pessoa. E a alegria de Deus não poderia jamais entristecer.
Com base nessa compreensão, reconheci que minha felicidade só dependia de Deus, e que dEle viria a alegria do meu Natal.
E pude constatar que isso é verdade! Eu morava em uma casa grande, que possuía alguns aposentos separados, onde moravam uma de minhas filhas e meus netos. Naquele ano, três pessoas que estavam longe de suas famílias ficaram hospedadas conosco diversos dias. Foi um Natal de muita alegria que ficou em nossa lembrança. Mas eu sabia que, mesmo que tivesse passado o Natal sozinha, teria sentido a alegria que vem de Deus.
Toda a alegria do dia de Natal está aqui com cada um de nós, porque o poder de Deus, que nos eleva e cura, está sempre conosco!
